O Internacionalismo Proletário, como concepção teórica e ação prática, originou-se do movimento revolucionário socialista a partir do final do século XIX, principalmente após a constituição da I Internacional, com contribuições teóricas de Karl Marx e Friedrich Engels, e teve seu primeiro ensaio na experiência da Comuna de Paris, conhecida como "assalto aos céus". No entanto, o século XX foi o tempo fecundo para a materialização do Internacionalismo Proletário. A Revolução Russa de 1917 alterou o curso histórico da Humanidade, apresentando ao mundo a primeira Revolução Socialista da História, na qual o Internacionalismo Proletário constituiu-se na palavra de ordem para a construção do socialismo em nível internacional. Após o triunfo da Revolução bolchevique, criou-se a Terceira Internacional, a Komintern, como instrumento de organização do proletariado mundial, de maneira que Partidos Comunistas floresceram pelos diferentes continentes, e o marxismo, como teoria científica do comunismo, também extrapolou o eixo europeu, possibilitando a interpretação desta teoria à partir das diferentes realidades no mundo periférico, tais como América Latina e África. Em 1959, triunfou outra Revolução transcendental para o Socialismo no mundo, a Revolução Cubana, momento em que se atravessava a Guerra Fria na disputa pela hegemonia entre Capitalismo e Socialismo, representados por suas principais potências, Estados Unidos e União Soviética. Cuba representou o baluarte da Revolução Socialista no Terceiro Mundo e vivificou a prática do Internacionalismo Proletário, transformando-se na principal referência de solidariedade para os povos da América Latina, África e Ásia. A Revolução Cubana apoiou Movimentos de Libertação Nacional em diferentes partes do mundo e levou para o seio destes movimentos a necessidade da emancipação dos povos contra o imperialismo, o capitalismo e o colonialismo. A Operação Carlota, em Angola, foi a maior missão de solidariedade internacional praticada pela Revolução Cubana, na qual, durante 16 anos de conflitos, cerca de meio milhão de cubanos participaram da guerra que levou à independência definitiva de Angola da Namíbia e o fim do regime racista de apartheid sul-africano. Assim, Cuba nutriu a luta pela construção do modelo contra hegemônico alternativo ao sistema do Capital, apoiada no bloco socialista, e a luta contra o imperialismo estadunidense alcançou dimensão planetária na qual o Internacionalismo Proletário cumpriu papel determinante no seu devido momento histórico.

Proletarian Internationalism, as a theoretical formulation and practical action, originated from the socialist revolutionary movement of the late 19th century, after the I International was constituted. It counted with the theoretical contributions of Karl Marx and Friedrich Engels and had its first practical trial in the experience of the Paris Commune, known as a "storm on the heavens." However, the 20th century was the fruitful century for the embodiment of Proletarian Internationalism. The Russian Revolution of 1917 altered the course of the history of Humanity, presenting the world with the first Socialist Revolution in History, to which Proletarian Internationalism was the leitmotiv for building Socialism at the international level. After the triumph of the Bolshevik Revolution, the III International, the Komintern, was created as a means to organize the proletariat of the world, leading to Communist Parties flourishing on different continents, and Marxism, as a scientific theory of communism, went beyond European borders, which made it possible for this theory to be interpreted from the different realities in the peripheral world, such as Latin América and Africa. In 1959, another Revolution triumphed, the Cuban Revolution, that was transcendental for Socialism in the world in a moment of the Cold War, where the main powers, the United States and Russia, were disputing hegemony between capitalism and socialism. Cuba represented the bastion of the Socialist Revolution in the Third World, and gave life to the practice of Proletarian Internationalism, becoming the main reference of solidarity for the peoples of Latin América, Africa, and Asia. The Cuban Revolution supported the National Liberation movements in different parts of the world and brought to the core of these movements the need for the emancipation of the people of the world from imperialism, Capitalism, and colonialism. Operation Carlota in Angola was the most significant international solidarity mission practiced by the Cuban Revolution. During 16 years, about half a million Cubans participated in the war that led to the definitive independence of Angola, Namibia, and the end of the racist regime of South African apartheid. Thus, Cuba nourished the struggle for the construction of the alternative hegemonic model to the Capitalist system, supported by the socialist bloc, and the struggle against U.S. imperialism reached a planetary dimension to which Proletarian Internationalism played a decisive role in its due historical moment.