Os jogos e espetáculos realizados em Roma eram acontecimentos marcantes na vida cotidiana da cidade. No período republicano, eles apresentavam uma forte conotação religiosa, mas durante o império, se afirmou seu significado politico. O imperador, ao promove-los, buscava alcançar ou consolidar um maior prestígio pessoal e politico junto a população urbana. Este mesmo sentimento fazia com que os magistrados encarregados da cura ludorum se sujeitassem aos altos custos que os jogos dispendiam. Alguns imperadores e membros da elite chegaram também a participar de disputas variadas e representações teatrais. Parte da produção historiográfica acerca do tema procurou explicar o oferecimento de festejos lúdicos a cidade utilizando-se do conceito de despolitização. Segundo este, a população urbana trocava passividade politica por alimentos e divertimentos gratuitos custeados principalmente pelo estado. Contudo, as fontes do período atestam que o circo e o anfiteatro se converteram num espaço, talvez único, para a população da cidade se expressar, aplaudindo ou apresentando diversas modalidades de reivindicações inclusive politicas - as autoridades presentes as celebrações. Inúmeras alterações do contexto histórico, sobretudo a partir do seculo iii, refletiram-se na promoção de jogos e espetáculos oficiais

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