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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.8.2004.tde-29122022-162836
Documento
Autor
Nome completo
Patricia Fontoura Aranovich
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2003
Orientador
Banca examinadora
Souza, Maria das Graças de (Presidente)
Barros, Alberto Ribeiro Gonçalves de
Cardoso, Sergio
Damien, Robert
Lazzeri, Christian
Título em português
História e política em Maquiável
Palavras-chave em português
Corrupção
História
Liberdade
Política
República
Resumo em português
O objetivo deste trabalho é examinar as relações entre política e história em Maquiavel. A filosofia política de Maquiavel rompe com a idéia de exemplaridade do passado, abrindo caminho para uma reflexão em que os tempos se tornam mensuráveis entre si. A história não se reduz, na obra de Maquiavel, a uma condição de subordinação ao pensamento abstrato que formula regras para a ação política. A obra política incorpora a própria história na medida em que os exempla se inserem em seus textos sob um duplo aspecto. Por um lado, como matéria de reflexão e não como mera ilustração de algo que havia sido teoricamente concebido. Por outro, o próprio exemplo tem um caráter histórico, enraizado nas situações concretas das quais emergiu, o que o relativiza. Deste modo, a superação da simples constatação de momentos discretos se dá pela inserção do exemplo, assim como das circunstâncias que o concernem, no percurso da República, a qual, por sua vez, traz em si movimentos que conferem inteligibilidade à história. Ao escrever a História de Florença, Maquiavel tem de lidar com o modelo historiográfico renascentista, o que lhe impõe algumas limitações. Mas a narrativa retém a concepção de história elaborada nos escritos políticos e, ao centrar sua interpretação nas questões das divisões da república, da corrupção e da perda da liberdade, Maquiavel revela o percurso da cidade de Florença a partir da percepção dos seus movimentos e, como na obra política, ultrapassa a descrição dos acontecimentos. Deste modo, a obra histórica de Maquiavel representa uma continuidade com relação à sua obra política
Título em francês
Indisponible
Palavras-chave em francês
Histoire
liberté,"corruption
politique
république
Resumo em francês
L'objectif de ce travail est examiner les relations entre la politique e l' histoire chez Machiavel. La philosophie politique de Machiavel s'éloigne de l'idée d'exemplarité du passé et ouvre la voie pour une réflexion dans laquelle les temps deviennent mesurables entre eux. L'histoire ne se réduit pas, dans l'ouvre de Machiavel, à une condition de subordination à la pensée abstraite qui formule règles pour l'action politique. Que plus est, l'ouvre politique incorpore la histoire elle-même dans la mesure où les exempla s'insèrent dans ses textes sous un double aspect. D'un côté, comme matière de réflexion et non comme simple illustration d'une chose qu'avait été déjà élaboré théoriquement. D'autre côté, l'exemple lui-même a un caractère historique, enraciné dans les situations concrètes desquelles il se dégage, ce qui lui donne un caractère relatif. De cette façon, le dépassement de la simple constatation des moments discrets se produit par l'insertion de l'exemple, aussi bien que des circonstances qui lui concernent, dans le parcours de la république qui porte en soi des mouvements qui donnent intelligibilité à l'histoire. Quand Machiavel écrit les « Histoires Florentines », il doit ménager le modèle historiographique de la Renaissance, ce qui lui impose quelques limitations. Mais la narrative retient la conception d'histoire élaborée dans les écrits politiques et, quand il centre son interprétation dans la question des divisions de la république, de la corruption e de la perte de la liberté, Machiavel révèle le parcours de la cité de Florence à partir de la perception de ses mouvements et, comme dans l'ouvre politique, il dépasse la description des évènements. De cette manière, il s'établit un rapport de continuité entre l'ouvre politique de Machiavel et son ouvre historique
 
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Data de Publicação
2022-12-29
 
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