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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.8.2023.tde-12012024-120821
Documento
Autor
Nome completo
Juliana Angel Osorno
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2023
Orientador
Banca examinadora
Viotti, Evani de Carvalho (Presidente)
McCleary, Leland Emerson
Moreira, Renata Lúcia
Silva, João Paulo da
Título em português
A leitura como ação: descrição de anotações de leitores em textos de ficção como índices da emergência de sistemas complexos
Palavras-chave em português
Ação cooperativa
Ecologia da composição
Interação
Leitura de ficção
Sistemas complexos
Resumo em português
Esta pesquisa de doutorado teve por objetivo respondar à pergunta "como lemos ficção?". A leitura foi concebida como um processo que faz emergir um sistema complexo, mais especificamente uma ecologia da composição (SYVERSON, 1999), por meio de ações cooperativas (GOODWIN, 2018) que envolvem o leitor em interação com o texto, com o autor e com outros agentes, materiais e sistemas correlacionados presentes nessa ecologia. Como sistema complexo, a ecologia da composição que emerge da interação dos leitores com os textos tem como atributos ser emergente, distribuída, enativa e corporeada. Por ser um processo silencioso e individual, a leitura apresenta um problema metodológico de observação que pôde ser resolvido aqui por meio do dispositivo metodológico de análise de marginália deixada por leitores em livros de ficção. A marginália é entendida como uma série de registros das reações do leitor que emergem durante a leitura, de maneira que ele possa cumprir seu trabalho de leitura. O corpus de pesquisa conta com 1668 anotações feitas por nove leitores em dez obras de ficção nas línguas espanhola, inglesa e portuguesa. Para a construção do corpus foram lidos os dez livros com suas anotações e foi construída uma base de dados que evidencia a interação das anotações com os trechos da narrativa a que elas estão associadas. As análises se apresentam na forma de descrições detalhadas das interações dos leitores com os textos, inspiradas pelos procedimentos dos etnometodólogos, que entendem que as descrições têm validade analítica e teórica, no sentido de que fornecem uma análise dinâmica da tarefa mundana em questão (LIBERMAN, 2013; GARFINKEL, 2018). As análises mostram como os atributos da ecologia da composição se revelam na marginália. Por um lado, mostram como a interação do leitor com o texto e com outros agentes e materiais faz emergir significados que não se encontram nas partes do texto nem no seu todo. Essa emergência é feita por meio do reuso com transformações de objetos ecológicos (GIBSON, 2015) e materiais semióticos que estão distribuídos no tempo e no espaço. A tese também descreve como o corporeamento atravessa essa interação em todos os níveis, do manuseio do livro pelo leitor até os níveis textuais da narrativa e da história, e discute como a leitura é uma ação e uma experiência perceptual e corporeada usando o conceito de imaginação enativa (MEDINA, 2013). A tese conclui que a leitura-como-ação é um sistema semiótico interacional (MCCLEARY; VIOTTI, 2017, 2022), complexo, não necessariamente ou apenas mental, que se caracteriza por ser distribuído, enativo, corporeado e emergente.
Título em inglês
Reading as action: description of readers' annotations in fiction texts as indexes of the emergence of complex systems
Palavras-chave em inglês
Co-operative action
Complex systems
Ecology of composition
Interaction
Reading of fiction
Resumo em inglês
This work aimed at answering the question "how do we read fiction?". Reading is understood here as a process by which a complex system, more specifically an ecology of composition (SYVERSON, 1999), emerges through the interaction between the reader and the text, and other materials, agents, and correlated systems present in the ecology, by means of co-operative actions (GOODWIN, 2018). As a complex system, the ecology of composition that emerges through the interaction of readers and texts shows the attributes of being emergent, distributed, enactive and embodied. As a silent and individual process, reading presents a methodological problem of observation that is solved through the methodological device of analyzing marginalia left by readers in fiction texts. Marginalia is here understood to be any record of the reader's reactions that emerges during the reading process, which help them fulfill their reading task. The corpus built for the research encompasses 1668 annotations left by nine writers in ten fiction books in Spanish, English and Portuguese. All ten books and their annotations were read in their entirety. A database was created that shows the interaction of the annotations with the narrative passages they are connected with. Analyses are presented in the form of detailed descriptions of the readers' interactions with the texts, following a procedure inspired by ethnomethodologists, who understand that descriptions have analytical and theoretical validity, in the sense that they provide a dynamic analysis of the day to day task at hand (LIBERMAN, 2013; GARFINKEL, 2018). The analyses show how the attributes of the ecology of composition are evinced in the marginalia. On the one hand, they show how the reader's interaction with the text and with other agents and materials brings forth meanings that are not found in any part of the text or in the total number of parts put together. This emergence happens through the reuse with transformations of ecological objects (GIBSON, 2015) and semiotic materials that are distributed in time and space. The dissertation also describes how embodiment runs through this interaction at all levels, from the reader's handling of the book to the textual levels of the story and the narration, and discusses how reading is a perceptual and embodied action and experience using the concept of enactive imagination (MEDINA, 2013). The dissertation concludes that reading-as-action brings forth an interactional, complex semiotic system (MCCLEARY; VIOTTI, 2017, 2022, not necessarily or purely mental, which is characterized by being distributed, enactive, embodied and emergent.
 
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Data de Publicação
2024-01-12
 
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