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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.91.2005.tde-15072005-150814
Documento
Autor
Nome completo
Arnaldo dos Santos Rodrigues
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
Piracicaba, 2005
Orientador
Banca examinadora
Caron, Dalcio (Presidente)
Molina, Silvia Maria Guerra
Nordi, Nivaldo
Título em português
Etnoconhecimento sobre abelhas sem ferrão: saberes e práticas dos índios Guarani M'Byá na Mata-Atlântica.
Palavras-chave em português
abelha – indígena
etnoconhecimento
indios guarani
Mata Atlântica
Resumo em português
Os insetos representam cerca de 53% dos táxons de todas as espécies vivas, constituindo 4/5 do reino animal e, atualmente, fazem parte da alimentação de aproximadamente 1500 etnias, em todo o mundo. Grande parte da polinização das florestas tropicais, como, no caso do Brasil, atribui-se à atividade polinizadora desses animais, sendo as abelhas sem ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae), contribuintes com até 90% da polinização das árvores nativas brasileiras. Estudos relacionados às abelhas sem ferrão no Brasil revelaram que a maior parte dos nomes populares que recebem são de origem indígena e, em alguns casos, a denominação científica também sofreu essa influência. Desde 1542 são observados, na literatura sobre os Guarani, o uso de insetos, incluindo-se a alimentação entre outras práticas. Esta pesquisa discorre sobre o conhecimento etnobiológico que os índios Guarani-m’byá possuem sobre as abelhas sem ferrão. O estudo foi realizado na “Área Indígena Guarani da Barragem" aldeia Morro da Saudade, de apenas 26,3 hectares, localizada no distrito de Parelheiros, bairro Barragem, periferia da cidade de São Paulo, SP, Brasil (coordenadas latitude: S-23o52’16’’ e longitude: W-46o38’58’’). A população atual é de aproximadamente 120 famílias, 600 indivíduos, falantes da língua Guarani, do tronco lingüístico Tupi, da família Tupi-Guarani, dialeto M’byá e, como segunda língua, adotaram o português do Brasil. O levantamento dos dados, inicialmente, se baseou no estudo etnográfico, permitindo conhecer a comunidade de maneira preliminar, como é comum em estudos das humanidades. Obedeceu, ainda, a duas etapas de coletas no campo que se distinguem qualitativamente, porém se completam. A primeira, de observação-participante, com o propósito de conhecer o comportamento da etnia, através de contatos diretos, em situações específicas ou não, nas quais a intervenção do pesquisador é reduzida ao mínimo. E, a segunda, de entrevistas livres e entrevistas semi-estruturadas, aplicadas a vários membros da comunidade e, com informantes-chave, reconhecidos como especialistas. Seguiu-se um roteiro pré-estabelecido com o intuito de garantir homogeneidade na abordagem. Em ambas as etapas a utilização da abordagem êmica prevaleceu, objetivando a obtenção de dados que possibilitassem centrar as coletas posteriores em um assunto específico. Tal abordagem resultou em registrar a maneira como os índios organizam, percebem, usam, aprimoram e transmitem seus conhecimentos sobre as abelhas sem ferrão, com o cuidado de não lhes impor parâmetros científicos. Concluiu-se que o conhecimento entre os Guarani-m’byá, a respeito das abelhas e insetos correlatos, foi transmitido oralmente de geração para geração, numa prática constante do aprendizado, inclusive aprimorando esse conhecimento, onde distingue-se 25 etnoespécies organizadas em três diferentes categorias: a) abelhas sem ferrão (13 etnoespécies), b) abelhas com ferrão (07 etnoespécies) e, c) vespas (05 etnoespécies), abrangendo: descrição, distribuição, nidificação, sazonalidade, dispersão, aspectos biológicos, do hábitat, ecológicos, fenológicos, detalhes morfológicos e etológicos, manejo e práticas de manipulação para extração de produtos, acondicionamento e semidomesticação de espécie e, utilização de seus produtos, destacando-se maior riqueza em detalhes para a categoria das abelhas sem ferrão. O conhecimento sobre as abelhas sem ferrão está presente, praticamente, entre todos os membros da comunidade, difere em profundidade com maior relevância entre os especialistas, melhores conhecedores.
Título em inglês
Ethnoknowledge about stingless bees: know and practices of the indians Guarani-M'byá in the Atlantic Forest.
Palavras-chave em inglês
ethnoentomology
ethnoknowlwdge
indians Guarani
stingless bees
Resumo em inglês
The insects represent about 53% of the taxons of all the alive species, constituting 4/5 of the animal kingdom and, now, they are part of the feeding supply of approximately 1500 ethnias, all over the world. Great part of the pollination of the tropical forests, as, in Brazilian case is attributed to the pollination activity of those animals, being the stingless bees (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae), responsible for up to 90% of the pollination of the Brazilian native trees. Studies related to stingless bees in Brazil revealed that most of their common names are of indigenous origin and, in some cases, the scientific denomination also suffered that influence. Since 1542 they are mentioned in the literature on the Guarani, being the use of insects included as feeding supply among other practices. This research deals with the ethnobiological knowledge the Indians Guarani-m'byá have about the stingless bees. The study was accomplished in the “Area Indígena Guarani da Barragem" in Morro da Saudade Village, with only 26,3 hectares, located in the district of Parelheiros, periphery of São Paulo, SP, Brazil (latitude: S-23o52'16' longitude: W-46o38'58'). The current population is about 120 families, 600 individuals, native-speakers of the language Guarani, from the linguistic trunk Tupi, of the Tupi-Guarani family, dialect M'byá; as a second language, they adopted the Portuguese from Brazil. The raising of data initially based on the ethnologycal study, allowed to know the community in a preliminary way, as it is common in humanities' studies. It followed two stages of field collection qualitatively distinguished, but completed each other. The first was of participant-observation, with the purpose of knowing the behavior of the ethnia, through direct contacts, in specific situations or not, in which the researcher's intervention was reduced to a minimum. The second with free interviews and semi-structured interviews, applied to the several members of the community and with informants-key, recognized as specialists. A preestablished itinerary was followed aiming to guarantee the homogeneity in the approach. In both stages the use of the emic approach prevailed, aiming the attainment of data to make possible to center the subsequent collections in a specific subject. Such approach resulted in registering the way as the Indians organize, notice, use, perfect and transmit their knowledge on the stingless bees, being careful of not imposing them scientific parameters. The conclusion was that the knowledge among the Guaranim'byá, regarding the bees and correlative insects was transmitted vocally from generation to generation, in a constant practice of learning, besides perfecting that knowledge, bering distinguished 25 ethnospecies organized in three different categories: a) stingless bees (13 ethnospecies), b) bees with sting (07 ethnospecies) and, c) wasps (05 ethnospecies), including: description, distribution, nesting, seasonallity, dispersion, biological, habitat’s, ecological, and phenological aspects, morphologic details and ethological, handling and manipulation practices for extraction of products, packing of species and semidomestication , use of the bees’ products, in details for the category of stingless bees. The knowledge on the stingless bees is present, practically, among all members of the community, differing in depth with the largest relevance among the specialists.
 
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ArnaldoRodrigues.pdf (1.44 Mbytes)
Data de Publicação
2005-08-03
 
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