A alimentação infantil na escola é tema de constantes debates em diferentes âmbitos da sociedade. Diante da complexidade e importância do tema, ele tem sido estudado por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento. Uma das possíveis abordagens é a do bem-estar alimentar, a que orienta este estudo, que surge dentro do movimento da Pesquisa Transformativa do Consumidor. Nesse cenário, a pergunta de pesquisa que norteou este trabalho foi: como é o contexto e a dinâmica que envolvem a alimentação das crianças e adolescentes na escola? Assim, o objetivo definido foi explorar e descrever o contexto e a dinâmica da alimentação das crianças e adolescentes na escola na perspectiva do bem-estar alimentar. Este trabalho foi desenvolvido no formato de três artigos. No primeiro artigo, discute-se a relação das crianças e dos adolescentes com os alimentos na "hora do recreio". No segundo, é dado foco à literacia alimentar, uma das áreas centrais do bem-estar alimentar. Nesse sentido, o debate é sobre o papel dos pais e da escola na literacia alimentar das crianças e dos adolescentes. Por fim, o terceiro artigo buscou identificar o que as crianças e os adolescentes comem na escola e como têm acesso a esses alimentos. Em relação aos métodos de pesquisa utilizados, a abordagem qualitativa é a que prevalece. Os dados foram coletados por meio de observações, entrevistas e questionários. Em alguns momentos, a estatística descritiva foi utilizada para dar mais robustez às análises. Como resultado, foi possível conhecer o contexto da alimentação das crianças e dos adolescentes na escola. As relações são, de fato, bastante complexas. Pais, colegas, professores, proprietários das cantinas e a direção/coordenação das escolas são os principais agentes que influenciam a alimentação das crianças e adolescentes na escola. Do ponto de vista do bem-estar alimentar, foi possível perceber como cada uma das cinco áreas centrais estão presentes na alimentação escolar. Ao explorar e descrever a alimentação infantil na escola, os resultados indicam que as crianças e os adolescentes se alimentam mal. Ao mesmo tempo, os resultados apontam para possíveis alternativas na busca por avanços positivos nesse sentido.

Child feeding at school is a topic of constant debate in different spheres of society. Given the complexity and importance of the theme, it has been studied by researchers from different areas of knowledge. One of the possible approaches is the one of the food well-being, that guides this study, that appears within the movement of the Transformative Consumer Research. In this scenario, the research question that guided this work was: how is the context and the dynamics that involve the feeding of children and adolescents in school? Thus, the objective was to explore and describe the context and dynamics of child feeding at school in the perspective of food well-being. This paper was developed in the format of three articles. In the first article, the relationship of children and adolescents with food in the "recess time" is discussed. In the second, focus is given to food literacy, one of the central areas of food well-being. In this sense, the debate is about the role of parents and school in the food literacy of children and adolescents. Finally, the third article sought to identify what children and adolescents eat at school and how they have access to these foods. In relation to the research methods used, the qualitative approach is the one that prevails. Data were collected through observations, interviews and questionnaires. At times, descriptive statistics were used to give more robustness to the analyzes. As a result, it was possible to know the context of child feeding at school. Relationships are, in fact, quite complex. Parents, peers, teachers, cafeteria owners and the direction/coordination of schools are the main agents that influence child feeding at school. From the point of view of food well-being, it was possible to see how each of the five core areas are present in school feeding. By exploring and describing infant feeding at school, the results indicate that children and adolescents feed poorly. At the same time, the results point to possible alternatives in the search for positive advances in this direction