Com o objetivo de apresentar uma definição para Flexibilidade Numérica, esta dissertação foi desenvolvida a partir de uma análise de alguns contextos em que este conceito foi apresentado, principalmente nas citações feitas por Jo Boaler em seus livros sobre Mentalidades Matemáticas. Com estas análises, um segundo objetivo foi apresentar atividades que possibilitem a evolução da Flexibilidade Numérica em alunos do Ensino Básico. A partir de uma proposta de concepção inicial que se apoia nos conceitos de Senso Numérico (na visão de Stanislas Dehaene) e de proceitos (na visão de Eddie Gray e David Tall), foram desenvolvidas duas oficinas com professores do Ensino Básico e alunos dos cursos de licenciatura em matemática e pedagogia, em que atividades foram desenvolvidas destacando características desta primeira concepção. A partir das vivências e considerações destes participantes com cada uma das atividades, foi possível propor uma definição como produto desta pesquisa, que reúne as experiências dos participantes e aspectos teóricos relacionados à Flexibilidade Numérica. Para a interpretação dos acontecimentos destas oficinas, foram utilizados princípios da hermenêutica objetiva, de modo que as análises pudessem ser feitas de maneira consistente e com liberdade para reflexões. Por fim, é apresentada a conclusão de que a Flexibilidade Numérica pode ser definida como uma habilidade humana, relacionada ao cálculo, ao senso numérico e a transição entre representações de conceitos e processos, e que, ainda, as atividades propostas oferecem boas oportunidades para que estudantes de diferentes anos do Ensino Fundamental possam desenvolver esta habilidade.

To introduce a definition of Number Flexibility, this thesis was developed from an analysis of some contexts in which this concept was stated, mainly in the citations made by Jo Boaler in her books about Mathematical Mindset. In addition, a second objective is to present activities that make possible the evolution of Number Flexibility with elementary school students. Starting with a proposal of a conception based on the concepts of Number Sense (in the vision of Stanislas Dehaene) and of procepts (in the vision of Eddie Gray and David Tall), two workshops were developed with elementary school teachers, and math and pedagogy undergraduates, in which activities were developed highlighting this first conception. With the experience and considerations of these participants about the activities, it was possible to propose a definition as a product of this research, assembling the experience of the participants and theoretical aspects related to Number Flexibility. For the interpretation of the events of these workshops, it was used principels from Objective Hermeneutics to make the analysis consistent and ensure liberty for reflections. At last, it is presented the conclusion that Number Flexibility can be defined as a human ability, related to calculation, number sense, and the transition between representations of concepts and processes, and still, the activities that were introduced offered good opportunities for elementary school students to develop this ability.