The Andes are the most important mountain chain in South America, possessing a remarkable species richness, including many endemic taxa. Furthermore, the Andes represent an interesting area to develop evolutionary and biogeographical studies. Here, my main objective was to investigate how the uplift of the Cordillera Blanca has influenced the evolutionary history of sigmodontinae rodents on the highland of the Ancash department in Northern Peru. Firstly, I introduced the Andes showing the community assembly of small no-volant mammals, and identified the endemism pattern of sigmodontinae rodents in the Andean region. Afterward, I divided my thesis into three chapters. Chapter 1 is a general introduction in which I briefly present the Andes, succinctly mentioning the evolutionary processes that have led to harboring the current diversity; additionally, I also present each chapter's justification and hypotheses. Chapter 2 aims to raise an overview of the Andes, with an update on the status of the biogeographic knowledge for small non-volant mammals and identify areas of endemism of the rodents of the subfamily Sigmodontinae in the Andes. To accomplish this goal, i) I compiled information from non-volant small mammals community assembly in high Andean regions and ii) to identify the areas of endemism of the sigmodontinae I employed an analysis of endemicity using the NDM/VNDM software. As a result, I obtained information from 630 mammalian communities from seven South American countries and compiled 26,534 records of individuals belonging to 241 species. The Order with the highest number of records was Rodentia. The species accumulation curve suggests that the dataset covers an adequate representation. The Analysis of endemicity recovered eight areas of endemism (AoE); broadly, the patterns of AoE found here are congruent with those previously delimited using other methods and in other taxa. Chapter 3 aims to evaluate the intra and inter-populational morphologic and genetic variation of the rodents distributed on both sides of the Cordillera Blanca, I applied classical morphological methods and ddRADseq technique in the eight most abundant sigmodontinae species that occur in the highlands of Ancash department in Peru (Akodon mollis, Microryzomys altissimus, Oligoryzomys andinus, Calomys sorellus, Auliscomys pictus, Phyllotis andium, P. occidens, and Thomasomys praetor). The results showed a common pattern of close relationships between populations on the eastern and western slopes of Cordillera Blanca, suggesting that Cordillera Blanca would not represent an effective geographic barrier. Conversely, my data show that gene flow rates across the Santa River drainage are relatively low or null, greater at headwaters. In this sense, I reject the hypothesis that the Cordillera Blanca has driven the allopatric speciation of sigmodontinae. Lastly, Chapter 4 presents a synthesis of the main conclusions and future perspectives on the study of sigmodontinae in the Andes.

A Cordilheira dos Andes é a cadeia montanhosa mais importante da América do Sul, possuindo uma notável riqueza de espécies que inclui um elevado número de táxons endêmicos. Além disso, os Andes representam uma área interessante para desenvolver estudos evolutivos e biogeográficos. Aqui, meu objetivo principal foi investigar como a elevação da Cordilheira Branca influenciou a história evolutiva dos roedores sigmodontíneos (subfamília Sigmodontinae) nas terras altas do departamento de Ancash, no norte do Peru. Primeiramente, apresentei os Andes mostrando a montagem da comunidade de pequenos mamíferos não-voadores e identifiquei o padrão de endemismo de roedores sigmodontíneos na região andina. Depois, dividi minha tese em três capítulos. O capítulo 1 é uma introdução geral na qual apresento brevemente os Andes, mencionando sucintamente os processos evolutivos que levaram a abrigar a diversidade atual; adicionalmente, também apresento a justificativa e as hipóteses de cada capítulo. O capítulo 2 tem como objetivo apresentar uma visão geral dos Andes, com uma atualização sobre o estado do conhecimento biogeográfico de pequenos mamíferos não-voadores e identificar áreas de endemismo dos roedores sigmodontíneos nos Andes. Para atingir este objetivo, i) compilei informações provenientes da montagem de comunidades de pequenos mamíferos não-voadores em regiões andinas altas ,e ii) para identificar as áreas de endemismo dos sigmodontíneos, empreguei uma análise de endemicidade usando o software NDM/VNDM. Como resultado, obtive informações de 630 comunidades de mamíferos de sete países Sul-americanos e compilei um total de 26.534 registros de indivíduos pertencentes a 241 espécies. A Ordem com maior número de registros foi Rodentia. A curva de acumulação de espécies apontou que o conjunto de dados cobre uma representação adequada, enquanto a análise de endemicidade recuperou oito áreas de endemismo (AoE). Em sentido amplo, os padrões de AoE aqui encontrados são congruentes com os previamente delimitados por outros métodos e em outros táxons. No capítulo 3, que visou avaliar a variação morfológica e genética intra e interpopulacional dos roedores distribuídos em ambos os lados da Cordilheira Branca, apliquei métodos morfológicos clássicos e a técnica ddRADseq nas oito espécies de sigmodontíneos mais abundantes que ocorrem nas terras altas do departamento de Ancash no Peru (Akodon mollis, Microryzomys altissimus, Oligoryzomys andinus, Calomys sorellus, Auliscomys pictus, Phyllotis andium, P. occidens e Thomasomys pretor). Os resultados mostraram que existe um padrão comum de relações estreitas entre as populações nas encostas leste e oeste da Cordilheira Branca, sugerindo que esta cadeia de montanhas não representaria uma barreira geográfica efetiva. Por outro lado, meus dados mostraram que as taxas de fluxo gênico na drenagem do rio Santa foram relativamente baixas ou nulas, sendo maiores nas cabeceiras. Nesse sentido, rejeitei a hipótese de que a Cordillera Blanca teria impulsionado a especiação alopátrica dos sigmodontíneos. Por fim, o Capítulo 4 apresentou uma síntese das principais conclusões e perspectivas futuras sobre o estudo dos sigmodontíneos nos Andes.