As argamassas disponíveis no mercado, dependendo de sua composição e tipo de aditivo, colam o revestimento cerâmico de duas formas distintas: aderência física ou mecânica e aderência química.
As argamassas à base de cimento colam o revestimento através de adesão física ou mecânica; ou seja, o material penetra nos poros dos substratos e placas cerâmicas criando pontos de engaste, de apoio. Após o endurecimento da argamassa, pode-se dizer que são estabelecidas ancoragens mecânicas entre o substrato e a placa. Este tipo de aderência só é possível quando se utilizam materiais com certa porosidade e/ ou rugosidade, tanto a base como a placa cerâmica;
A adesão química é utilizada para colar materiais lisos e polidos ou sem porosidade. Neste caso, utilizam-se argamassas à base de cimento, com maior quantidade (ou diversidade) de aditivos, ou mesmo elaboradas à base de resinas. Este tipo de adesão é explicado pela formação de uniões químicas e/ ou eletrostáticas entre a argamassa, o substrato e a placa, e funciona como uma ‘cola’.;
A maioria das argamassas tem um pouco de adesão química e mecânica, no entanto, para cada produto, deve prevalecer um dos mecanismos. Sendo assim, em argamassas à base de cimento, predomina a adesão mecânica; e a adesão química, através de ligações químicas, prevalece em adesivos à base de resinas. Esses parâmetros são importantes para a definição do tipo de argamassa a ser utilizada, dependendo do tipo de placa, do substrato e das movimentações previstas para o sistema.