Procedimentos de assentamento - paredes internas
Estas especificações podem ser aplicadas para concreto
moldado in loco, concreto pré- moldado, alvenaria de blocos de concreto
vazado, alvenarias de bloco de concreto celular ou blocos sílico - calcário,
revestidas ou não com chapisco e emboço, e alvenaria de tijolos
maciços ou blocos cerâmicos necessariamente revestidas com chapisco
e emboço. Não são válidas para assentamento de pastilhas.
Para a realização do assentamento de paredes, proceder
ao assentamento de baixo para cima, da esquerda para a direita, uma fiada de
cada vez, acompanhando os seguintes passos:
- Retirar e misturar peças cerâmicas de 3 ou 4 caixas
diferentes;
- A prática usual é iniciar o assentamento de paredes
pela segunda ou terceira fiada, deixando a primeira para arremates de caimento
e outros. Iniciar o assentamento pela fiada mestra (a segunda fiada) e proceder
até o teto. Apenas após o término deste trabalho, proceder
ao acabamento e assentamento da fiada inferior;
- Marcar a posição da fiada mestra (considerando
o tamanho das peças e espessura das juntas, tomando o teto como referência)
em um extremo da parede e transferir o nível marcado para o outro extremo
da parede (com uso de mangueira de nível ou outro). Nas extremidades
da fiada mestra, devem ser assentadas placas cerâmicas, que servirão
de guia;
- Entre as duas placas cerâmicas assentadas, esticar uma
linha para servir como guia para o posicionamento das demais placas desta
fiada, admitindo-se o emprego de régua de madeira ou metálica
em substituição à linha esticada sobre as placas-guia;
- Para garantir o prumo das fiadas verticais, deve-se colocar,
utilizando-se o mesmo critério das fiadas horizontais, uma placa guia
em cada extremidade superior da parede, devidamente nivelada e aprumada com
a fiada inferior;
- Em seguida, devem ser assentadas as placas cerâmicas
no espaço compreendido entre as placas-guia, uma fiada de cada vez,
tomando-se como referência a linha esticada ou a régua. Utilizar
espassadores deformáveis e, sempre que necessário, esticar linhas
horizontais e verticais;
- A argamassa deve ser espalhada em faixas de 60 cm de largura,
e comprimento de acordo com as condições do ambiente, definido
caso a caso (não ultrapassar 1m2 de argamassa estendida);
- Estender a argamassa com o lado liso da desempenadeira; em seguida, com
mais uma quantidade de argamassa na desempenadeira, aplicar o lado denteado
em um ângulo aproximado de 60o, formando os cordões
(espessura de 3 a 4 mm para desempenadeira 6x6x6 mm e 5 a 6 mm para desempenadeira
de 8x8x8 mm). O restante da argamassa deve ser remisturada com a argamassa
do balde para a próxima aplicação. Em placas com área
maior que 900 cm2, deve-se espalhar e pentear a argamassa colante
sobre o substrato e sobre o tardoz da placa cerâmica;
Para qualquer área da placa cerâmica, reentrâncias
de altura maior que 1mm presentes no tardoz de algumas placas devem ser preenchidos
com pasta de argamassa colante. Este procedimento deve ser feito concomitantemente
com o assentamento.
- As placas devem ser assentadas sobre cordões frescos,
um pouco fora da sua posição, aplicando batidas leves e repetidas,
com os dedos ou um martelo de borracha, até alcançar a posição
final. Os cordões de argamassa devem ser completamente esmagados;
- Tomar cuidado com o tempo em aberto - teste do toque
-, principalmente em locais de ambientes agressivos (insolação
direta, ventos fortes, altas temperaturas e umidade relativa do ar);
- Verificar periodicamente a aderência com o teste do
arrancamento;
- Realizar continuamente verificação do prumo;
verificar a planeza do revestimento, utilizando uma régua metálica
de 2 m, tolerando desvios máximos de 3mm; observar a existência
de peças com dentes e quinas sobressalentes. Peças com ressaltos
maiores que 1 mm devem ser retiradas e recolocadas.