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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.8.2023.tde-06072023-170837
Documento
Autor
Nome completo
Cíntia Medina de Souza
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2023
Orientador
Banca examinadora
Saliba, Elias Thome (Presidente)
Antunes, Ricardo Luiz Coltro
Campos Filho, Lindberg Souza
Pavam, Rosane Barguil
Título em português
A trágica racionalidade do capital no cinema de Ken Loach: uma ofensiva irracional à classe trabalhadora no século XXI
Palavras-chave em português
Cinema e Realismo
Crise do capital
Ken Loach
Mundo do trabalho
Reestruturação produtiva
Resignação trágica
Resumo em português
Entre os anos de 2016 e 2017 observamos as acaloradas repercussões que o encontro entre o cinema, a história e o mundo do trabalho proporcionaram. Eu, Daniel Blake, obra aclamada e galardoada com a Palma de Ouro, dirigida pelo cineasta britânico Ken Loach, encontrara um séquito de detratores e apologetas entre o vasto campo dos professionnels de la profession. Críticos de várias partes do globo, inclusive do Brasil, pouco mais fizeram do que criar rese-nhas, artigos de opinião e debates saturados de clichès estilísticos, lugares-comuns, análises unilaterais, valorações moralistas e gostos pessoais, os quais pouco ou nada traduziam acerca das efusivas manifestações catárticas do filme no grande público. Nesse sentido, observamos nesse fenômeno cultural dois aspectos a serem destacados: i. a conformação de um verdadeiro enguiço da crítica por parte de muitos críticos especializados, cujas manifestações apresenta-ram uma ausência de historicidade na compreensão da obra loachiana e; b. a potência catártica e reflexiva do filme ao apresentar à sua audiência -- tanto britânica como internacional -- uma problemática socioeconômica e político-cultural típica do atual momento de austeridade e re-estruturação produtiva em escala mundial. Assim, sob esses aspectos levantados, este trabalho tem por objetivo apresentar ao leitor os traços sócio-histórico inerentes à obra loachiana, fo-cando, principalmente, na temática abordada pelo diretor ao longo das duas primeiras décadas do século XXI: a atual crise de superacumulação do capital, seu inerente processo de reestru-turação produtiva e os nefastos impactos socioeconômicos gerados para as classes trabalha-doras nessa contraditória dinâmica. Com efeito, tomamos como objeto de nossa investigação quatro filmes que externalizam essa complexa temática ao longo das primeiras duas décadas deste século: Os Ferroviários (2001), Mundo Livre (2007), Eu, Daniel Blake (2016) e Você Não Estava Aqui (2019). Em conjunto, esses filmes revelam, em sua trama e montagem, ele-mentos que nos permitem apreender a própria historicidade desse conturbado contexto socioe-conômico e político cultural de cunho (neo)liberal, elucidando, inclusive, as rápidas transfor-mações que fizeram do mundo do trabalho uma instância cada vez mais irracional e deletéria para o conjunto do proletariado. Ademais, a conformação desses quatro filmes em conjunto permite observarmos a maturidade, a herança artístico-cultural e a potência catártica da estética realista loachiana, contrariando, justamente, as assertivas formais e moralistas de muitos da-queles ditos críticos especializados, bem como uma compreensão histórica da recepção a esses filmes, a qual expressa a própria atmosfera social do período. Isto é, uma atmosfera saturada de um consenso e uma resignação trágica ante os desmandos e às contradições do modo de pro-dução capitalista contemporâneo.
Título em inglês
The tragic rationality of capital in Ken Loach's cinema: an irrational offensive to the working class in the 21st century
Palavras-chave em inglês
Capital crisis
Cinema and Realism
Ken Loach
Productive restructuring
Tragic resignation
World of work
Resumo em inglês
Between 2016 and 2017 we observed the heated repercussions that the encounter between cin-ema, history and the world of work provided. I, Daniel Blake, acclaimed and awarded the Palme d'Or, directed by British filmmaker Ken Loach, found a following of detractors and apologists among the vast field of professionnels de la profession. Critics from various parts of the globe, including Brazil, did little more than create reviews, opinion articles and debates saturated with stylistic clichès, commonplaces, one-sided analyses, moralistic valuations and personal tastes, which translated little or nothing about of the effusive cathartic manifestations of the film in the public. In this sense, we observe in this cultural phenomenon two aspects to be highlighted: i. the conformation of a true breakdown of criticism on the part of many specialized critics, whose manifestations presented an absence of historicity in the understanding of Loach's work and; ii. the cathartic and reflective power of the film in presenting to its audience -- both British and international -- a socioeconomic and political-cultural problem typical of the current moment of austerity and productive restructuring on a world scale. Thus, under these aspects raised, this work aims to present to the reader the socio-historical traits inherent in Loach's work, focusing mainly on the theme addressed by the director throughout the first two decades of the 21st century: the current overproduction crisis of the capital, its inherent process of productive re-structuring and the harmful socioeconomic impacts generated for the working classes in this contradictory dynamic. Indeed, we took as the object of our investigation four films that exter-nalize this complex theme throughout the first two decades of this century: The Navigators (2001), It's a Free World... (2007), I, Daniel Blake (2016) and Sorry We Missed You (2019). Together, these films reveal, in their plot and montage, elements that allow us to apprehend the very historicity of this troubled socioeconomic and cultural political context of a (neo)-liberal nature, even elucidating the rapid transformations that made the world of work an increasingly irrational and deleterious instance for the proletariat as whole. Moreover, the conformation of these four films together allows us to observe the maturity, the artistic-cultural heritage and the cathartic power of Loach's realistic aesthetics, contradicting, precisely, the formal and moral-istic assertions of many of those so-called specialized critics, as well as historical understanding of the reception to these films, which expresses the very social atmosphere of the period. That is, an atmosphere saturated with consensus and tragic resignation in the face of the excesses and contradictions of the contemporary capitalist mode of production.
 
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Data de Publicação
2023-07-07
 
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