Método com argamassa colante

Neste método, a argamassa colante pré-dosada é aplicada sobre a base, com uso de uma desempenadeira denteada de aço. A argamassa é espalhada com o lado liso, e logo depois, com o lado denteado, formando os cordões onde serão aplicadas as placas cerâmicas.

O assentamento com argamassa colante tem muitas vantagens sobre o método tradicional: perfil mais fino, menor peso e redução do tempo de instalação. Entretanto, para que haja sucesso deste método, a superfície a ser revestida deve estar absolutamente no nível (contrapisos com os caimentos já previstos) e no prumo (paredes). Para que haja boa adesividade em superfícies lisas e impermeáveis e/ou revestimentos com absorção de água abaixo de 6%, deve ser indicada uma argamassa adequada a este uso.

No método de assentamento com argamassa colante, as vantagens são: (1) elevada aderência; (2) permite a utilização em peças de baixa porosidade; (3) pode ser utilizada em uma grande variedade de suportes; (4) existem tipos de materiais diferentes para cada tipo de aplicação; (5) tempo de ajuste relativamente alto - depende da argamassa; (6) material de fácil manipulação; (7) evita dosagens em obra; (8) não necessita pré-umedecer as peças cerâmicas (permite exercer controle sobre o teor de umidade e a tonalidade das peças).

 

A maior desvantagem desse tipo de aplicação é não permitir a correção de defeitos de planeza superiores a 5 mm, que devem ser ajustados em camadas anteriores à argamassa colante.

O assentamento pelo método convencional apresenta grandes desvantagens e menor produtividade. Atualmente, todas as referências recomendam a realização do assentamento com uso da argamassa colante.

Comparativo entre o método com argamassa colante e o convencional

MÉTODO ARGAMASSA CONVENCIONAL

MÉTODO COM ARGAMASSA COLANTE

Utiliza cimento comum, sem retentores de água. Qualquer erro no traço da argamassa pode produzir argamassas ricas (grande retração) ou magras (prejudicial para a aderência).

Utiliza argamassa colante com dosagem controlada, à base de cimento acrescido de aditivos ou à base de resinas, o que confere melhores características ao material.

Não podem ser aplicadas para placas com absorção abaixo de 6%, pois trabalham apenas com adesão física.

Há argamassas adequadas para placas de todos os tipos - absorção de 0 a 20%- podendo ter adesão física ou química.

Há necessidade prévia de molhar as placas. Não há uniformidade no tempo de imersão das peças, o que pode causar tonalidades confusas, em função das peças estarem umedecidas.

Em geral, não há necessidade de umedecer as placas, emboço, ou contrapiso (apenas em condições extremamente agressivas, pode ser necessário umedecer o substrato).

Controle perfeito da cor das placas.

Processo artesanal: o assentador deve ter amplos conhecimentos sobre o procedimento de execução. Irregularidade na operação de polvilhar o cimento varia a espessura e hidratação da argamassa.

Processo simples de execução, com procedimentos estabelecidos e normalizados.

Camada ‘colante’ espessa com 20 a 25 mm

Espessura final da argamassa entre 2,5 a 6mm

Patologias: retração elevada, dilatação higroscópica. Condições ideais ao aparecimento de eflorescências, em função do alto grau de umidade envolvido.

Possibilidade de assentamento peça por peça deixa espaços vazios no verso da placa, em especial nos cantos.

Retração controlada e menor possibilidade de eflorescência.

Baixa produtividade: média de 7m2 /homem/dia

Alta produtividade: cerca de 20 m2 /homem/dia

Execução de todas as etapas sem interrupção, ao preço de danificar a colagem.

Trabalho em duas etapas, podendo ser interrompido no final da jornada de trabalho, sem comprometer a colagem.

Consumo de 12 a 17 Kg de material/ m2

Consumo de argamassa entre de 5 a 7 Kg/ m2.