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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.8.2007.tde-12022008-111026
Document
Auteur
Nom complet
Patricia Valim
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2007
Directeur
Jury
Zeron, Carlos Alberto de Moura Ribeiro (Président)
Marquese, Rafael de Bivar
Silva, Rogerio Forastieri da
Titre en portugais
Da sedição dos mulatos à conjuração baiana de 1798: a construção de uma memória histórica
Mots-clés en portugais
Conjuração Baiana de 1798
Historiografia
Memória Histórica
Resumé en portugais
Em 8 de novembro de 1799, quatro homens foram enforcados e esquartejados em praça pública na cidade de Salvador. Condenados por conspirarem contra a Coroa de Portugal, os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino, e os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga foram considerados pelos Desembargadores do Tribunal da Relação da Bahia como sendo os únicos protagonistas de um movimento conhecido atualmente como Conjuração Baiana de 1798. O trágico fim desses homens foi reputado pela historiografia oitocentista como sendo uma anomalia social e manifestação da barbárie habilmente abortada pelas autoridades régias. Sob a pena dos intelectuais do século XX, entretanto, o evento foi considerado como a mais popular das revoltas que antecederam a emancipação política do Brasil, em 1822. Sendo que o exemplo mais notável, nesse caso, é a importante obra de Affonso Ruy, A Primeira Revolução Social Brasileira. Dessa feita, após as comemorações do primeiro centenário da Independência do Brasil, percebe-se que a pena histórica encarregou-se não só de alargar as bases sociais do evento, originalmente circunscrita aos médios e baixos setores da sociedade baiana da época, como, a partir de uma inversão historiográfica dos pólos das análises o transformou em um dos tournants da nossa história nacional. Da Sedição dos mulatos à Conjuração baiana de 1798, portanto, é a história da memória histórica de um evento pátrio cujo legado simbólico de seus protagonistas foi retomado de tempos em tempos e parece ser destinado a servir de instrumento privilegiado para a reflexão ao sabor de distintas conjunturas.
Titre en anglais
From the Sedition of the mulattoes to the Conspiração baiana de 1798: the construction of a historical memory
Mots-clés en anglais
Conjuração Baiana de 1798
Historical Memory
Historiography
Resumé en anglais
On November 8th of 1798, four men were hanged and quartered in a public square in the city of Salvador. Condemned for conspiracy against the Royal Government of Portugal, the tailors João de Deus do Nascimento and Manuel Faustino and the soldiers Lucas Dantas de Amorim Torres e Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga were identified by the chief judge of the Tribunal da Relação of Bahia as the only protagonists of a movement known nowadays as Conjuração Baiana de 1798. The tragic end of these men was considered by the 19th century's historiography as a social anomaly and a demonstration of the barbarity skilfully suppressed by the royal authorities. However, according to the intellectuals of the 20th century, the event was the most popular revolt that preceeded the political emancipation of Brazil, in 1822 and A Primeira Revolução Social Brasileira, a book by Affonso Ruy, is a notable example of this interpretation. After the celebrations of the first centenary of Brazilian Independence, it is possible to say that the historians not only spreaded out the social basis of the event, originally confined to the medium and low portions of Bahia's society at that time but also - by making an historiographical inversion of the extreme points of the analyses - transformed it in a turning point of our national history. To sum up, From the Sedition of the mulattoes to the Conspiração baiana de 1798, here we have a history of the historical memory of a native event which simbolic legacy of its protagonists has been constantly rehabilitated in order to act as a powerful instrument of analysis due to different circumstances.
 
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Date de Publication
2008-02-21
 
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