Introdução: A sínfise mandibular consiste em uma fonte viável para o enxerto ósseo alveolar. No entanto, não está bem esclarecido se seus resultados são compatíveis com o padrão-ouro da crista ilíaca. Objetivo: Comparar o índice de sucesso dos enxertos ósseos alveolares realizados com osso proveniente da sínfise mandibular e da crista ilíaca anterior. Material e métodos: Este estudo transversal avaliou uma amostra de radiografias periapicais de 144 indivíduos (88 do sexo masculino, 56 do sexo feminino) com fissuras labiopalatinas completa e unilateral, submetidos consecutivamente à cirurgia de enxerto alveolar divididos em 2 grupos conforme o material empregado no preenchimento do defeito ósseo: osso autógeno de sínfise mandibular (grupo teste, n=72) ou de crista ilíaca anterior (grupo de comparação, n=72). As cirurgias foram realizadas por um único cirurgião bucomaxilofacial, em um único centro de reabilitação. As radiografias foram tomadas 9 meses após a cirurgia. Os resultados dos enxertos alveolares foram caracterizados em sucesso ou insucesso por 3 avaliadores que se basearam nos critérios adotados pela escala de Bergland modificada. Para a análise de concordância entre os avaliadores foi aplicado o índice Kappa intra e inter-avaliadores. A diferença de idade entre os grupos foi verificada por meio do teste de Mann-Whitney. A comparação intergrupos do índice de sucesso dos enxertos ósseos foi analisada por meio do Qui-Quadrado (p<0,05). Resultados: Não houve diferença estatística significativa entre as idades dos indivíduos dos grupos controle e teste (p=0,355). O grupo teste apresentou estatisticamente (p=0,029) melhores resultados do que o grupo controle (95,8% x 83,3%). Conclusão: O enxerto ósseo alveolar usando a área doadora da sínfise mandibular representa uma alternativa viável em pacientes com fissuras labiopalatinas completas e unilaterais.

Introduction: The mandibular symphysis consists of a viable source for the secondary alveolar bone graft. However, it is unclear whether its outcomes are compatible with the gold standard that is the iliac crest. Objective: To compare the success rate of alveolar bone grafts performed with mandibular symphysis bone and anterior iliac crest bone. Material and methods: This cross-sectional study evaluated a sample of periapical radiographs of 144 individuals (88 male, 56 female) with complete and unilateral cleft lip and palate, consecutively underwent alveolar graft surgery, divided into 2 groups according to the material used to fill the bone defect: autogenous bone of mandibular symphysis (test group, n = 72) or anterior iliac crest (comparison group, n = 72). Surgeries were performed by a single maxillofacial surgeon in a single center. Radiographs were taken 9 months after surgery. The alveolar graft outcomes were characterized in success or failure by 3 raters based on the criteria adopted by the modified Bergland scale. Intra and inter-rater agreements were evaluated using Kappa coefficient. The age difference between groups was verified by means of the MannWhitney test. The intergroup comparison of the success rate of the bone grafts was analyzed using the Chi-Square (p <0.05). Results: There was no statistically significant difference between ages of control and test groups (p = 0.355). The test group presented statistically (p = 0,029) better results than the control group (95,8% x 83,3%). Conclusion: Alveolar bone graft using the donor area of the mandibular symphysis represents a viable alternative in individuals with complete and unilateral cleft lip and palate.