Esta pesquisa analisa os vídeos produzidos pela Escuela Audiovisual al Borde, do coletivo colombiano Mujeres al Borde, que realiza atividades itinerantes de ensino de audiovisual e promove a produção de documentários autobiográficos em diversos países da América do Sul. O objetivo é investigar como os filmes realizados na Escuela se relacionam com as teorias decoloniais e feministas da América Latina de forma a realizar uma prática comunicativa que transgride as lógicas hegemônicas. A metodologia empregada é a Análise Crítica da Narrativa, que permite analisar as intenções narrativas das protagonistas dos documentários. Foram investigados um filme de cada uma das seis edições realizadas da Escuela até o momento e percebeu-se que há uma forte relação não só dos filmes, como também da própria estrutura da Escuela, com a pespectiva decolonial. Essas percepções também evidenciam de que forma diversos países da região, por terem contextos históricos semelhantes, enfrentam os mesmos desafios, principalmente quando estamos falando de mulheres e de pessoas dissidentes das normas de gênero.

This research analyzes the videos produced by Escuela Audiovisual al Borde, from the Colombian collective Mujeres al Borde, which carries out itinerant audiovisual teaching activities and promotes the production of autobiographical documentaries in several countries in South America. The objective is to investigate how films made in Escuela relate to decolonial and feminist theories from Latin America to carry out a communicative practice that transgresses hegemonic logic. The methodology used is Critical Narrative Analysis, which allows for analyzing the narrative intentions of the protagonists of the documentaries. It was investigated one film from each of the Escuela's six editions, and it was noticed that there is a strong relationship not only between the movies but also the structure of the Escuela itself, with the decolonial perspective. These perceptions also highlight how different countries in the region, having similar historical contexts, face the same challenges, especially when we are talking about women and people who dissent from gender norms.