A produção de ruminantes no Brasil é feita majoritariamente em sistemas de pastagem com gramíneas tropicais, nos quais a alimentação dos animais é dependente da disponibilidade de forragem e que varia de acordo com a época do ano, sendo comum o uso da cana-de-açúcar (CA) na alimentação animal, porém, esta cultura apresenta qualidade nutricional inferior à demanda dos animais. A inclusão de fontes proteicas na CA é uma alternativa para melhorar a qualidade do alimento ao passo que reduz a necessidade de suplementação proteica com alimentos concentrados, que representam alto custo desta cadeia de produção. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de duas plantas não convencionais na alimentação de ruminantes, Moringa oleifera (MO) e Tithonia diversifolia (TD), como alternativas alimentares sustentáveis e eficientes para produtores da cadeia produtiva ovina e, para isso, este trabalho foi dividido em três etapas: 1) avaliação in vitro de degradabilidade e produção de gases; 2) avaliação in vivo de digestibilidade dos nutrientes; e 3) produção de gases e mensuração de CH4 in vivo. Os tratamentos foram formulados de acordo com a inclusão de MO e TD na silagem de CA, com base na matéria seca, como segue: TC: 100% CA; T1= 75% CA + 25% MO; T2= 50% CA + 50% MO; T3= 25% CA + 75% MO; T4= 75% CA + 25% TD T5= 50% CA + 50% TD; T6= 25% CA + 75% TD. Na avaliação in vitro das silagens, a inclusão de MO e TD melhorou significativamente (P<0,05) a qualidade nutricional da silagem de CA através do aumento de proteína bruta, reduzindo a produção de gases total em T3, T4, T5 e T6, enquanto foi observada a redução da emissão de CH4 apenas em T5. Já nos ensaios in vivo, a inclusão de MO e TD não foi significativa na maioria dos parâmetros de digestibilidade e também não influenciou a emissão de CH4 pelos animais (P>0,05), porém, aumentou significativamente a digestibilidade de proteína bruta (P<0,05). Os resultados encontrados neste trabalho indicam que tanto a MO quanto a TD são plantas alternativas com potencial para serem utilizadas na dieta de ovinos pois representa uma fonte de proteína de baixo custo, comparada com alimentos tradicionais, promovendo aporte proteico capaz de incrementar a dieta e contribuir com o desempenho animal

Livestock production in Brazil is predominantly carried out in tropical grass pasture systems, where animal feeding is dependent on the availability of forage, which varies according to the season, being common the use of sugarcane (SC) in animal feed, however, this plant has lower nutritional quality than the animals' requirements. The inclusion of protein sources in SC is an alternative to improve the feed quality while reducing the need for protein supplementation with concentrated feeds, which represent a high cost in this production chain. Therefore, the aim of this study was to evaluate the utilization of two unconventional plants, Moringa oleifera (MO) and Tithonia diversifolia (TD), as sustainable and efficient feed alternatives for sheep producers. The study was divided into three stages: 1) in vitro evaluation of degradability and gas production; 2) in vivo digestibility evaluation; and 3) in vivo gas production and methane measurement. The treatments were formulated based on the inclusion of MO and TD in SC silage, on a dry matter basis, as follows: TC: 100% SC; T1= 75% SC + 25% MO; T2= 50% SC + 50% MO; T3= 25% SC + 75% MO; T4= 75% SC + 25% TD; T5= 50% SC + 50% TD; T6= 25% SC + 75% TD. In the in vitro evaluation of silages, the inclusion of MO and TD significantly improved (P<0.05) the nutritional quality of SC silage by increasing crude protein content, while reducing total gas production in T3, T4, T5, and T6. Methane emission reduction was observed only in T5. In the in vivo trials, the inclusion of MO and TD was not significant in most digestibility parameters and did not influence methane emission by the animals (P>0.05). However, it significantly increased crude protein digestibility (P<0.05). The results of this study indicate that both MO and TD are alternative plants with the potential to be used in sheep diets, as they provide a low-cost protein source compared to traditional feeds, promoting protein intake that can enhance the diet and contribute to animal performance