Fitas e telas metálicas

A inserção de fita de polietileno e tela metálica é justificada nos seguintes casos: (1) No encontro da alvenaria e elemento estrutural, geralmente em fachadas, quando não for possível realizar juntas de movimentação/ dessolidarização e se a distância do topo da junta até a base da viga, representada por (d) for duas vezes maior ou igual à espessura das camadas de argamassa do sistema (e), considerando da base até a argamassa colante; (2) Em fachadas, nas regiões de tensões elevadas da interface entre alvenaria e estrutura (Essas regiões ocorrem no pavimento sobre pilotis e nos dois ou três últimos pavimentos do edifício); (3) caso, por algum motivo construtivo, a argamassa supere, mas não excessivamente, a espessura de 25mm (utiliza-se apenas a tela metálica).

Nestes casos, a solução técnica mais adequada para evitar o aparecimento de fissuras e trincas é a inserção de fitas de polietileno e telas metálicas na camada de emboço, com o intuito de reter esse movimento, enviando as tensões para a junta de movimentação ou dessolidarização mais próxima.

A fita de polietileno utilizada para este fim apresenta largura entre 5 e 7 cm. Baía e Sabbatini (2000) afirmam que a fita tem a capacidade de distribuir as tensões pela tela ao longo do revestimento. As recomendações da tipologia de telas são diversas e devem ser estudadas caso a caso. As telas galvanizadas são as mais apropriadas, pois são específicas para uso em construção civil. Uma recomendação geral é utilizar tela metálica galvanizada de malha quadrada de 5x5cm com fio 16 BWG (1,6 mm aproximadamente), chumbada na estrutura suporte em 4 pontos por m2 e 3 pontos por metro linear, transpassando cerca de 10 cm nas emendas. A tela deve ser colocada na metade ou a 1/3 da parte interna da espessura da camada e precisa estar completamente coberta pela argamassa, para evitar corrosão.

Segundo Baía e Sabattini (2000), podem ser realizados dois tipos de reforços: