O quesito coloração na plastinação tem sido o motivo de diversas pesquisas e publicações acerca das tentativas de verificação da compatibilidade de materiais artísticos industrializados usados na pintura de plastinados. Para a pintura, desenvolveu-se três tons de vermelho, T1 (mais claro), T2 (intermediário) e T3 (mais escuro) a partir de pigmentos inorgânicos naturais e sintéticos, que foram aplicados levando em consideração a coloração prévia da musculatura a partir do tempo referente à fixação em solução de formaldeído. Utilizou-se em seguida, os produtos comercializados pela Biodur^®, a pasta AC50 e o pigmento AC05, ambos na cor vermelha. A opção em utilizar os produtos da Biodur^® após o desenvolvimento de tonalidades com material produzido no Brasil, se deu a fim de evitar a indução de tonalidade produzida pela empresa alemã. A formulação da tinta produzida no Laboratório de Plastinação do MCV/UFES não será divulgada nesta pesquisa, a fim de preservar a possibilidade de criação de patente. Esta pesquisa utilizou um conjunto de carcaças de ratos Wistar (n=36) e um de animais silvestres da Mata Atlântica (n=26), dentre os quais, (n=21) foram pintados. Ambos os conjuntos passaram pelas etapas da plastinação: fixação, desidratação, impregnação forçada e cura (antes ou após a pintura). A tinta desenvolvida pelo Lab. de Plastinação demonstrou resultados promissores, boa viscosidade, aderência e saturação de cor no momento da aplicação e após a cura. O protocolo de pintura também apresentou resultados importantes quanto ao modo de aplicação da tinta e alinhamento com os feixes musculares, mantendo a informação anatômica de cada espécime de acordo com plano de dissecção estética. Deste modo, esta pesquisa visa além da pintura dos espécimes anatômicos plastinados, propiciar uma apresentação estética que contribua para a análise anatômica com fins educativos e museais.

The issue of colorization in plastination has been the reason for several researches and publications about attempts to verify the compatibility of industrialized artistic materials used in painting plastinated specimens. For the painting, three shades of red were developed, T1 (lighter), T2 (intermediate) and T3 (darker) from natural and synthetic inorganic pigments, which were applied considering the previous coloring of the muscles from time for fixation in formaldehyde solution. Then were used the products sold by Biodur^®, the AC50 paste and the AC05 pigment, both in red. The option to use Biodur^® products after developing shades with material produced in Brazil was made to avoid inducing shades produced by the German company. The formulation of the paint produced in the MCV/UFES Plastination Laboratory will not be disclosed in this research, in order to preserve the possibility of creating a patent. This research used a set of Wistar (n=36) rat carcasses and one of wild animals from the Atlantic Forest (n=26), among which (n=21) were painted. Both sets went through the plastination stages: fixing, dehydration, forced impregnation and curing (before or after painting). The paint developed by the Plastination Lab demonstrated promising results, good viscosity, adhesion, and color saturation at the time of application and after curing. The painting protocol also presented important results regarding the way of applying the paint and the alignment with the muscle bundles, maintaining the anatomical information of each specimen according to the aesthetic dissection plan. Therefore, this research aims, in addition to painting plastinated anatomical specimens, to provide an aesthetic presentation that contributes to anatomical analysis for educational and museum purposes.