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Tese de Livre Docencia
DOI
https://doi.org/10.11606/T.59.2015.tde-16082023-155857
Documento
Autor
Nome completo
Valeria Barbieri
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
Ribeirão Preto, 2015
Banca examinadora
Santos, Manoel Antonio dos (Presidente)
Guirriec, Patrick Le
Tardivo, Leila Salomao de La Plata Cury
Turato, Egberto Ribeiro
Vaisberg, Tania Maria Jose Aiello
Título em português
A experiência materna de mulheres brasileiras, francesas e magrebinas e o desenvolvimento do self infantil
Palavras-chave em português
Criança
Cultura
Maternidade
Self
Técnicas projetivas
Resumo em português
As experiências da criança junto à família, incluindo o modo como os pais exercem a parentalidade, são fundamentais para o seu desenvolvimento emocional, conforme definido pelo conceito psicanalítico de séries complementares. Essa constatação originou várias pesquisas sobre estilos e práticas parentais e sua influência sobre a criança. Contudo, a História e a Antropologia mostraram a insuficiência de estudar essas variáveis em si mesmas, desvinculadas do significado que elas apresentam em uma determinada comunidade cultural. Nesse contexto, o presente trabalho visou conhecer como mães brasileiras, francesas e magrebinas vivenciam a maternidade, associando suas experiências ao desenvolvimento do Self de suas crianças. Foram estudadas 27 díades mães-filhas, 10 delas naturais do Brasil, 10 da França e 7 procedentes da região do Magreb. A estratégia metodológica utilizada foi a das narrativas psicológicas, empregando os quadros 1, 2, 3, 4 e 8 do Teste de Apercepção Temática Infantil (CAT-A) como mediadores da comunicação, tanto para as crianças como para as mães. As crianças foram todas do sexo feminino, com idade variando entre 4 anos e meio e 10 anos e ocupando diferentes posições na ordem de nascimento. Os dados foram analisados qualitativamente, sendo redigidas sínteses para cada um dos grupos de mães e de crianças, de modo a associar, em cada realidade cultural, a experiência materna e o desenvolvimento do Self das meninas. Os resultados mostraram que todas as díades fazem face aos desafios do estágio de dependência relativa do amadurecimento emocional, mas o manejam de modo diferente. As mães francesas valorizam e incentivam a independência de suas filhas e esforçam-se, elas mesmas, para conciliarem a autonomia individual e a devoção maternal. Para elas a maternidade implica em um projeto de superação pessoal e elas buscam aprimorar o que receberam dos pais, procurando não cometer os mesmos erros que eles. A autoridade no lar é compartilhada entre os cônjuges e os limites são impostos à criança de modo flexível, pois a oposição infantil é considerada como um modo de firmar a identidade pessoal da criança. As meninas francesas, cientes de que suas mães valorizam a autonomia, veem o ingresso no mundo exterior de maneira positiva e esforçam-se por assimilar as normas e regras de um modo criativo e pessoal. As mães magrebinas, por sua vez, concebem a maternidade como uma chance de perpetuarem a dinastia familiar. Elas são bastante apegadas às tradições e desejam educar suas filhas do mesmo modo como foram educadas por seus pais. Para elas, diferenciar-se muito dos seus tem um status de rejeição aos antepassados, o que desencadeia um intenso sentimento de culpa. Para elas, a crescente autonomia da criança provoca o temor de que a filha prefira os valores do meio extrafamiliar e se extravie da família. Embora o homem seja mais distante do cotidiano doméstico, ele é figura de autoridade do lar, o que desencadeia na mulher sentimentos de injustiça. As crianças magrebinas experimentam forte ambivalência para com o pai no início da dependência relativa, mas aos poucos essa relação evolui para positiva. Elas também receiam que a autonomia as deixe vulneráveis, já que suas mães não lhes mostram que o mundo extrafamiliar é continuidade do lar; mesmo assim, têm esperança de um dia conseguirem alcançar uma inserção criativa nele. Finalmente, as mães brasileiras, como as francesas, valorizam a autonomia pessoal, mas temem serem ingratas com seus pais caso eduquem suas filhas de maneira muito diferente da que foram educadas. Elas somente conseguem desenvolver um estilo educativo próprio quando se sentem seguras da incondicionalidade do amor dos pais. Nos seus lares, o homem é geralmente a figura de autoridade e, embora ela desempenhe funções tradicionalmente masculinas, ele não efetua o movimento recíproco, o que resulta em sobrecarga da mulher. Sobre as crianças, o ingresso na dependência relativa provoca-lhes inicialmente o temor de perder o encontro criativo com a mãe e com o mundo. A descoberta de que a mãe continua a amá-las, mesmo se agora elas são diferentes de antes, e a conquista da capacidade simbólica lhes asseguram que existe lugar para o viver criativo na vida adulta; a partir disso, o crescimento passa a ser visto por elas com entusiasmo. Os resultados mostraram que o desenvolvimento do Self infantil ocorre em estreita sintonia com a experiência das mães, havendo variações importantes segundo a pertinência cultural.
