Uma vasta gama de trabalhos científicos descrevem critérios ultrassonográficos e tomográficos que contribuem na diferenciação entre linfonodos normais e anormais, tanto na medicina como na veterinária. Contudo esses estudos descrevem linfonodos reativos e metastáticos no mesmo grupo e muitos não têm correlação com métodos de diagnóstico padrão ouro. O presente estudo investigou se processos inflamatórios e neoplásicos em linfonodos caninos produzem alterações anatomo-morfológicas suficientes para serem detectadas pela ultrassonografia e tomografia computadorizada. E ainda se as alterações detectadas nos exames de imagem são particulares para cada processo, permitindo a diferenciação entre linfonodos reativos e neoplásicos/metastáticos. A primeira etapa descreveu um estudo retrospectivo sobre a performance diagnóstica do ultrassom para classificação de linfonodos normais e linfadenopatias benignas e malignas. Foram avaliados 79 linfonodos craniais cervicais e 95 linfonodos inguinais e ilíaco mediais. A acurácia do ultrassom para diferenciação do status dos linfonodos variou com o tipo de linfonodo. Mais de 60% dos linfonodos com reforço acústico posterior formações císticas foram associados com malignidade. Na segunda etapa, uma revisão sistemática analisou evidências qualitativas para testar a hipótese de que a tomografia pode diferenciar linfonodos normais daqueles acometidos por processo inflamatório ou metastático. O padrão de realce de contraste heterogêneo e margens irregulares ou indistintas podem ser associados com etiologias malignas. A gordura perinodal é um meio de contraste natural que favorece a avaliação do linfonodo. Concluiu-se que ambas as modalidades de imagem se beneficiaram quando houve uma combinação de parâmetros, como por exemplo avaliação do "contorno e gordura perinodal" para tomografia e "tamanho e ecotextura" para ultrassonografia. Todavia, exames de citologia ou histopatologia são as técnicas padrão ouro para o diagnóstico de processos neoplásicos ou inflamatórios de linfonodos, já que fornecem informações no nível celular.

A wide range of scientific works described ultrasound and tomographic criteria that contribute to the differentiation between normal and abnormal lymph nodes, both in medicine and in veterinary medicine. However, these studies describe reactive and metastatic lymph nodes in the same group and many have no correlation with gold standard diagnostic methods. The present study investigated if inflammatory and neoplastic processes of canine lymph nodes produce alterations in anatomy and morphology suitable for ultrasonographic and tomographic detection. And, if those alterations found in the imaging exams are exclusive of each process, allowing the differentiation between reactive and neoplastic/metastatic lymph nodes. The first step described a retrospective study on the diagnostic performance of ultrasound for classifying normal lymph nodes as well as benign and malignant lymphadenopathy. 79 cranial cervical lymph nodes and 95 medial iliac and superficial inguinal lymph nodes were evaluated. The accuracy of ultrasonography to detect the status of the lymph nodes varied with the type of lymph node. More than 60% of lymph nodes with distal acoustic enhancement or cystic-like formations were associated with malignancy. In the second part, a systematic review analyzed qualitative evidences to test the hypothesis that computed tomography can differentiate normal lymph nodes from those affected by an inflammatory or metastatic process. Heterogeneous postcontrast enhancement pattern and irregular or indistinct margins may be associated with malignant etiologies. The perinodal fat tissue represents a natural contrasting surface and improves the detection of the lymph node. In general, both modalities benefit from the investigation based on the combination of parameters, such as margin and perinodal fat for tomography and size and echotexture for ultrasound. However, cytology and histopathology are the gold standard methods to diagnose inflammatory and neoplastic lymph nodes, for the provide information at the cellular level.