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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.8.2016.tde-10082016-180747
Documento
Autor
Nome completo
Sébastien David Philippe Roy
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2015
Orientador
Banca examinadora
Moises, Leyla Beatriz Perrone (Presidente)
Atik, Maria Luiza Guarnieri
Ferreira, Ligia Fonseca
Galindez, Veronica
Nitrini, Sandra Margarida
Título em francês
La scène de premier contact dans les récits d'exploration: les explorateurs français en Amérique du Sud
Palavras-chave em francês
Altérité
Amérindien
Ethnographie
Récit dexploration
Voyage
Resumo em francês
Pourquoi de nombreux ethnologues ont-ils senti l'obligation d'écrire, en plus de leurs travaux scientifiques, un récit de nature littéraire ? Les monographies ethnographiques font généralement l'économie du récit de la rencontre entre l'ethnographe et l'indigène -- l'Indien d'Amérique, par exemple. Or, non seulement la rencontre est un moment clé, dont dépend la réussite de l'enquête de terrain, mais surtout, il semble bien qu'elle recèle, en elle-même, des éléments essentiels de l'expérience ethnographique. Jean Rousset a mis en lumière, en comparant de nombreux romans, la structure de la scène de rencontre, qu'il divise en trois temps : l'effet, l'échange et le franchissement. D'emblée, la rencontre de l'explorateur et de l'Indien se révèle originale par ses préliminaires : par son caractère anticipé, voire provoqué. Tous les éléments de ce que Rousset appelle la mise en place permettent de mieux determiner les conditions du premier contact, et de souligner l'importance de la distance à laquelle se trouvent les protagonistes. L'effet est déclenché par le regard : il s'agit bien en cela d'une « première vue » ; et on en reconnaît aussi toute la gamme des manifestations physiques. Néanmoins, cet effet n'est pas provoqué par la perception immédiate d'une miraculeuse affinité, mais par l'observation de deux séries d'éléments opposés : tout ce qui fait de l'Indien, pour l'explorateur, un être différent ; et tout ce qui, en même temps, en fait un être semblable. L'effet mélange alors dans l'explorateur deux sentiments également contradictoires : la répugnance et la reconnaissance. Dans l'échange, on relève aussi toutes les modalités distinguées par Rousset, depuis les échanges heureux jusqu'aux échanges trompeurs, où les malentendus peuvent entraîner les conséquences les plus tragiques. Cependant, la scène de premier contact met en avant l'échange matériel, sous toutes ses formes, le don se révélant le plus propice à nouer une alliance entre l'explorateur et l'Indien. Enfin, le franchissement, dernière étape de la rencontre, exprime de manière symbolique l'union des corps : au rapprochement qui autorise un contact physique, peuvent succéder différentes formes d'appropriation de l'Autre, comme l'imitation ou encore l'ingestion. Ainsi, l'étude de la scène de premier contact permet d'assimiler structurellement la rencontre de l'explorateur avec l'Indien à une rencontre amoureuse, tout en soulignant ses particularités. Surtout, elle permet de mieux comprendre pourquoi les ethnographes ont recours à l'écriture littéraire : seule la littérature, en effet, peut faire coïncider deux dimensions apparemment contradictoires, et montrer combien s'unissent, dans l'Indien, l'altérité la plus grande et la plus profonde similarité. Ce que révèle, finalement, la dimension amoureuse du premier contact, c'est en fait un certain narcissisme : ce que l'explorateur admire tant dans cet Indien si différent, c'est le reflet de sa propre humanité.
Título em português
A cena de primeiro contato nos relatos de exploração : os exploradores franceses na América do Sul
Palavras-chave em português
Alteridade
Etnografia
Índio
Relato de exploração
Viagem
Resumo em português
Porque muitos etnólogos sentiram a necessidade de escrever, ao lado de seus escritos científicos, um relato de cunho literário ? As monografias etnográficas eludem geralmente o relato do encontro entre o explorador e o indígena o Índio, por exemplo. No entanto, esse encontro não é apenas um momento-chave por dele depender o êxito da pesquisa de terreno, mas também por conter, em si próprio, elementos essenciais da experiência etnográfica. Comparando inúmeros romances, Jean Rousset revelou a estrutura da cena de encontro, que se divide em efeito, troca e ultrapassagem. Logo, a cena de primeiro contato, nos relatos de exploração, revela-se original pelas preliminares : pelo fato de ser antecipada e até provocada. Todos os elementos que compõem, segundo Rousset, a localização do encontro permitem definir melhor as condições do primeiro contato, e de frisar a importância da distância que separa os protagonistas. O efeito é provocado pelo olhar : é portanto uma « primeira vista », na qual se reconhece também o leque de suas manifestações físicas. No entanto, esse efeito não se deve à percepção imediata de uma milagrosa afinidade, mas à de duas séries de elementos opostos : tudo o que faz do Índio, para o explorador, um ser diferente, e tudo o que faz desse, ao mesmo tempo, um ser semelhante. O efeito mescla então no explorador dois sentimentos igualmente contraditórios : a rejeição e o reconhecimento. Na troca se notam também todas as modalidades estabelecidas por Rousset, desde as trocas felizes até as trocas enganosas, nas quais os desentendimentos podem provocar as mais trágicas consequências. No entanto, a cena de primeiro contato se distingue pela troca material, em suas diversas formas, o dom revelando-se o mais propício para firmar uma aliança entre o explorador e o Índio. Finalmente, a ultrapassagem, última etapa do encontro, expressa de maneira simbólica a união dos corpos : à aproximação que autoriza um contato físico, podem seguir várias formas de apropriação do Outro, como a imitação ou a ingestão. Portanto, o estudo da cena de primeiro contato permite assimilar estruturalmente o encontro do explorador com o Índio a um encontro amoroso, frisando ao mesmo tempo suas peculiaridades. Por outro lado, permite também entender melhor porque os etnógrafos recorrem à literatura : só ela pode juntar dois aspetos contraditórios, e mostrar como, no Índio, a maior alteridade se une à mais profunda similaridade. O que, de fato, revela a dimensão amorosa do primeiro contato, é um certo narcisismo : pois, o que o explorador admira tanto nesse Índio muito diferente, é o reflexo de sua própria humanidade.
 
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Data de Publicação
2016-08-10
 
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