Este trabalho tem como objetivo explorar o conceito de "self-nudge" (autoincentivo) dentro do contexto da economia comportamental e da sociologia relacional. Os self-nudges são estratégias comportamentais desenvolvidas pelos próprios indivíduos para alinhar suas ações de curto prazo com seus objetivos de longo prazo. A abordagem relacional enfatiza a importância das interações sociais como unidade primária de análise, destacando as interconexões e interdependências entre os atores para compreender os fenômenos sociais. O trabalho apresenta uma revisão teórica sobre a economia comportamental, os nudges e os self-nudges, bem como a abordagem da sociologia econômica, com ênfase nas relações sociais e nas práticas econômicas. Também discute o conceito de divergência entre intenções e comportamentos (intention-behavior gap), explorando modelos de autocontrole e estratégias para aproximar ações de intenções. A metodologia empregada inclui a realização de um survey online que contou com 327 respondentes, e possibilitou a identificação de práticas associadas aos self-nudges, como mental accounting e diferenças de comportamentos econômicos em função de variáveis demográficas, de onde derivamos análises estatísticas, com gráficos e tabelas elucidando os fenômenos observados. Ao aproximar a sociologia relacional do estudo dos self-nudges, o trabalho busca ampliar as explicações para os comportamentos de autoincentivo, considerando as dimensões sociais, culturais e institucionais que moldam as ações econômicas e as intenções dos agentes. A pesquisa contribui para o campo da sociologia econômica ao explorar o papel das relações sociais e dos significados atribuídos às transações econômicas na tomada de decisões. O resultado é uma pesquisa interdisciplinar que sugere a complementaridade dessas abordagens para uma compreensão mais holística dos comportamentos, cognição e práticas sociais e culturais.

This work aims to explore the concept of "self-nudge", (or self-incentive) within the context of behavioral economics and relational sociology. Self-nudges are behavioral strategies developed by individuals themselves to align their short-term actions with their long-term goals. The relational approach emphasizes the importance of social interactions as the primary unit of analysis, highlighting the interconnections and interdependencies between actors to understand social phenomena. The paper presents a theoretical review of behavioral economics, nudges and self-nudges, as well as an approach to economic sociology, with an emphasis on social relations and economic practices. It also discusses the concept of divergence between intentions and behaviors (intention-behavior gap), exploring models of self-control and strategies to approximate actions to intentions. The methodology employed includes conducting an online survey with 327 respondents, which made possible the identification of practices associated with self-nudges, such as mental accounting and differences in economic behavior due to demographic variables, from which we derived statistical analyses, with graphs and tables elucidating the observed phenomena. By bringing relational sociology closer to the study of self-nudges, the work aims to expand explanations for self-incentive behaviors, considering the social, cultural and institutional dimensions that shape economic actions and agents' intentions. The research contributes to the field of economic sociology by exploring the role of social relations and the meanings attributed to economic transactions in decision-making. The result is an interdisciplinary research that suggests the complementarity of these approaches for a more holistic understanding of social and cultural behaviors, cognition and practices.