Introdução: Estima-se que 10% de toda população com deficiência necessita de cadeira de rodas. Apesar das ferramentas e diretrizes existentes para a dispensa de cadeira de rodas estas são desconhecidas por muitos profissionais, o que torna esta tarefa ainda mais complexa. A cadeira de rodas possui possibilidades de ajustes, materiais, formas e tipos específicos para a necessidade de cada usuário. Os modelos de prescrição devem auxiliar tal tarefa. Após a dispensa da cadeira de rodas ainda há a necessidade de adequação e treinamento de seu usuário para esta ser eficiente. No Brasil há a lacuna de informações sobre quem são esses usuários e suas demandas, o que prejudica a implementação de políticas eficientes. Também é escassa a discussão sobre como são feitas as dispensas de cadeira de rodas no Brasil e quem são os profissionais protagonistas desta tarefa. Objetivo: Descrever o perfil dos públicos envolvidos nos serviços de cadeira de rodas, profissionais que atuam na dispensa de cadeiras de rodas e usuários de cadeiras de rodas. Metodologia: trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, foram utilizadas as ferramentas Avaliação da satisfação do usuário com a Tecnologia Assistiva de Quebec B-QUEST, o Critério de Classificação Econômica Brasil, formulário de caracterização dos participantes desenvolvido pelos autores. Os dados foram coletados via questionário online utilizando a plataforma Survey Monkeys, em seguida foram analisados em frequência em valores absolutos e valores de porcentagem. Resultados: Participaram desta pesquisa 110 indivíduos divididos em GP - grupo profissionais do serviço de dispensa de cadeira de rodas (60 indivíduos) e GU - grupo usuários de cadeira de rodas (50 indivíduos). A maioria dos indivíduos do GU é do Sexo masculino (58%) apresenta lesão medular, adquiriu sua cadeira de rodas com recursos próprios e não recebeu treinamento de como utilizar ou fazer manutenção na cadeira de rodas tendo. A maioria dos indivíduos do GP é do sexo feminino (78%), atuam em Centro de Especialidades de Referência ou Unidade de saúde e são fisioterapeutas. Conclusões: os usuários têm tomado pouca participação na decisão sobre o melhor recurso e há baixa satisfação com a tecnologia segundo a ferramenta QUEST, sendo esta adquiria por conta própria, Os profissionais não têm formação específica a disposição.

Introduction: It is estimated that 10% of the entire population with disabilities needs a wheelchair. Despite the existing tools and guidelines for dispensing a wheelchair, these are unknown by many professionals, which makes this task even more complex. The wheelchair has possibilities for adjustments, materials, shapes and specific types for the needs of each user. Prescription templates should help with this task. After dispensing the wheelchair, there is still a need for adaptation and training of its user to be efficient. In Brazil, there is a lack of information about who these users are and their demands, which hinders the implementation of efficient policies. There is also little discussion about how wheelchair layoffs are done in Brazil and who are the protagonists of this task. Objective: To describe the profile of the public involved in wheelchair services, professionals who work in the dispensation of wheelchairs and wheelchair users. Methodology: this is a cross-sectional study with a quantitative approach, using the tools Assessment of user satisfaction with the Quebec Assistive Technology B-QUEST, the Brazilian Economic Classification Criteria, a form to characterize the participants developed by the authors. Data were collected via an online questionnaire using the Survey Monkeys platform, then analyzed in frequency in absolute values and percentage values. Results: 110 individuals participated in this research, divided into GP - professional group of the wheelchair dispensing service (60 individuals) and GU - wheelchair users group (50 individuals). Most individuals in the GU are male (58%) have spinal cord injury, purchased their wheelchair with their own resources and have not received training on how to use or maintain the wheelchair. Most individuals in the GP are female (78%), work in a Reference Specialty Center or Health Unit and are physiotherapists. Conclusions: users have had little participation in the decision about the best resource and there is low satisfaction with the technology according to the QUEST tool, which was acquired on their own. Professionals do not have specific training available