This study aimed to evaluate and compare the development of the dental arches of children with unilateral cleft lip and palate before and after the primary surgeries performed with different techniques at the first months and five years of life. The sample comprised 56 dental casts divided int the following groups: Group 1 (G1) cheiloplasty (Millard technique) at 3 months and one-step palatoplasty (Von Langenback technique) at 12 months; and Group 2 (G2) cheiloplasty (Millard technique) and two-step palatoplasty: hard palate closure (Hans Pichler technique) at 3 months and soft palate closure (Sommerlad technique) at 12 months. The dental casts were digitized through 3D scanner and evaluated at 3 months of life presurgical (T1) and 5 years post-surgical (T2). The following linear measurements were analyzed: intercanine (CC), intertuberosity (TT), and intermolar distances (MM); anterior dental arche length (ICC), anterior intersegment (IC), and total arch (ITT). The dental arch area was also measured. Paired t test and Wilcoxon test compared the intragroup analyses, while independent t test and Mann-Whitney test the intergroup analyses (p<0.05). In G1, the intragroup comparison showed statistically significant smaller ICC and IC means at T2 (p=0.001 and p<0.001, respectively), while TT, ITT, and area comparisons were significantly greater between times (p<0.001, p=0.002, and p<0.001, respectively). In G2, the intragroup comparison exhibited statistically significant smaller CC and IC means at T2 (p=0.004, for both), while T T, ITT and area comparisons were significantly greater between times (p<0.001, p=0.004, and p<0.001, respectively). At T2, the intergroup analysis revealed that G1 had a statistically significant smaller ICC mean (p=0.014). The analysis of the intergroup differences ( = T2 T1) showed that G1 had a statistically smaller ICC mean (p=0.043). In conclusion, two-step palatoplasty showed a more favorable prognosis for the maxillary growth than one-step palatoplasty in children with oral clefts.

O propósito deste estudo foi avaliar e comparar o desenvolvimento dos arcos dentários de crianças com fissura unilateral de lábio e palato antes e após diferentes cirurgias primárias com diferentes técnicas cirúrgicas nos primeiros meses de vida e aos 5 anos. A amostra foi composta por 56 modelos dentários divididos nos seguintes grupos: Grupo 1 (G1) fechamento do lábio (técnica de Millard) aos 3 meses e palatoplastia em 1 estágio (técnica de Von Langenback) aos 12 meses. Grupo 2 (G2) fechamento do lábio (técnica de Millard) e palatoplastia em 2 estágios: fechamento do palato duro (técnica de Hans Pichler) aos 3 meses e do palato mole (técnica de Sommerlad) aos 12 meses. Os modelos dentários foram digitalizados por meio de um scanner 3D e avaliados aos 3 meses de vida, Tempo 1 (T1) - pré-cirúrgica e Tempo 2 (T2) pós-cirúrgica: aos 5 anos. Foram analisadas as seguintes medidas lineares: distâncias intercaninos (CC), intertuberosidades (TT) e intermolar(MM), comprimento anterior do arco dentário (ICC), intersegmento anterior (IC), total do arco (ITT) e intersegmento anterior (IC). A área dos arcos dentários também foi analisada. O Testes T pareado e Wilcoxon foram aplicados nas análises intragrupos, enquanto Teste T independente e Mann-Whitney nas comparações intergrupos (p<0,05). No G1 houve diferença estatisticamente significativa em ICC e IC com menores médias em T2 (p=0,001 e p<0,001, respectivamente), enquanto TT, ITT e área cresceram significativamente entre os tempos analisados (p<0,001, p=0,002 e p<0,001, nesta ordem). NoG2 houve diferença estatisticamente significativa das medidas CC e IC apresentando redução em T2 (p=0,004, em ambas), entretanto T T, ITT e área cresceram significativamente (p<0,001, p=0,004 e p<0,001, respectivamente). Na análise intergrupo, em T2 houve diferença estatisticamente significativa na distânciaICC, em que G1 apresentou a menor média (p=0,014). A análise das diferenças intergrupo ( = T2T1) mostrou diferença estatisticamente significativa na medida ICC em que G1 mostrou menor média em relação a G2 (p=0,043). Este estudo concluiu que a cirurgia do palato em duas etapas mostrou prognóstico mais favorável em relação ao crescimento maxilar quando comparada com a cirurgia do palato em uma etapa na reabilitação de pacientes com fissura labiopalatinas.