O presente trabalho avalia a degradação de geomembranas de polivinil clorado - PVC e polietileno de alta densidade - PEAD (ou do inglês HDPE) após a imersão em aterros sanitários e após a exposição a temperaturas elevadas bem como a diferentes substâncias agressoras. As geomembranas submetidas ao envelhecimento natural foram amostradas do sistema de impermeabilização de um aterro sanitário experimental de resíduos sólidos urbanos, após 18 meses de sua construção, e de um aterro sanitário de resíduos classe I, após 12 anos de utilização. Além disso, algumas amostras foram colocadas na lagoa de chorume de um aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos por períodos de 5 a 8 meses. As geomembranas envelhecidas em laboratório constam de amostras expostas à temperatura de 75ºC em estufa por períodos de 1, 3, e 9 meses e amostras imersas em gasolina e óleo diesel por um período de 6 meses. A caracterização das mudanças ocorridas devido à degradação se deu através da realização de ensaios físicos, mecânicos e térmicos de acordo com as normas da ASTM. Na análise da influência na degradação através da exposição a elevadas temperaturas não foi possível identificar uma tendência de comportamento em função do tempo de exposição para dois materiais ensaiados. Mas, verificou-se que as membranas de PVC, quanto mais espessas, melhor resistiram ao efeito da temperatura, enquanto para as mantas de HDPE ocorreu o contrário em muitos parâmetros analisados. O contato com gasolina e óleo diesel afetou as duas geomembranas, com mais intensidades para amostras de PVC. Na análise da influência do envelhecimento natural, pode-se constatar que a geomembrana de PVC DE 1,0 mm apresentou um aumento de rigidez manifestado por um aumento do módulo de elasticidade, da ordem de 120%, enquanto as amostras de HDPE de mesma espessura praticamente não apresentaram variações. Por outro lado, a amostra de PVC retirada do aterro classe I, após 12 anos de utilização, praticamente não apresentou alteração, quando comparada a mostra virgem tomada como referência, podendo-se atribuir as variações encontradas aos próprios coeficientes de variação de ensaios.

This dissertation deals with degradation of Polyvinyl Chloride (PVC) and High Density Polyethylene (HOPE) after natural ageing and after exposition to high temperature, as well as to aggressive substances. The geomembranes submitted to natural ageing were exhumed from the liner systems of an urban waste experimental sanitary landfill, after 18 months of use and of a hazardous waste landfill, after 12 years of use. Besides that, some geomembranes were immersed in leachate during 8 months. The laboratory aged geomembranas were exposed to a temperature of 75°C during 1, 3 e 9 months and some were immersed in gasoline and diesel oil during 8 months. The analyses of degradation were performed through physical, mechanical and thermal tests following ASTM standards. The temperature changed to some extent the geomembranes properties, but the variation didn't follow a discemible trend in function oftime. However, it could be observed that for the PVC, the effect oftemperature tended to alter more severely the properties ofthe thinner membrane, while for the HDPE, the opposite occurred considering many of the analyzed properties. The gasoline and diesel oil affected both geomembranes, but this was more intense for the PVC geomembrane in order to prohibit its use with such substances. The 1,0 mm PVC geomembrane from the experimental landfill became stiffer and its modulus of elasticity increased about 120%. However that from the hazardous landfill didn't show any appreciable variation in the measured praperties. On the other hand, the HDPE geomembrane from experimental landfill was not appreciably affected after 18 months of use.