A resistência à abrasão é uma característica importante na especificação de pisos cerâmicos. Alguns revestimentos cerâmicos estão preparados para suportar o tráfego intenso de uma indústria, por exemplo, sem sofrer danos; outros suportam apenas pequeno fluxo, como em banheiros residenciais.
Para diferenciar as placas cerâmicas esmaltadas, foi adotada a escala PEI (Porcelain Enamel Institute) que varia de 0 a 5. Esta classificação descreve a resistência ao desgaste superficial do esmalte da placa cerâmica em decorrência do trânsito de pessoas e contato com objetos. Juntamente com a absorção de água, as classes de resistência à abrasão formam o conjunto das principais características para pisos.
A diferença fundamental entre esmaltados e não esmaltados é que a placa cerâmica esmaltada possui duas camadas distintas, o biscoito e o esmalte (superfície), e estas apresentam características físicas e químicas diferenciadas, enquanto os revestimentos não esmaltados se constituem de um corpo único. As placas cerâmicas esmaltadas são sempre ensaiadas por abrasão superficial (NBR 13818-D), avaliando-se apenas a camada esmaltada.
Classes de resistência à abrasão superficial
PEI |
Resistência à abrasão |
USO |
Grupo 0 PEI-0 |
Baixíssima |
não para pisos |
Grupo 1 PEI-1 |
Baixa |
ambientes onde se caminha com pés descalços ou chinelos |
Grupo 2 PEI-2 |
Média |
ambientes residenciais sem portas para ambientes externos |
Grupo 3 PEI-3 |
Média Alta |
ambientes residenciais com portas para ambientes externos |
Grupo 4 PEI-4 |
Alta |
ambientes residenciais com tráfego intenso |
Grupo 5 PEI-5. |
Altíssima e sem encardido |
ambientes comerciais, públicos e industriais com alto tráfego |
Fonte: Disquete CCB.