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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.8.2022.tde-04102022-191050
Documento
Autor
Nome completo
Mariana Hetti Gomes
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2022
Orientador
Banca examinadora
Gasparini, Pablo Fernando (Presidente)
Cordiviola, Alfredo Adolfo
Kantor, Iris
Muñoz, Nuria Soriano
Título em português
Autorias do fracasso: uma comparação entre Naufragios, de Álvar Núñez Cabeza de Vaca, e Travels in the interior districts of Africa, de Mungo Park
Palavras-chave em português
Álvar Núñez Cabeza de Vaca
Mungo Park
Relatos de viagem
República das Letras
Século XVIII
Resumo em português
Esta dissertação propõe uma comparação de dois relatos de viagens fracassadas: Naufragios, de Álvar Núñez Cabeza de Vaca, e Travels in the interior districts of Africa, de Mungo Park. Distantes mais de duzentos anos em suas produções, ao serem interceptados pela pergunta sobre como se tornaram consagrados no cânone expansionista apesar do insucesso de suas expedições, aproximam-se em publicações do século XVIII. Naufragios, adaptado ao ser inserido como parte da coletânea Historiadores Primitivos de las Indias Occidentales (1749), é incorporado no discurso apologético da colonização espanhola da América. Travels, publicado pela primeira vez em 1799, tem êxito instantâneo e anima a exploração britânica do interior da África. Como fundamentação, o trabalho recupera a categoria de autoria do século XVIII, comportando uma cadeia de produção mais além dos escritores, e refere-se ao conceito de apropriação da história cultural de Chartier. Incluídas na produção ou materialmente nos livros, autoridades e instituições ajudam a legitimar essas publicações. Fica evidente que essas publicações setencentistas têm relação com uma disputa sobre quais são as formas legítimas para a história e para os relatos de viagem, e a investigação então contorna a ligação dos livros com concepções concorrentes sobre verdade. A partir de análises formais das narrativas e da leitura de Shapin sobre confiança como civilidade, a verdade aparece como uma categoria em disputa: de um lado, a retórica; de outro, o empirismo científico. Tal conflito tem relação com uma mudança do eixo de poder da península ibérica para o norte da Europa ao longo do Iluminismo. Por fim, passa-se à grande temática dos relatos de viagem, os deslocamentos, e suas formalizações em cada um desses dois textos. A fim de analisar a exposição de seus processos de composição textual, o estudo se centra no Naufragios de 1555 e segue no Travels de 1799. A análise aponta a centralidade do retorno ao território inicial nessas narrativas fracassadas, as quais insistem na sobrevivência em função de poder relatar, provando que, apesar dos insucessos, sempre estão a serviço de seus respectivos reinos. Ademais, através da concepção de Haesbaert de espaço e território, a volta traça um itinerário civilizatório. Servem, portanto, politicamente aos interesses da Espanha e da Grã-Bretanha e inserem-se em um circuito de legitimação. A reflexão final, no entanto, salienta que embora tenham se consagrado devido à sua aderência a um discurso oficial, mantêm-se no cânone pelas contradições internas às formalizações desses relatos - as quais os permitem serem apropriados e reapropriados por diferentes autorias.
Título em inglês
Authorships of the failure: a comparison between Naufragios, by Álvar Núñez Cabeza de Vaca, and Travels in the interior districts of Africa, by Mungo Park
Palavras-chave em inglês
18th century
Álvar Núñez Cabeza de Vaca
Mungo Park
Republic of Letters
Travel writing
Resumo em inglês
This master thesis proposes a comparison between two travel writings of failed trips: Naufragios, by Álvar Núñez Cabeza de Vaca, and Travels in the interior districts of Africa, by Mungo Park. Although these narratives are two hundred years apart, if intercepted by the question of how - despite their expeditions' misadventures - they ascended to the expansionist canon, their distance decreases due to their 18th-century publications. Naufragios, adapted when included as part of the collectanea Historiadores Primitivos de las Indias Occidentales (1749), becomes part of the apologetic discourse of Spanish colonization of America. Travels, published for the first time in 1799, is an immediate hit and encourages British exploitation of the interior of Africa. As theoretical principals, the work retrieves the 18th-century category of authorship, compounding a production chain beyond the writer, and refers to Chartier's cultural history concept of appropriation. Included in the production or materially in the books, authorities, and institutions help legitimize these publications. It becomes evident, therefore, how these 18th publications are related to a dispute on what are the legit formulations for history and travel writing, and the research then delineates the link between the books and concurrent conceptions of truth. Through formal analysis of the narratives and the reading of Shapin about trust as civility, truth is explored as a category in dispute: on the one hand, rhetoric; on the other, scientific empiricism - and how this conflict is attached to a power axis from Iberic peninsula to northern Europe through Enlightenment. Finally, displacement, the main theme of every travel writing, is studied along with its formalization in each of these texts. To analyze how they portrait their composition process, the study focus shifts to 1555 Naufragios and remains in 1799 Travels. The analysis points to a centrality of the return to initial territory in these narratives on failure, insisting on their survival so that they would be able to tell their experience. That proves that, despite their lack of success, the two expeditionary were always on duty to their respective kingdoms. Furthermore, through Haesbaert's concept of space and territory, on the way back they trace a civilizing itinerary. Because the texts served politically to the interests of Spain and of Great Britain, they are included in this legitimate circuit. The final reflection, nonetheless, underlines that, although the books have ascended due to their adherence to official discourse, their remaining at that legitimate place is intertwined by the contradictions in their forms - allowing them to be appropriated and reappropriated by different authorship instances.
 
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Data de Publicação
2022-10-04
 
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