Esta dissertação analisa as atividades da ONG Girls Rock Camp Brasil, destacando sua função como um ambiente seguro para mulheres e dissidências de gênero. O texto explora a promoção da coletividade, criação e debates sobre questões sociais através da música. Dividido em três capítulos, o trabalho começa com "GIRLS TO THE FRONT", abordando a invisibilidade feminina na música, com foco em Kathleen Hanna e no movimento Riot Grrrl. O capítulo também descreve o treinamento do voluntariado na edição de 2023 do Girls Rock Camp, da qual o autora participou como produtora musical. O segundo capítulo, "ESSE TAL DE ROCK N ROLL", discute a história do rock e sua divisão sexual do trabalho, bem como a educação musical de meninas no Brasil e sua relação com a escassez de compositoras na universidade de música. A semana de atividades como voluntária é descrita, destacando como o programa impactou a vida do autora. No terceiro capítulo, "LUGAR DE DIVERTIR, LUGAR DE APRENDER", o foco está no resultado da experiência do Girls Rock Camp Brasil e a comparação com a experiência na universidade de música. Isso inclui uma análise das letras das canções compostas por crianças participantes, mantendo a confidencialidade, e depoimentos coletados online. O conceito de empoderamento é explorado, enfatizando a interconexão entre o empoderamento individual e o coletivo. A metodologia empregada na pesquisa inclui a autoetnografia, revisão bibliográfica e pesquisa documental, como entrevistas, fotografias e filmes que ilustram as diversas experiências com o Girls Rock Camp Brasil.

This dissertation analyzes the activities of the Girls Rock Camp Brasil, highlighting its role as a safe space for women and gender dissidents. The text explores the promotion of collectivity, creation, and debates on social issues through music. Divided into three chapters, the work begins with "GIRLS TO THE FRONT," addressing the invisibility of women in music, focusing on Kathleen Hanna and the Riot Grrrl movement. This chapter also describes the volunteer training in the 2023 edition of Girls Rock Camp, in which the author participated as a music producer. The second chapter, "THIS THING CALLED ROCK N ROLL," discusses the history of rock and its gender-based division of labor, as well as the musical education of girls in Brazil and its relationship to the scarcity of female composers in music universities. The week of activities as a volunteer is described, emphasizing how the program impacted the author's life. In the third chapter, "A PLACE TO HAVE FUN, A PLACE TO LEARN," the focus is on the outcomes of the Girls Rock Camp Brasil experience and the comparison with the experience in music university. This includes an analysis of the lyrics of songs composed by participating children while maintaining confidentiality and collecting online testimonials. The concept of empowerment is explored, emphasizing the interconnection between individual and collective empowerment. The research methodology includes autoethnography, literature review, and documentary research, such as interviews, photographs, and films illustrating the diverse experiences with Girls Rock Camp Brasil.