Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.8.2016.tde-25112016-134603
Documento
Autor
Nome completo
Gustavo Velloso
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2016
Orientador
Banca examinadora
Zeron, Carlos Alberto de Moura Ribeiro (Presidente)
Paraiso, Maria Hilda Baqueiro
Pimenta, João Paulo Garrido
Título em português
Ociosos e sedicionários: populações indígenas e os tempos do trabalho nos Campos de Piratininga (século XVII)
Palavras-chave em português
Escravidão indígena
São Paulo colonial
Tempos do trabalho
Resumo em português
O presente trabalho contém uma leitura do processo de incorporação colonial das populações indígenas assentadas no sul do continente americano durante o século XVII, a partir de seu envolvimento forçado em padrões temporais de trabalho estranhos àqueles a que estavam, até então, habituados. A análise tem como foco geográfico a área planaltina de São Paulo, onde na época foram instalados sítios e fazendas agrícolas cuja produção comercial empregou centenas de nativos. Argumenta-se que os variados grupos indígenas situados então naquelas partes, a despeito da sua diversidade, compartilhavam análogos padrões de assentamento e expectativas relacionadas ao trabalho produtivo. Progressivamente, tais expectativas foram sendo inviabilizadas pela subsunção forçada daqueles grupos a uma estrutura complexa de produção de excedentes de cujos controle, sentido e ritmos de trabalho eles se encontravam, grosso modo, alienados. Tentativas de restabelecimento da situação anterior originaram reações violentas, bem como fugas individuais e coletivas, práxis de um momento crucial da história colonial paulista.
Título em inglês
Idle and Seditionaries: indigenous peoples and the labour times in Piratininga fields (Seventeenth Century)
Palavras-chave em inglês
Colonial São Paulo
Indian slavery
Labour times
Resumo em inglês
This work contains a reading of the process of colonial incorporation of the indigenous people resident in the south of the American continent during the seventeenth century, initiate with his forced involvement in new temporal patterns of work, strange in comparison to those who were accustomed before. The analysis has a geographical focus in the up-area of São Paulo, where at the time were installed sites and farms whose commercial production employed hundreds of natives. We argue that the large number of those indigenous groups, despite their diversity, shared a similar pattern of settlement and expectations related to productive labour. Increasingly, these expectations were unviable by the incorporation of those Indians in a complex structure of production of surplus whose control, direction and rhythms of work they were in general alienated. Restoration attempts of their previous situation had originated violent reactions and individual or collective leaks, a práxis in a crucial moment of São Paulo colonial history.
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Data de Publicação
2016-11-25