Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.8.2005.tde-01102010-112543
Documento
Autor
Nome completo
Antonio Jose Pereira Filho
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2010
Orientador
Banca examinadora
Souza, Maria das Gracas de (Presidente)
Guido, Humberto Aparecido de Oliveira
Silva, Franklin Leopoldo e
Título em português
Linguagem e Práxis: Vico e a crítica à concepção cartesiana da linguagem.
Palavras-chave em português
Cartesianismo
Linguagem
Modernidade
Politica
Práxis
Retórica
Vico
Resumo em português
Pretende-se mostrar, neste trabalho, como as relações entre linguagem e práxis formam o núcleo do projeto filosófico de Giambattista Vico. Trata-se de um projeto complexo e que se realiza em diferentes momentos a partir de um confronto com a concepção mentalista da linguagem. Vico identifica no método de Descartes e no logicismo de Port-Royal, no assim chamado cartesianismo lingüístico, uma concepção extremamente redutora que põe em segundo plano a dimensão social e expressiva dos fenômenos da linguagem. Nosso objetivo é reconstituir os principais momentos do projeto de Vico (o que faremos através de uma leitura das primeiras obras do filósofo) e como ele se configura na Ciência Nova, sobretudo na sua última edição (de 1744). Com isso, pretende-se mostrar o que há de novo na perspectiva de Vico frente à tradição filosófica da qual ele procura se destacar e, assim, indicar o lugar preciso ocupado pelo filósofo italiano no que concerne aos estudos da linguagem. Nesse sentido, gostaríamos de defender aqui a tese de que o núcleo do projeto de Giambattista Vico consiste no novo tipo de relação que o filósofo estabelece entre os desdobramentos lingüísticos, as modificações (modificazioni) da mente e das instituições humanas. Veremos que a inteligibilidade desse processo passa pela elaboração de um novo método ou nova arte crítica que, levando em conta uma concepção da linguagem mais complexa que a do cartesianismo lingüístico, torna visível como o mundo das instituições humanas foi construído, como ele se desenvolve e como ele opera ao longo do tempo.
Título em inglês
Language and praxis: Vico and the critique of Cartesian view of language.
Palavras-chave em inglês
Cartesianism
Language
Modernity
Politics
Praxis
Rhetoric
Vico
Resumo em inglês
The present work intends to show how the rapports between language and práxis make up the core of Giambattista Vicos philosophical project. It is a complex project; and it is accomplished at different moments from a confront with the mentalist conception of language. Vico considers Descartes method and the Port-Royal logicism, the so-called linguistic Cartesianism, an extremely reductionist perspective that set aside the social and the expressive dimension of linguistic phenomena. The aims of the present work is to trace back the main moments of Vicos project (what shall be done through an analysis of Vicos first works), show how it appears in the Scienza Nuova, mainly in its last edition (1744); and shed light on the new perspectives of Vicos thought, compared to the philosophical tradition he wants to set himself at a distance; and, finally, point out the very place of the Italian philosopher in the linguistic studies. We uphold that the core of Vicos project consists in a new sort of rapport that the philosopher establishes between the linguistic developments, the modifications (modificazioni) of mind and of the human institutions. We shall see that the intelligibility of that process involves the creation of a new method or new critical art that, considering a conception of language which is more complex than the linguistic Cartesianism, make the construction of human institutions clear, show how it develops itself and how it operates throughout the time.
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Data de Publicação
2010-10-01