A tese procura contribuir para o conhecimento da relação espaço e sociedade. Privilegia questões concernentes a (re-)estruturação socio-espacial do estado de São Paulo, tendo como referência as transformações recentes da estrutura urbano-industrial paulista. A partir da análise da indústria têxtil, mostra que, nas últimas décadas, a centralização do capital acentou o caráter desigual do desenvolvimento brasileiro. O fortalecimento deste caráter com a internacionalização da produção têxtil implicou na expansão da grande empresa e na renovação do faconismo ou subcontratação, configurando uma relocalização da indústria têxtil que manifesta na desconcentração da metrópole paulista. Demonstra que a recente reestruturação urbano-industrial do estado de São Paulo encontra seus parâmetros, tanto na concentração e centralização do capital como na tendência a homogeneizaram-se as condições gerais de sua reprodução, que materializam-se no adensamento, consolidação e ampliação da metrópole de São Paulo. A hipótese do trabalho e a de que a reestruturação urbano-industrial recente está condicionada pelos processos de concentração e centralização na reprodução do capital e configura uma região de desconcentração da metrópole paulista. A exposição desta tese procurou indicar implicações teóricas e práticas desta reestruturação urbano-industrial

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