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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.74.2021.tde-20072021-152111
Document
Auteur
Nom complet
Roberto Romano do Prado Filho
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
Pirassununga, 2021
Directeur
Jury
Carregaro, Adriano Bonfim (Président)
Monteiro, Eduardo Raposo
Santos, Paulo Sergio Patto dos
Titre en portugais
Influência do decúbito na ocorrência de shunt pulmonar em ovinos mantidos em anestesia inalatória
Mots-clés en portugais
Shunt pulmonar
Ovelhas
Sevoflurano
Ventilação mecânica
Resumé en portugais
O presente estudo teve por objetivo determinar o impacto de diferentes decúbitos durante a anestesia inalatória de ovinos, priorizando o estudo das alterações ventilatórias e de shunt pulmonar. Para esse fim, sete ovelhas foram submetidas a anestesia inalatória com sevofluorano e mantidas em ventilação mecânica controlada por pressão (12 cmH2O), com ƒ fixada em 10 mpm e pressão positiva ao final da expiração em 0 cm H2O (ZEEP). Imediatamente após indução anestésica, os animais foram submetidos a três diferentes tratamentos, a saber: decúbitos dorsal, lateral esquerdo ou lateral direito. A ordem dos tratamentos foi determinada de forma aleatória, sendo que todos os animais foram submetidos a todos os tratamentos, com duração de 120 minutos cada. O intervalo entre os procedimentos foi de 48 horas. Todos os parâmetros foram adaptados do projeto inicial após estudo-piloto, o mesmo ocorrendo com a adequação do intervalo, o qual não influenciou nos resultados do estudo-piloto. Foram coletadas amostras de sangue arterial e venoso para análises de gases sanguíneos e eletrólitos, imediatamente após indução anestésica, decorridos 60 minutos da indução e após 120 minutos da indução. Os valores obtidos foram utilizados para calcular a fração de shunt pulmonar (V/Q), conteúdo arterial de oxigênio (CaO2), conteúdo venoso central de oxigênio (CcvO2), conteúdo capilar de oxigênio (Cc'O2), pressão alveolar de oxigênio (PAO2), volume minuto (VM), volume corrente (VCe), gradiente alvéolo-arterial de oxigênio [P(A-a)O2] e gradiente de dióxido de carbono expirado e arterial [(a-ET)CO2]. Os resultados mostraram que V/Q diminuiu expressivamente de 0 a 120 minutos em todos os grupos (dorsal: 69,3% para 27,3%; lateral esquerdo: 59,1% para 25,0%; lateral direito: 67,2% para 32,4%). Os valores de CaO2, CcvO2, CcO2, PAO2, e P(A-a)O2 foram significativamente mais elevados em todos os grupos, a partir de 60 minutos após a indução, e mantendo-se posteriormente (p <0.05). Níveis mais elevados de CaO2 foram observados nos animais do grupo lateral esquerdo, no minuto 0 (9,9 ± 1,43 mL.dL-1) em comparação com o decúbito dorsal (8,9 ± 1,4 mL.dL-1) (p=0.0177). Não foram observadas diferenças entre tratamentos para CcvO2, CcO2 e PAO2. O grupo lateral esquerdo apresentou menores valores de P(A-a)O2 em 0 min (p = 0,0117) e 60 min em relação ao direito (p = 0,0282). Não foram encontradas diferenças nem VT e VM em todos os tratamentos e entre os momentos, e o mesmo foi observado para os valores de P(a-ET)CO2. A PaO2 apresentou valores mais elevados aos 60 e 120 minutos, em todos os grupos, quando comparada ao minuto 0 (p <0,001). Por outro lado, o grupo dorsal apresentou PaCO2 estável durante todo o período de anestesia, sendo diferente dos demais aos 120 minutos. Conclui-se que o decúbito exerce pouca influência na formação de shunt pulmonar.
Titre en anglais
Influence of recumbency upon pulmonary shunt occurrence in inhalation-anaesthetized sheep
Mots-clés en anglais
Mechanical ventilation
Pulmonary shunt
Sevoflurane
Sheep
Resumé en anglais
The present study analyzed the impact of different decubitus in sheep during inhalation anaesthesia, prioritizing ventilatory changes and pulmonary shunt. For this purpose, 7 female sheep were submitted to sevoflurane inhalation anesthesia, maintained on pressure-controlled ventilation (12 cmH2O), respiratory rate (ƒ) fixed on 10 mpm and a zero end-expiratory pressure (ZEEP). Immediately after anesthetic induction, the animals undergone three different treatments, namely: dorsal, left lateral or right lateral recumbency positions. Treatments order were determined randomly, being all animals subjected to all treatments, with duration of 120 minutes each. Interval between procedures was 48 hours. Arterial and central venous blood samples were collected for blood gas and electrolytes analysis immediately after anesthetic induction, after 60 minutes of induction and after 120 minutes of induction. Obtained values were used to calculate the pulmonary shunt fraction (V/Q), arterial oxygen content (CaO2), central venous oxygen content (CcvO2), pulmonary end-capillary oxygen content (Cc'O2), alveolar oxygen partial pressure (PAO2), minute volume (VM), tidal volume (VT), alveolar-arterial oxygen gradient [P(A-a)O2] and arterial-end-tidal carbon dioxide gradient [(a-ET)CO2]. Results showed that V/Q greatly decreased from 0 to 120 min in all the groups (dorsal: 69.3% to 27.3%; left lateral: 59.1% to 25.0%; right lateral: 67.2% to 32.4%). CaO2, CcvO2, CcO2, PAO2, P(A-a)O2 values were significantly higher in all the groups, from 60 min after induction, and maintaining them further (p <0.05). Higher CaO2 levels in animals from the left lateral recumbency group were observed at 0 min (9.9±1.43 mL.dL-1) compared to the dorsal recumbency group (8.9±1.4 mL.dL-1) (p=0.0177). No differences between treatments were observed for CcvO2, CcO2 and PAO2. The left recumbency group showed lower P(A-a)O2 values at 0 min (p=0.0117) and 60 min compared to the right one (p=0.0282). No differences were found in VT and VM in all treatments and between time points, and the same was observed for P(a-ET)CO2 values. FiO2, HR and FE'Sevo showed no statistical difference at different time points. PaO2 showed higher values at 60 and 120 min for all the groups, when compared to the 0 minute (p<0.001). PaCO2 followed the same pattern, but only for the right and left recumbency groups. Conversely, the dorsal recumbency group showed stable PaCO2 throughout the anaesthesia period, thus, being different from the others at 120 min. In conclusion, recumbency has little influence on pulmonary shunt occurrence.
 
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Date de Publication
2021-09-07
 
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