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Thèse de Doctorat
DOI
https://doi.org/10.11606/T.71.2019.tde-02102019-152549
Document
Auteur
Nom complet
Rafael de Abreu e Souza
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
São Paulo, 2019
Directeur
Jury
Santos, Veronica Wesolowski de Aguiar e (Président)
Symanski, Luis Claudio Pereira
Ruibal, Alfredo Gonzalo
Silva, Fabiola Andrea
Souza, Marcos Andre Torres de
 
Titre en portugais
A materialidade da repressão à  guerrilha do Araguaia e do terrorismo de Estado no Bico do Papagaio, TO/PA: noite e nevoeiro na Amazônia
Mots-clés en portugais
Guerrilha do Araguaia. Arqueologia do Passado Contemporâneo. Arqueologia Forense. Ditadura. Repressão
Resumé en portugais
Esta tese debruça-se sobre a materialidade e a materialização das estratégias repressivas à guerrilha do Araguaia e sua relação com o terrorismo de Estado orquestrado na região do Bico do Papagaio, Amazônia Oriental, entre os estados do Pará e Tocantins, entre 1972 e 1975 com consequências duradouras. A pesquisa ressalta a importância da arqueologia nas investigações sobre violência política, forense ou não, através da avaliação da formação do campo da antropologia forense no Brasil ressaltando as consequências de sua ausência para a arqueologia forense e para desdobramentos da arqueologia do passado contemporâneo. Dá foco ao uso da cultura material e da paisagem como fontes alternativas que permitem diferentes olhares à repressão à guerrilha do Araguaia com foco em análises contextuais dos artefatos que compunham duas bases militares na região, Xambioá e Morro do Urutu. Explora a relação entre bases e militantes do movimento guerrilheiro explorando as práticas materializadas para implantação do terror, fundamentadas em uma infraestrutura de repressão que construiu assimetrias de poder a fim de imitar a mobilidade e o abastecimento da resistência. A abordagem arqueológica potencializa versões de histórias silenciadas trazendo ricas contribuições às discussões sobre as graves violações aos direitos humanos durante a ditadura cívico-militar, auxiliando na construção de uma memória material da repressão e opondo-se epistemologicamente às desmaterializações perpetradas pelas estratégias militares orientadas ao desaparecer por meio da solidificação de narrativas por meio da materialidade. O caso da guerrilha do Araguaia foi o primeiro a contar sistematicamente com uma equipe de arqueologia entre 2012 e 2015 após liminar da Justiça Federal decorrente da condenação do Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
 
Titre en anglais
The materiality of repression against the Araguaia guerrilla and State terrorism in the Parrot's Beak: night and fog in Amazonia
Mots-clés en anglais
Araguaia Guerrilla
Archaeology of the Contemporary Past
Dictatorship
Forensic Archaeology
Repression
Resumé en anglais
This thesis focus on the materiality and the materialization of strategies of repression against the Araguaia Guerrilla movement and its relation to the State terrorism orchestrated in the Parrot Beak region, Easter Amazon, between Pará and Tocantins States, from 1972 to 1975 with long-term consequences. The research highlights the importance of archaeology in investigations on political violence, forensic or not, through an assessment of the field in Brazil while analyzing the scientific literature and giving attention to the nefarious consequences of its absence. It also highlights the use of the material culture and the landscape as alternative sources allowing different insights on the repression of the Araguaia Guerrilla through the contextual analysis of artifacts excavated from two military bases, Xambioá and Urutu, and their relation with other basis and the guerrilla's movement within a terrorscape built by the Armed Forces. It is shown how archaeology potentialize versions of silenced stories bringing rich contributions to discussion on human rights violations during the civic-military dictatorship, supporting the making of material memories of the repression and epistemologically opposing statements on absence of evidence and making possible narratives bases on materiality. The Araguaia Guerrilla's case was the first case systematic counting with a team of archaeologists from 2012 to 2015 thanks to a Federal Justice's injunction resulting from the conviction of Brazil by the Inter-American Commission on Human Rights of the Organization of American States (OAS).
 
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Date de Publication
2019-11-08
 
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