O presente trabalho tem por objetivo analisar a resposta brasileira de emprego das Forças Armadas para os problemas de segurança que surgem a partir das características geográficas e geopolíticas da Amazônia. O aspecto regional da Amazônia indica que ações que ocorrem nos países vizinhos impactam o Brasil. Há duas grandes razões para isso: as fronteiras dessa região são porosas e a densidade populacional nessa área é baixa. Além disso, a falta de concertação regional, a fragmentação das iniciativas de integração na América do Sul, a pressão internacional sobre os países amazônicos exercida por meio de uma agenda internacional de proteção ao meio ambiente e de defesa aos direitos humanos e a existência de atividades ilícitas na Amazônica, impõe ao Brasil desafios de Segurança Nacional. A principal pressão geopolítica ocorre através de desdobramentos de atividades que, muitas vezes, tem origem nos países vizinhos, mas ocasionam problemas de segurança para o Brasil. É certo que Exército Brasileiro tem um longo histórico de participação em diversas atividades de suporte no país (eleições, campanhas de vacinação, dentre outras) que exigem uma ação mais próxima da população. No entanto, a Missão das Nações Unidas para Estabilização no Haiti (MINUSTAH), na qual o país ocupou pela primeira vez a posição de comando, promoveu um aprendizado nos aspectos de gestão, principalmente, na condução de trabalhos multiagências que ocorrem de forma próxima à população civil. Tal aprendizado acaba por se refletir nas operações/ações empreendidas por essa força em território nacional. Assim, este trabalho analisa a Intervenção Federal no Rio de Janeiro, a Operação Acolhida e a Operação Verde Brasil, sob a ótica da gestão, para identificar se de fato houve um aprendizado/aprimoramento das práticas de gestão do Exército Brasileiro a partir da experiência no Haiti e como elas se manifestaram nestas ações/operações estudadas

The present work aims to analyze the Brazilian response of the deployment of the Armed Forces due to the security challenges that arise as a result of the geographic and geopolitical reality of the Amazon. The geographic location of the Amazon region allows for the fact that the actions which take place in neighboring countries directly impact Brazil. There are two main reasons for this: the borders of this region are extremely porous and the population density is very low. Other significant contributing factors are the lack of regional agreement, the fragmentation of regional organization in South America, the international pressure coming from global environment and human rights protection agencies in the light of the illegal activities currently taking place in the Amazon region. All of these pressing issues imposes several challenges to Brazils National Security. The main geopolitics pressures come from some of detrimental activities which take place in the neighboring countries surrounding the Amazon region. The Brazilian army is prepared to face these challenges due to the fact that it has often been deployed domestically to support such activities as elections and vaccination campaigns. In addition to that, the Brazilian army also played a leadership role in the United Nations Mission for Stabilization in Haiti (MINUSTAH). These factors have made the Brazilian army somewhat prepared to management the aforementioned challenges in the Amazon region to face this environmental and humanitarian issues. This work will focus on the analyses of the Intervenção Federal no Rio de Janeiro (Federal Intervention in Rio de Janeiro), the Operação Acolhida (Welcome Operation) and Operação Verde Brasil (The Green Brazil Operation), from the perspective of its management capability and if in fact there was a strong learning improvement resulting from the Haiti Stabilization Mission and how these improvements were manifest in the Brazilian Armys national operations