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Dissertação de Mestrado
DOI
https://doi.org/10.11606/D.8.2023.tde-11012024-200207
Documento
Autor
Nome completo
Nicole Herscovici
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2023
Orientador
Banca examinadora
Singer, Andre Vitor (Presidente)
Boito Junior, Armando
Rugitsky, Fernando Monteiro
Título em português
Desatando os nós: industriais têxteis nos governos Dilma
Palavras-chave em português
Burguesia industrial
Coalizão produtivista
Estado
Impeachment
Lulismo
Resumo em português
A chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) poder, a partir de uma campanha a favor do setor produtivo nacional, reabriu o debate em torno da relação entre empresariado industrial e Estado no Brasil (BOITO, 2018; SINGER, 2018). Sob os governos Lula, a burguesia industrial ganhou espaço político, embora o lulismo tentasse equilibrar os interesses das frações burguesas (SINGER, 2018; TEIXEIRA; PINTO, 2012). Já o governo Dilma teria avançado na relação com os industriais e apostado em uma coalizão produtivista, priorizando seus interesses a partir de uma política econômica que via na reindustrialização o principal motor do crescimento econômico. Os industriais pareciam ser os principais beneficários das mudanças na política econômica. Seu protagonismo na defesa do impeachment de Dilma se tornou, a partir disso, um puzzle para os cientistas políticos. A presente pesquisa pretende contribuir para a investigação do posicionamento político industrial sob os governos petistas. Para isso, temos como estudo de caso os industriais têxteis-vestuaristas. Primeiro, encontramos que o alinhamento com os governos petistas era limitado. Embora, de fato, tivessem ganhado poder político, a política econômica ainda favorecia, prioritariamente, os segmentos mais dinâmicos da economia - o setor financeiro e a indústria extrativista. A desindustrialização em curso desde os anos 1990 não foi revertida e, sob o governo Dilma, foi até acelerada. Não obstante, os industriais apoiaram efetivamente os governos petistas até o primeiro semestre de 2013. A situação se complica, contudo, com a desaceleração da economia chinesa e o risco de estagflação no Brasil, que reduz a margem de manobra para uma política ganha-ganha (MARTINS; RUGITSKY, 2019). A partir do segundo semestre de 2013, os dirigentes têxteis passam a se opor ao governo e ao modelo político-econômico em voga, e, em troca, defender uma agenda de "modernização" estrutural do Estado e da economia brasileira. A inflexão de seu posicionamento revela a preferência por uma política de redução estrutural do custo da mão de obra e de disputa pelo controle do poder estatal. Por fim, investigamos o timing dessa mudança, que nos revela um papel central das manifestações de junho de 2013. Os protestos se tornaram uma janela de oportunidade, inaugurando um novo ciclo na política brasileira. Primeiramente, alterou a correlação de forças, tornando mais provável a saída do PT do governo federal e a vitória da oposição. Em segundo lugar, a partir de então, constroi-se um diagnóstico e prognóstico consensual em torno da crise brasileira. Os principais problemas se tornam o PT e o modelo de Estado que ele representava e a solução passa a ser a saída do partido do Poder Executivo - seja pelas urnas em 2014, pela renúncia em 2015 ou pelo impeachment em 2016 - e a implementação de reformas estruturais, sintetizadas, posteriormente, no documento Ponte para o Futuro.
Título em inglês
Untying the Knots: Textile Businessmen under Dilma Rousseff's Administrations
Palavras-chave em inglês
Impeachment
Industrial bourgeois
Lulism
Productivist coalition
State
Resumo em inglês
The rise to power of the Worker's Party (PT) through a campaign in favor of the mational productive sector reopened the discussion around the relationship between industrial business leaders and the state in Brazil (BOITO, 2018; SINGER, 2018). Under Lula governments, the industrial bourgeoisie gained political power, although lulism tried to balance the interests of the different business fractions (SINGER, 2018; TEIXEIRA; PINTO, 2012). The Dilma government, on the other hand, allegedly advanced in is relationship with industrialists, betting on a productivist coalition, prioritizing their interests throuh an economic framework that saw reindustrialization as the main engine of economic growth. The businessmen seemed to be the main beneficiaries of the changes in economic policy made by Dilma. Their protagonism in the defense of Rousseff's impeachment became a puzzle for political scientists. The present research aims to contribute to the investigation of industrial political behavior under the PT governments. To this end, we take textile-wearing industrialists as a case study. First, we found that the alignment with the PT governments was limited. Although they had indeed gained political power, economic policy still favored, as a priority, the most dynamic segments of the economy - the financial sector and the extractive industry. The deindustrialization underway since the 1990s was not reversed and, under Dilma government, was even accelerated. Nevertheless, the industrialists effectively supported the PT governments until the first half of 2013. However, that changed in face of the slowdown of the Chinese economy and the risk of stagflation in Brazil, which reduced the room for maneuver for a win-win policy (MARTINS; RUGITSKY, 2019). Since the second half of 2013, textile leaders started to oppose the government and the political-economic model in place, and, in return, advocated a structural "modernization" agenda for the State and the Brazilian economy. The inflexion of their position reveals their preference for a policy of structural reduction of labor costs and a struggle for the control of state power. Finally, we investigate the timing of this shift, which reveals to us a central role of the June 2013 demonstrations. The protests became a window of opportunity, inaugurating a new cycle in Brazilian politics. First, it altered the correlation of forces, making it more likely that the PT would leave the federal government and, in turn, the opposition would win. Second, from then on a consensual diagnosis and prognosis is built around the Brazilian crisis. The main problems become the PT and the State model it represented, and the solution becomes the party's exit from the Executive Branch - either through the ballot box in 2014, resignation in 2015, or impeachment in 2016 - and the implementation of structural reforms, summarized later in the document Ponte para o Futuro.
 
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Data de Publicação
2024-01-11
 
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