A espasticidade é uma consequência comum da síndrome do neurônio motor superior, afetando pessoas que sofrem de lesões medulares, paralisia cerebral e esclerose múltipla, entre outras condições. O acompanhamento adequado da espasticidade requer avaliações frequentes e compreensivas, que abordem tanto a dimensão física quanto o impacto funcional. Porém, apesar da importância, ainda não há consenso sobre quais são os meios mais adequados para avaliar a espasticidade. Métodos clínicos comumente usados geralmente limitam-se em aspectos físicos, como tônus muscular, resistência à movimentação passiva e frequência de espasmos. Objetividade e a extensão da análise do impacto funcional variam de acordo com a técnica. Além disso, tais métodos apresentam uma série de desvantagens, como o uso de critérios e parâmetros subjetivos e a falta de padronização. Assim sendo, ferramentas que possibilitem uma avaliação quantitativa da espasticidade seriam de grande valor, contribuindo para a avaliação e evolução de estratégias de tratamento e para o acompanhamento de pacientes. Neste trabalho, propõe-se o aprimoramento de um sistema para caracterização da espasticidade em membros superiores. Utilizando transdutores, o sistema quantifica sintomas clínicos decorrentes da espasticidade, observados durante a extensão passiva do punho. Na aplicação deste sistema com um grupo de voluntários saudáveis, verificou-se o comportamento das grandezas medidas, procurando-se indicativos quantitativos e indícios de padrões que possam ser utilizados como referência comparativa para avaliação do grau de espasticidade. Similaridades observadas entre as respostas dos diferentes voluntários durante os testes executados sugerem a existência de um padrão de referência para as grandezas medidas, o qual pode ser útil para a análise clínica do grau de espasticidade

Spasticity is a common consequence of the upper motor neuron syndrome, affecting people who suffer from spinal cord lesions, multiple sclerosis and cerebral palsy, among other conditions. Adequate spasticity management requires comprehensive and frequent evaluations that takes into account both physical and functional impact. However, despite its importance, there is still no consensus about the best way to evaluate spasticity. Clinical methods usually focus on physical facets of spasticity, such as resistance to passive movement and spasm frequency. Objectivity and analysis of functional impact greatly varies according to the technique. In addition, these methods present a series of disadvantages, such as the use of subjective parameters and lack of standardization. Therefore, clinical and research tools that would make possible a quantitative evaluation of spasticity would be of great value, contributing to the evaluation and evolution of treatment strategies. This work presents a system to quantitatively characterize upper limb spasticity. Applying transducers, the system quantifies clinical manifestations of spasticity, observed during passive wrist extension. In preliminary tests with a group of healthy subjects, similarities observed in the behavior of the signals measured suggests the existence of a quantitative reference pattern, which may be useful for the clinical analysis of spasticity