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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.6.2023.tde-26052023-162706
Documento
Autor
Nome completo
Marcos Ribeiro Botelho
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2023
Orientador
Banca examinadora
Vilela, Rodolfo Andrade de Gouveia (Presidente)
Almeida, Ildeberto Muniz de
Gonçalves Filho, Anastácio Pinto
Milanez, Bruno
Título em português
Desastre industrial da Vale em Brumadinho: a prevalência do financeiro sobre a segurança das barragens
Palavras-chave em português
Cultura Organizacional
Financeirização
Mineração
Sistema Sociotécnico
Resumo em português
Os desastres industriais com barragens na mineração têm acontecido com frequência no Brasil e no mundo. Podemos destacar o rompimento da Barragem de Rejeitos do Fundão (BRF), operada pela Samarco Mineração S.A., em Mariana/MG, e o rompimento da Barragem de Rejeitos I (B I), na mina do Córrego do Feijão, pertencente à Vale S.A. (VALE),em Brumadinho/MG, o maior desastre industrial do país em número de mortes. Inúmeros relatórios de órgãos públicos e de especialistas, além de artigos científicos, foram elaborados a fim de analisar os dois eventos, mas nenhum deles conseguiu expor toda a complexidade dos mesmos. Alguns aspectos políticos/legislativos, de fiscalização, econômicos e organizacionais foram discutidos, mas nenhum estudo abordou-os profundamente. Esta pesquisa se propõe a analisar esses aspectos dentro dos vários níveis do sistema sociotécnico fazendo uso da análise organizacional de segurança. Fizemos uso de numerosas fontes de informações, como relatórios produzidos por órgãos públicos e por comissões parlamentares de inquérito, áudios, vídeos, transcrições, documentos elaborados pela VALE e por suas empresas consultoras, entrevistas junto a empregados, sindicalistas, revisores de norma técnica, além de obras etnográficas desenvolvidas dentro da empresa. Dentro de uma perspectiva histórica, identificamos como a financeirização da VALE teve papel relevante na cadeia causal do evento. Os sistemas de incentivos financeiros para diretores e gerentes, a redução dos custos operacionais e da dívida líquida da empresa, e o aumento na distribuição de dividendos aos acionistas impactaram nos investimentos para operação, manutenção e fechamento das barragens. O problema não se restringiu apenas à B I, pois 30 estruturas de contenção de rejeitos da VALE foram interditadas após o trágico evento de janeiro de 2019. Fizemos um paralelo entre o desastre da VALE e outros ocorridos na indústria petrolífera, aérea e aeroespacial, onde prevaleceu a cultura da produção. Na VALE, a produção da commodity não podia parar, pois o vagão precisava sair cheio de minério de ferro para o porto. Crenças foram criadas, desvios foram normalizados e as lições aprendidas após Mariana, se aprendidas, foram deixadas de lado. O desastre industrial da VALE em Brumadinho decorreu de decisões político-administrativas, legislativas, financeiras e organizacionais que aparentavam ser boas a curto prazo, mas que não valorizaram os seres humanos e o meio ambiente, e se revelaram desastrosas ao longo do tempo.
Título em inglês
Vales industrial disaster in Brumadinho: the prevalence of financial dimension over dam safety
Palavras-chave em inglês
Financialization
Mining
Organizational Culture
Sociotechnical System
Resumo em inglês
Industrial disasters with mining dams have happened frequently in Brazil and in the world. We can highlight the rupture of the Fundão Tailings Dam, operated by Samarco Mining Corporation, in Mariana/MG, and the rupture of the Tailings Dam I (B I), at the Córrego do Feijão mine, belonging to Vale Corporatation (VALE), in Brumadinho/MG, the biggest industrial disaster in the country in number of deaths. Numerous reports from public bodies and experts, as well as scientific papers, were prepared in order to analyze the two events, but none of them could expose all their complexity. Some political/legislative, inspection, economic and organizational aspects were discussed, but no study addressed them in depth. This research proposes to analyze these aspects within the various levels of the socio-technical system using organizational safety analysis. We made use of numerous sources of information, such as reports produced by public bodies and parliamentary commissions of inquiry, audios, videos, transcripts, documents elaborated by VALE and its consulting companies, interviews with employees, union members, reviewers of technical standards, in addition to ethnographic researches developed within the company. Within a historical perspective, we identified how the financialization of VALE played a relevant role in the causal chain of the event. The financial incentive systems for directors and managers, the reduction in operating costs and the company's net debt, and the increase in the distribution of dividends to shareholders impacted investments for operation, maintenance and closure of dams. The problem was not restricted to B I, as 30 VALE tailings containment structures were interdicted after the tragic event in January 2019. We compared the VALE disaster with others that occurred in the oil, air and aerospace industries, where the culture of production prevailed. Production of the commodity could not stop at VALE, as the wagon had to leave full of iron ore for the harbor. Beliefs were created, deviations were normalized and lessons learned after Mariana, if learned at all, were set aside. VALE's industrial disaster in Brumadinho resulted from political-administrative, legislative, financial and organizational decisions that appeared to be good in the short term, but which did not value human beings and the environment, and turned out to be disastrous over time.
 
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BotelhoMR_DR_R.pdf (26.85 Mbytes)
Data de Publicação
2023-05-26
 
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