Título em inglês
Maternal experience of Brazilian, French and Maghreb women and the development of infantile self
Palavras-chave em inglês
Children
Culture
Maternity
Projective techniques
Self
Resumo em inglês
The experiences of a child along with his or her family, which include the way parents play their roles, are fundamental to emotional development. Such phenomenon is defined according to the psychoanalytic concept of complementary series, leading to a series of studies on parental styles and practices and their effects over the child. However, History and Anthropology have shown that such studies do not provide enough knowledge on such variables, if these studies are carried out without taking into account the meaning of such practices in a determined cultural community. ln this context, the present study aimed to investigate how Brazilian, French and Maghreb mothers experience maternity, associating such experiences to the development of their children's Selves. Twenty-seven mother-daughter dyads took part of the study (10 Brazilian, 10 French and 7 Maghreb dyads). The methodological strategy adopted consisted of psychological narratives, using the Child Apperception Test - Animal version (CAT-A; cards 1, 2, 3, 4 and 8) as a communication mediator for both mothers and their children. All children were female, with ages ranging from 4 to 10 years, with different places in birth related to their siblings. Data was qualitatively analyzed, with a synthesis performed for each group, in order to associate, in each of the cultural realities studied, maternal experiences and the development of daughters' selves. Results showed that all dyads faced challenges related to the emotional development stage of relative independence. However, such challenges were dealt with in different forms along the groups. French mothers gave importance and encouraged their daughters' independence and strived to conciliate their won individual autonomy and their maternal devotion. Mothers in this same group conceived maternity as implying a project of personal overcoming, in which they look for improving what they have received from their own parents and look for not making the same mistakes such parents made. Home authority was shared among both couple members, and limits were imposed flexibly, for child opposition was considered as a way for children to affirm their own identity. French children, who were aware of their mothers' appreciation of autonomy, saw their entrance to the exterior world as positive and made efforts to assimilate rules and regulations in a personal and creative way. Maghreb mother, in fueir instance, conceived matemity as a chance to perpetuate their family's dynasty. They showed a strong bond with their traditions and wished for educating their daughters the same way they were raised by their own parents. For such mothers, too much differentiation from the group has a status of rejecting their ancestors, which leads to an intense feeling of guilt. Also, these mothers showed that the growing autonomy of their child lead to a fear of their daughters prefer values outside their families and lose attachment to it. Although men do not get very involved with their home's routine in Maghreb culture, mother from this group perceived them as a figure of authority at home, which favors feelings of injustice. Maghreb children experienced a strong ambivalence toward their fathers in the beginning of the relative dependence stage. Nevertheless, such relation became positive along time. Such children also feared that becoming autonomous would make them vulnerable, for their mothers did not show that the world outside family environment is a continuity of home's one. Although the Maghreb children showed such feelings, they also expressed hope for, one day, reaching a creative insertion in such world. Finally, Brazilian mothers, as the group of French ones, appreciate personal autonomy, but fear that they may be ungrateful with their own parents if they raise their children in a too different way than they were raised. Such mothers could only develop a personal raising style when they felt secure about the absoluteness of their own parents' love. In their own homes, men are usually a figure of authority. Although such mothers perform traditionally masculine functions, men do not do a reciprocai movement, which results in feelings of being overburden. When regarding Brazilian children, entering the relative dependence stage initially led to fear of losing a creative gathering with their mothers and the world. Such children felt assured about a place for a creative life in adulthood when they discovered that their mothers continued to love them (even though they are different than before), as well as when they conquered a symbolic capacity. From this moment on, growing up started to be perceived with enthusiasm. Results show that the development of infantile Self occurs in a close harmony with their mothers' experience, with important variations related to its cultural pertinence.
 
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Data de Publicação
2023-08-30
 
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