Procedimentos de assentamento - paredes internas

Estas especificações podem ser aplicadas para concreto moldado in loco, concreto pré- moldado, alvenaria de blocos de concreto vazado, alvenarias de bloco de concreto celular ou blocos sílico - calcário, revestidas ou não com chapisco e emboço, e alvenaria de tijolos maciços ou blocos cerâmicos necessariamente revestidas com chapisco e emboço. Não são válidas para assentamento de pastilhas.

Para a realização do assentamento de paredes, proceder ao assentamento de baixo para cima, da esquerda para a direita, uma fiada de cada vez, acompanhando os seguintes passos:

  1. Retirar e misturar peças cerâmicas de 3 ou 4 caixas diferentes;
  2. A prática usual é iniciar o assentamento de paredes pela segunda ou terceira fiada, deixando a primeira para arremates de caimento e outros. Iniciar o assentamento pela fiada mestra (a segunda fiada) e proceder até o teto. Apenas após o término deste trabalho, proceder ao acabamento e assentamento da fiada inferior;
  3. Marcar a posição da fiada mestra (considerando o tamanho das peças e espessura das juntas, tomando o teto como referência) em um extremo da parede e transferir o nível marcado para o outro extremo da parede (com uso de mangueira de nível ou outro). Nas extremidades da fiada mestra, devem ser assentadas placas cerâmicas, que servirão de guia;
  4. Entre as duas placas cerâmicas assentadas, esticar uma linha para servir como guia para o posicionamento das demais placas desta fiada, admitindo-se o emprego de régua de madeira ou metálica em substituição à linha esticada sobre as placas-guia;
  5. Para garantir o prumo das fiadas verticais, deve-se colocar, utilizando-se o mesmo critério das fiadas horizontais, uma placa guia em cada extremidade superior da parede, devidamente nivelada e aprumada com a fiada inferior;
  6. Em seguida, devem ser assentadas as placas cerâmicas no espaço compreendido entre as placas-guia, uma fiada de cada vez, tomando-se como referência a linha esticada ou a régua. Utilizar espassadores deformáveis e, sempre que necessário, esticar linhas horizontais e verticais;
  7. A argamassa deve ser espalhada em faixas de 60 cm de largura, e comprimento de acordo com as condições do ambiente, definido caso a caso (não ultrapassar 1m2 de argamassa estendida);
  8. Estender a argamassa com o lado liso da desempenadeira; em seguida, com mais uma quantidade de argamassa na desempenadeira, aplicar o lado denteado em um ângulo aproximado de 60o, formando os cordões (espessura de 3 a 4 mm para desempenadeira 6x6x6 mm e 5 a 6 mm para desempenadeira de 8x8x8 mm). O restante da argamassa deve ser remisturada com a argamassa do balde para a próxima aplicação. Em placas com área maior que 900 cm2, deve-se espalhar e pentear a argamassa colante sobre o substrato e sobre o tardoz da placa cerâmica;

Para qualquer área da placa cerâmica, reentrâncias de altura maior que 1mm presentes no tardoz de algumas placas devem ser preenchidos com pasta de argamassa colante. Este procedimento deve ser feito concomitantemente com o assentamento.

  1. As placas devem ser assentadas sobre cordões frescos, um pouco fora da sua posição, aplicando batidas leves e repetidas, com os dedos ou um martelo de borracha, até alcançar a posição final. Os cordões de argamassa devem ser completamente esmagados;
  2. Tomar cuidado com o tempo em aberto - teste do toque -, principalmente em locais de ambientes agressivos (insolação direta, ventos fortes, altas temperaturas e umidade relativa do ar);
  3. Verificar periodicamente a aderência com o teste do arrancamento;
  4. Realizar continuamente verificação do prumo; verificar a planeza do revestimento, utilizando uma régua metálica de 2 m, tolerando desvios máximos de 3mm; observar a existência de peças com dentes e quinas sobressalentes. Peças com ressaltos maiores que 1 mm devem ser retiradas e recolocadas.