A camada de separação tem a finalidade de impedir a transmissão de tensões da base para o contrapiso e deve ser utilizada quando não forem respeitados os períodos de cura da base (28 dias) ou da argamassa de regularização (7 dias), quando a base estiver sujeita a deflexões limites (estabelecidas pela NBR 6118) ou se esta camada estiver prevista em projeto.
Esta camada deve ser aplicada sobre a regularização ou mesmo sobre o lastro ou laje de concreto. Pode ser realizada utilizando papel Kraft (gramatura maior ou igual a 80g/ m2), membrana de polietileno (tendo espessura de pelo menos 0,1mm), feltro asfáltico (gramatura mínima de 250 g/ m2), membrana de poliisobutileno (espessura igual ou maior a 0,8 mm) ou membrana de cloreto de polivinila (pelo menos de 0,8 mm de espessura), de acordo com o modo de execução.
Após a camada de separação, é sempre necessário executar uma camada de proteção com argamassa, que pode ser o próprio contrapiso ou uma camada de regularização. É fundamental inserir nesta camada, mesmo que tenha espessura não superior a 25 mm, uma tela metálica de malha quadrada de 5x5cm com fio 16 BWG (1,6 mm aproximadamente), chumbada na estrutura suporte em 4 pontos por m2 e 3 pontos por metro linear, transpassando cerca de 10 cm nas emendas. A tela deve ser colocada na metade da espessura da camada e precisa estar completamente coberta pela argamassa, para evitar corrosão. A função da tela é inibir a retração da argamassa.
A camada de separação torna-se desnecessária quando já está prevista uma camada de impermeabilização sobre a base (membranas asfálticas ou poliméricas) e quando for realizada uma camada de enchimento sem aderência com a base; neste caso, o enchimento funciona com camada de separação.