O pensamento nacionalista atraiu amplos setores da sociedade brasileira no interregno de governos civis de 1945 a 1964. Sob a inspiração desse pensamento um grupo de intelectuais, paulistas na sua maioria, agrupou-se em torno ao projeto de uma revista. Nascia em 1955 a revista brasiliense, sob a direção de caio prado jr e Elias Chaves Neto. Enquadrada ideologicamente a esquerda ela permite entender em profundidade a estratégia do nacionalismo de esquerda de colaboração de classes, entre o proletariado e a chamada burguesia nacional. Em função de sua opção politica, o golpe militar de 1964 impediu a circulação da revista, sendo uma das primeiras publicações a ser cassada pela ditadura. Idealizando um projeto de nação em todos os seus quadrantes, a leitura dos 51 números publicados possibilita verificar que a revista se preocupou em fornecer a seu público leitor informação e formação sobre os mais diversos assuntos. Desde o cotidiano da política nacional, até artigos de aprofundamento teórico sobre a economia do capitalismo, sobre as bases filosóficas do materialismo, sem desprezar a necessidade de fundamentar uma intervenção na conjuntura da época através de contribuições sobre políticas públicas e as táticas para a conquista de um governo de cunho nacionalista

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