Esta pesquisa de Mestrado delineada dentro do Programa Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades, na linha de pesquisa Poderes, Políticas e Resistências, analisa as memórias e narrativas de cinco professoras de Educação Infantil: Ana Beatriz, Ana Flávia, Ana Paula, Camila e Renata. Essas mulheres, por meio de entrevistas orais, compartilharam suas trajetórias e o conceito que elas trazem sobre o racismo na sociedade brasileira. Foi por meio de suas memórias e narrativas que pude observar como condutas antirracistas ou racistas estão presentes na escola e em suas práticas diárias. Pretendeu-se trazer, durante as entrevistas, a trajetória de cada uma dessas mulheres brancas e negras, professoras de Educação Infantil e a reflexão que elas desenvolvem sobre as leis 10.639/03 e 11.645/08 e a importância das mesmas para a formação dos cidadãos. O racismo, que é estruturante em nossa sociedade e em nossas relações, muitas vezes é tão refinado que passa despercebido aos nossos olhos. Nos capítulos desse trabalho vamos observar, através das narrativas das professoras, como elas lidam com o racismo institucional que atinge a vida de crianças na Educação Infantil. Através das narrativas, as professoras apresentaram os desafios de identificar e falar sobre racismo no ambiente escolar, a questão da falta de formação de professores e, ao final, junto às considerações, reuniremos proposições de práticas antirracistas baseadas nos relatos das entrevistadas. O procedimento metodológico usado nesta dissertação foi o da História Oral, que visa uma escuta sensível e que, acima de tudo, respeite as memórias e as narrativas dos envolvidos na análise. Para os debates sobre o racismo estrutural foram fundamentais teóricos como Silvio Almeida, Kabengele Munanga, Sueli Carneiro e Neuza Souza

This Master's research outlined within the Humanities, Rights and Other Legitimacies Program, in the Powers, Policies and Resistances research line, analyzes the memories and narratives of five preschool education teachers: Ana Beatriz, Ana Flávia, Ana Paula, Camila and Renata. These women, through oral interviews, shared their trajectories and the concept they bring about racism in Brazilian society. It was through their memories and narratives that I was able to observe how anti-racist or racist behaviors are present at the school and in its daily practices. The aim was to bring, during the interviews, the trajectory of each of these white and black women, preschool teachers and the reflection they develop on the laws 10.639/03 and 11.645/08 and their importance for the formation of citizens. Racism, which is structuring in our society and in our relationships, is often so refined that it goes unnoticed in our eyes. In the chapters of this research we will observe, through the teachers' narratives, how they deal with the institutional racism that affects the lives of children in preschool education. Through the narratives, the teachers presented the challenges of identifying and talking about racism in the school environment, the issue of the lack of teacher qualification and, at the end, along with the considerations, we will bring together proposals for anti-racist practices based on the interviewees' reports. The methodological procedure used in this dissertation was Oral History, which aims at sensitive listening and, above all, respects the memories and narratives of those involved in the analysis. Theorists such as Silvio Almeida, Kabengele Munanga, Sueli Carneiro and Neuza Souza were fundamental to the debates on structural racism