Although expermenting decline over the past decades, the number of people living below the poverty line is still alarming. According to IBGE, in 2015, the number of people below the poverty line was 13.5 million Brazilians, around 6.5% of the population. In addition to the material deprivations imposed on individuals, poverty can impair cognitive and socio- emotional development, especially of children, with reflections on human capital. Thus, understanding the dynamics of poverty is a necessity in order to find solutions to overcome it. This paper is composed of two essays. The first studies the effects of poverty on the quality of education as observed by the SAEB scores. For 5th grade students, the effect of a one percentage point change in the incidence of poverty reduces school performance by 1.2%. For 9th grade students, this effect reaches 1.1%. The second essay builds on the work of Ravallion (2012). It aims to assess why we do not see poverty convergence across brazilian municipalities. That is, why poorer municipalities are not experiencing a sharper reduction in poverty. The results suggest that the initial incidence distribution of poverty itself negatively affects both the growth of per capita income and the poverty reduction process.

Apesar de experimentar queda nas últimas décadas, o número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza é alarmante. De acordo com o IBGE, em 2015, o número de pessoas abaixo da linha de pobreza era de 13.5 milhões de brasileiros, em torno de 6,5% da população. Além das privações materiais impostas aos indivíduos, pobreza pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo e sócio-emocional, especialmente das crianças, com reflexos no capital humano. Deste modo, a compreensão da dinâmica da pobreza é uma necessidade para se encontrar soluções para superação da mesma. O presente trabalho é constituído de dois ensaios. O primeiro estuda os efeitos da pobreza na qualidade da educação observada pelas notas do SAEB. Para estudantes de 5º ano do ensino fundamental, o efeito da mudança de um ponto percentual na incidência de pobreza chega a reduzir em 1,2% a performance escolar. Para estudantes de 9º ano, esse efeito chega a 1,1%. O segundo ensaio fundamenta-se no trabalho de Ravallion (2012). O objetivo é avaliar porque não vemos convergência da pobreza nos municípios brasileiros. Isto é, porque municípios mais pobres não estão experimentando uma redução mais acentuada da pobreza. Os resultados sugerem que a própria distribuição incidência inicial da pobreza afeta negativamente tanto o crescimento da renda per capita quanto o processo de redução da pobreza.