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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.8.2022.tde-05102022-104409
Documento
Autor
Nome completo
Caetano Patta da Porciuncula e Barros
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2022
Orientador
Banca examinadora
Tible, Jean François Germain (Presidente)
Barbosa, Muryatan Santana
Singer, Andre Vitor
Telles, Vera da Silva
Título em português
Escravos e guerreiros: trabalho uberizado e políticas da crise no Brasil (2015-2021)
Palavras-chave em português
Crise da democracia
Mobilização política
Neoliberalismo
Precariedade
Uberização
Resumo em português
Motoristas e entregadores de aplicativos constituem grupos de trabalhadores precarizados, cujas trajetórias, rotinas e formas de mobilização estão relacionadas com a crise política e econômica brasileira iniciada em meados da década de 2010. Esta dupla crise articula o neoliberalismo e o regime democrático, em suas dinâmicas contemporâneas. A presente tese propõe investigar como os regimes uberizados de trabalho e seus mercados constituem dispositivos de recomposição da acumulação de capital e, ao mesmo tempo, participam do processo de legitimação e governo de sociedades com altos índices de desemprego, endividamento, frustração e incertezas. A partir de uma pesquisa de caráter qualitativo e exploratório, identifica-se, no cotidiano destas formas de trabalho, relações e percepções que vão além do âmbito imediato destes mercados, com empresas e consumidores, prolongando-se na responsabilidade pelos meios de trabalho, nos vínculos familiares, nas relações com agentes de Estado, em situações de insegurança e violência nas cidades e nos vínculos entre os próprios trabalhadores, em ambiente urbano e digital. Foi observado que a uberização compreende: uma tensão entre autonomia e subordinação; fatores de avaliação e julgamento moral, internos e externos, associados à sua operação; ameaças de desclassificação do trabalhador; e um caráter excedente, descartável e sem garantias da força de trabalho. Sustenta-se, assim, que o fenômeno agencia sentidos presentes em formas históricas e estruturais de precariedade, identificadas em diferentes ciclos de expansão capitalista no Brasil. Esta continuidade histórica implica o tratamento indissociável de dimensões raciais e gerenciais do trabalho no contexto nacional, desde o período colonial e escravista. Os conflitos característicos do trabalho uberizado são elaborados por estes sujeitos de forma coletiva e inscritos publicamente, o que foi acompanhado em seus espaços de articulação, como reuniões, protestos e ambientes virtuais. Tais intervenções, de caráter urgente e imediato, centram-se na defesa da vida, bem como da necessidade e da liberdade para trabalhar uma política que precede o direito. Estas formas e discursos políticos imprevistos desestabilizam procedimentos representativos e dos campos normativos e discursivos da política e da ordem, configurando-se como fatores de crise. Suas ações impõem temas e problemas em diferentes instâncias do Estado, do mercado e da sociedade, deslocando a atuação de outros atores e participando da reconfiguração de coalizões e composições políticas
Título em inglês
Slaves e warriors: uberized work and politics of the crisis in Brazil (2015-2021)
Palavras-chave em inglês
Crisis of democracy
Neoliberalism
Political mobilization
Precarity
Uberization
Resumo em inglês
App drivers and delivery men are groups of precarious workers whose trajectories, routines and ways of mobilization are related to the political and economic crisis in Brazil that originated in the mid-2010s. This double crisis articulates neoliberalism and democratic regime in its contemporary dynamics. This thesis aims to investigate how uberized work regimes and their markets are devices for recompiling capital accumulation and, simultaneously, participate in the process of legitimization and governance of societies with high rates of unemployment, indebtedness, frustration and uncertainties. From a qualitative and exploratory research standpoint, relationships and perceptions that go beyond the immediate scope of these markets are identified in the daily routine of these work regimes, extending itself to the responsibility for the means of work, family ties, relations with State agents, in situations of insecurity and violence and in links between workers themselves, in both urban and digital environments. It was observed that uberization comprises: a strain between autonomy and subordination; internal and external evaluation and moral judgment factors associated with its operation; threats of worker disqualification; and a disposable and unwarranted and surplus workforce. Thus, it is argued that the phenomenon brings present meaning to historical and structural forms of precariousness, identified in several capitalist expansion cycles in Brazil. This historical continuity implies the inseparable treatment of racial and managerial dimensions of work in the national context, since the colonial and slave period. The characteristic conflicts of uberized work are conceptualized by these subjects in a collective and frequently public manner and were accompanied in their spaces of articulation, such as in meetings, protests and in virtual environments. Such interventions of an urgent and immediate nature, focus on the defense of life, as well as the need and freedom to work a policy that precedes the law. These unforeseen forms and political discourses destabilize representative procedures and the normative and discursive fields of politics and order, constituting themselves as elements of crisis. Its actions impose themes and problems in different instances of the State, market and society, dislocating the performance of other agents and participating in the reconfiguration of coalitions and political compositions
 
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Data de Publicação
2022-10-05
 
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