Impermeabilizantes
Problemas de falha na impermeabilização (ou sua
inexistência) podem comprometer a durabilidade da edificação,
diminuindo a sua vida útil, prejudicando a execução e manutenção
do sistema revestimento cerâmico. Esses problemas são encontrados
sob forma de infiltração, degradação do substrato,
manchas, bolor, ferrugem, eflorescências. Para a escolha do sistema de
impermeabilização, deve-se considerar a superfície a ser
impermeabilizada, a durabilidade desejada, a segurança esperada, tipo
de utilização da superfície, o preço dos materiais,
a qualidade da mão-de-obra disponível e as possíveis dificuldades
de execução.
Os serviços de impermeabilização devem ser
executados nos seguintes casos:
- Contra água de percolação, que significa
a água que atua onde existe livre escoamento, sendo o caso de terraços,
coberturas, fachadas, banheiros, lajes de cobertura, jardins etc;
- Contra umidade por capilaridade: ação da água
sobre os elementos que estão em contato com bases alagadas ou solo
úmido (pavimento térreo sobre solos argilosos ou humíferos,
ou com possibilidade de estarem contaminados com sulfatos ou outras substâncias
agressivas). Nestes casos, a água é absorvida e transportada
pela ação da capilaridade de materiais porosos, até os
níveis superiores;
- Contra a água com pressão, caso de subsolos,
caixas d’água, piscinas e similares, a água exerce pressão
hidrostática sobre os elementos da construção.
Tipos
- impermeabilizantes
1. Impermeabilização rígida, quando concretos
e revestimentos argamassados se tornam impermeáveis pela inclusão
de um aditivo;
- Aditivos (hidrófugos) para impermeabilização rígida:
são produtos adicionados às argamassas de cimento e areia para
a execução de impermeabilização rígida.
São comercializados em pó ou emulsão. Podem ser utilizados
para impermeabilizar argamassas (concretos ou rebocos) que necessitem de resistência
a intempéries;
2. Impermeabilização plástica ou elástica
quando é realizada com mantas pré-fabricadas ou com elastômeros
dissolvidos e aplicados no local, em forma de pintura ou melação,
em várias camadas;
- Tintas betuminosas e outros (pintura): São emulsões, líquidos
ou pastas de cor preta brilhante que protegem concreto, alvenaria e madeira.
Classificam-se em três tipos: (1) Hidroasfalto - utilizado para impermeabilização
de marquises, pequenos telhados, calhas ou superfícies úmidas
em geral. Pode ser empregado como enchimento de juntas de dilatação;
(2) Tintas asfálticas - empregadas principalmente em alicerces e revestimentos
em contato com terra ou primer na impermeabilização asfáltica;
(3) Alcatrão - produto adicionado ao asfalto para melhorar aderência
com agregados;
- Asfalto (impermeabilização elástica): Pode ser classificado
em dois tipos, sendo um adesivo rápido, impermeável e de grande
durabilidade. É resistente a ácidos, álcalis e sais.
(1) Asfalto oxidado: ao ser misturado com fibras vegetais ou serragem de madeira,
se constitui de um excelente isolante acústico. Deve sempre ser executado
por empresas especializadas. De acordo com a finalidade dos serviços,
há ainda uma subdivisão, de acordo com o ponto de fusão;
(2) Asfalto filerizado: pode-se adicionar até 30% de filer para melhorar
as propriedades do material;
3. Impermeabilização laminar (pinturas ou melações
armadas). Quando é realizada in loco, com asfaltos ou elastômeros
armados ou estruturados pela intercalação com materiais rígidos
(tecidos de vidro, tecidos de junta, lâminas de alumínio etc.);
- Feltros e mantas (elástica): são camadas impermeabilizantes
de alto desempenho e grande durabilidade. Podem ser: (1) Feltros asfálticos
- compostos de fibra de algodão e celulose, são papelões
ou feltros embutidos em asfalto; (2) Mantas butílicas - são
altamente impermeabilizantes, inclusive a gases, têm grande resistência
ao ozônio, radiação infravermelha, ultravioleta, podendo,
quando bem executada, durar de 25 a 30 anos.