A busca por substitutos ósseos como alternativa ao osso autógeno tem aumentado nos últimos anos. Os blocos de osso xenógeno são considerados uma opção para reconstrução horizontal de rebordos alveolares atróficos. O objetivo deste estudo foi comparar, por meio de histomorfometria, imunohistoquímica e microtomografia, os processos de incorporação e remodelação de enxertos de osso autógeno e xenógeno em blocos, utilizados para aumento lateral de mandíbula em coelhos. Dezoito coelhos machos da raça New Zealand, com 3,5 - 4,0 kg de peso e 4 - 5 meses de idade, foram incluídos neste estudo randomizado, prospectivo, do tipo boca dividida. A face vestibular do ângulo mandibular dos foi enxertado bilateralmente com blocos de osso autógeno ou xenógeno (Heket Biomaterials, Trento, Itália). Os animais foram eutanasiados após 7, 20 e 60 dias de reparo, respectivamente. Foram realizadas biópsias para cada período e as amostras foram submetidas a escaneamento microtomográfico. O volume total do enxerto (VT, mm3) e o volume ósseo (VO: enxerto residual + osso neoformado, mm3) foram aferidos para ambos os grupos utilizando o software CTAn (Bruker, Kontich, Bélgica). Cortes histológicos em parafina foram preparados e corados em hematoxilina e eosina e tricrômico de Masson. Para avaliação histomorfométrica, uma grade de 80 quadrados foi sobreposta à imagem das lâminas histológicas para contagem das estruturas, em aumento de 200x. As porcentagens de enxerto residual e osso foram avaliadas. Os eventos moleculares de incorporação e remodelação do enxerto foram analisados por meio da imunomarcação das proteínas VEGF, Col I, OPN, ALP, OC e Casp 3. Os testes ANOVA e t de Student foram realizados para análise estatística. Os blocos de osso autógeno e xenógeno apresentaram porcentagens semelhantes de osso neoformado ao longo do tempo. No entanto, o volume e a qualidade do osso neoformado foram superiores no grupo autógeno quando comparado ao xenógeno.

The search for bone substitutes as an alternative to autogenous bone has increased in recent years. Xenogenous bone blocks are considered an option for horizontal reconstruction of atrophic alveolar ridges. The aim of this study was to compare, by means of histomorphometry, immunohistochemistry and microtomography, graft incorporation and remodeling processes of autogenous and equine xenogenous (Heket Biomaterials, Trento, Italy) bone blocks used for mandibular lateral augmentation in rabbits. Eighteen New Zealand male rabbits, with 3.5 - 4.0 kg of weight and 4 - 5 months of age, were included in this split-mouth randomized study. The lateral side of the angle of the mandible was augmented bilaterally with either block autografts or xenografts. Animals were euthanized after 7, 20 and 60 days of healing, respectively. Biopsies were taken for each period and specimens underwent microtomographic scanning. Total graft volume (TV, mm3) and bone volume (BV: residual graft plus new bone, mm3) were measured for both autogenous and xenogenous groups using CTAn software (Bruker, Kontich, Belgium). Paraffin sections were prepared and stained in hematoxylin and eosin and Masson´s trichrome. For histomorphometric evaluation, a grid consisting of 80 squares was superposed to the image of histological slides for counting the structures at a magnification of ×200. The percentages of residual graft and new bone were assessed. The graft incorporation and remodeling molecular events were evaluated by means of VEGF, Col I, OPN, ALP, OC and Casp 3 immunolabelling. ANOVA and the Student's t test were performed. Both autogenous and xenogenous bone blocks presented similar percentages of newly formed bone over time. However, the volume and the quality of the grafted area was superior at the autogenous compared to the equine xenogenous graft group.