Ao longo do seculo até a época desse estudo, a maior parte dos recursos hídricos da metrópole paulista, estiveram comprometidos, com uma gestão centralizadora que favoreceu seu uso para produção energética de expansão urbana. Essa opção reverteu-se de forma dramática sobre a população residente na área metropolitana, a baixa renda, que viu os problemas das enchentes se agravarem a medida que a mancha urbana crescia. As soluções apresentadas sempre foram paliativas, sem jamais avaliar a questão do ponto de vista de conjunto. Este trabalho analisa doze episódios de inundações, a maioria deles de grande impacto, na região metropolitana de São Paulo, tendo como principal enfoque a capital. Uma das principais finalidades, e o diagnóstico das diferentes situações de produzir eventos calamitosos, de forma a extrair elementos comuns, que possam permitir o manejo para áreas inundáveis, levando em consideração o impacto meteórico e os agravantes mencionados. Num momento em que a gestão dos recursos hídricos e a despoluição da bacia do tiete revestem-se de importância fundamental para a viabilização da metrópole no inicio do próximo seculo, esse trabalho pretende contribuir para a compreensão das inter-relações entre os processos atmosféricos e os de uso do solo urbano nas suas diversas escalas, tendo em vista a sinalização para uma gestão democrática desse importante recurso ambiental

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