Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.8.2019.tde-25032019-121336
Documento
Autor
Nome completo
Sarah Valle Camargo
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2018
Orientador
Banca examinadora
Sleiman, Michel (Presidente)
Britto, Paulo Fernando Henriques
Fernandes, Marcelo Tápia
Rapucci, Cleide Antonia
Título em português
Traduzindo Twenty-one love poems de Adrienne Rich: ambivalência rítmica como re-visão da tradição
Palavras-chave em português
Adrienne Rich
Ambivalência rítmica
Estudos feministas da tradução
Poesia norteamericana
Ritmo poético
Tradução feminista
Resumo em português
Este trabalho propõe uma primeira tradução do conjunto de poemas Twenty-One Love Poems (1974-1976) de Adrienne Rich para o português brasileiro e divide-se em dois eixos: o primeiro centra-se nos estudos feministas da tradução, revisando o projeto de Adrienne Rich e o balanço entre a cooperação da tradutora e a tradução como crítica. Discutem-se, caso a caso, as marcações de gênero na tradução, pensando a falácia da neutralidade e as possibilidades relacionadas ao gênero gramatical, com base nos trabalhos de Olga Castro e Myriam Diaz-Diocaretz. O segundo eixo centra-se nas estratégias de recriação de aspectos retórico-formais tais como o contraste entre características antiestéticas e a ambivalência rítmica gerada pela evocação do blank verse, aspectos implicados no ato de re-visão da tradição dos sonetos de amor ingleses performada pela sequência. Com base nos trabalhos de Alice Templeton, Sheila Black, Alicia Ostriker, dentre outras, busca-se mostrar como a postura ambivalente em relação à tradição poética é constituinte do desafio de Rich em sua busca por uma linguagem feminista que alinharia o estético e o político. Para a abordagem da recriação de traços formais, mobilizam-se trabalhos de Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira e Derek Attridge. O conceito de ambivalência que amarra o trabalho recai, por fim, sobre o uso de dêiticos para demarcar espaços, nomear o corpo e fundar a subjetividade autocrítica da voz poemática. Veicula-se a opacidade dos dêiticos, conforme abordada por Giorgio Agamben, a uma postura ambígua frente ao ato adâmico de nomear.
Título em inglês
Translating Adrienne Richs Twenty-One Love Poems into Brazilian Portuguese: rhythmic ambivalence as a re-vision of the tradition.
Palavras-chave em inglês
Adrienne Rich
Feminist translation
Feminist translation studies
North American Poetry
Poetic rhythm
Rhythmic ambivalence
Resumo em inglês
This work presents and discusses a translation of Adrienne Rich's set of poems Twenty-One Love Poems (1974-1976) into Brazilian Portuguese. Based on Alice Templeton's criticism, it aims to explore the notion of dialogue as well as the re-vision (Rich's concept) of the love sonnets' tradition performed by this sequence of lesbian poems, perhaps the first one written by a major North American poet. The work consists of two parts: the first one focuses on feminist translation studies and the balance between translator's cooperation and criticism. It also discusses gender marks on a case-by-case basis, considering the fallacy of neutrality and some possibilities related to grammatical gender, based on the works of Olga Castro and Myriam Diaz-Diocaretz. The second part outlines strategies of re-creation of rhetorical-formal traits such as the anti-aesthetic features and the rhythmic ambivalence given by the poems' evocation of the blank verse. Formal traits such as these reiterate the challenge faced by Rich in her search for a feminist language in confrontation with the masculine canon, as she reworks traditional poetic forms from another perspective, looking for the dream of a common language, that would align the poetic and the political aspects. This act of translation deals not only with the recreation of traditional Portuguese verse forms, but with the transposition of the notion of tradition to another context as well. This approach is based on the works of Haroldo de Campos, Paulo Henriques Britto, Mário Laranjeira and Derek Attridge.
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Data de Publicação
2019-03-25