Objetivo: Avaliar o efeito da suplementação medicamentosa de ferro e da orientação nutricional no controle e prevenção da anemia e na alimentação no primeiro ano de vida, em crianças que frequentam serviços de saúde em Manaus. Metodologia: Foram acompanhadas as crianças desde os primeiros dias até um ano de vida, recebendo intervenção nutricional e sendo comparado com um Grupo Controle. O Grupo Controle teve como amostra 60 crianças de 12 meses de idade +- 30 dias, no grupo intervenção 56 crianças foram acompanhadas até 12 meses de idade. Para se obter um grupo homogêneo na amostra estudada, foram utilizados alguns critérios de exclusão para a seleção que viessem a interferir na resposta. A intervenção foi a suplementação do sulfato ferroso em gotas (FeS04) na dose profilática de 6 mg/ Fe/ kg de peso corporal, ministrado em doses semanais a partir do 5 mês de vida. A orientação alimentar se deu em todo o processo de acompanhamento. Foram coletadas informações socioeconômicas e culturais das famílias, histórico da criança e da mãe, como também a alimentação aos 12 meses e vida das crianças. O acompanhamento do Grupo Intervenção foi de acordo com o calendário de vacinas, aos 1, 2, 4, 6 meses, posteriormente se estabeleceu as visitas bimestrais. Para a avaliação dos grupos foi realizada a medida antropométrica de peso e comprimento, utilizando-se os índices do NCHS como referência, as crianças dos dois grupos foram classificadas em escore Z a partir dos índices antropométricos: peso/estatura(P/E), estatura/ idade (E/I) e peso/idade (P/I). Para a avaliação da anemia (< 11 g / dL) foi verificada a hemoglobina obtida por punção do calcanhar, utilizando-se o hemoglobinômetro portátil HemoCue. Resultados: O percentual de crianças anêmicas do Grupo Intervenção foi de 8,9% contra 76,7% do Grupo Controle e a média do aleitamento materno exclusivo no primeiro grupo foi de 107 dias (+- 44,7) contra 64,97 dias (+- 59,5), ambos estatisticamente significativos (p<0,001).Os fatores associados estatisticamente significativos à anemia (p<0,05) foram: escolaridade e idade materna, introdução do feijão, tempo de aleitamento materno exclusivo e predominante e participação do estudo. No modelo hierárquico as variáveis que foram associadas à anemia: número de consultas do pré-natal, idade materna e grupo de estudo. Conclusão: A suplementação medicamentosa com FeSO4 nesta dosagem e na forma semanal melhorou a prevalência de anemia em crianças no primeiro ano de vida A orientação alimentar aumentou, significativamente, o tempo de aleitamento materno exclusivo e predominante em relação ao grupo controle. A proporção de crianças que introduziram feijão, figado e ovos foi maior nas crianças do Grupo Intervenção.

Objective: To evaluate the effects of iron medicinal supplementation and nutritional education on controlling and preventing anemia and on nourishment in the first year of life for children who have medical services in Manaus. Methodology: the children were followed since their twenty days until their first year of life, receiving nutritional intervention and being compared to a Control Group. The Control Group sampled 60 children of 12 months of age +- 30 days. Fifty-six children in the Intervention Group were followed until they were 12 months old. Some exclusion criteria for the selection were used in order to obtain a homogeneous group in the studied sample. The intervention was the ferrous sulfate supplementation in drops (FeSO4) in the prophylactic dose of 6 mg / Fe / kg of body weight, supplied in weekly doses starting from the 5th month of life. Nutritional education took place during the whole process of accompaniment .The family's socioeconomic and cultural information was collected, mother and child's history as well as the nourishment process during the first 12 months of the children's life. The Intervention Group accompaniment was made accordingly to the calendar of vaccines, during 1, 2, 4, 6 months of age, after what bimonthly visits took place. To evaluate the groups, the body weight and length were measured, using NCHS indexes as a reference. The children of the two groups were classified in score Z starting from the following indexes: weight/height, height/age and weight/age. To evaluate the anemia (< 11 g / dL) the hemoglobin was verified by heel-prick, using the portable photometer hemoglobin HemoCue®. Results: The percentage of anemic children in the Intervention Group was of 8,9% against 76,7% in the Control Group and the average of exclusive maternal breast-feeding in the first group was of 107 days (+- 44,7) against 64,97 days (+- 59,5), both statistically significant (p < 0,001). The variables associated with anemia in the hierarchical model were: number of pre-natal visits, maternal age and the study' group. Conclusion: preventive weekly iron supplementation by sulfate - FeSO4 has significantly decreased the anemia prevalence for children in their first year of life. Nutritional education has increased the time of exclusive and predominant maternal breast-feeding significantly in relation to the Control Group. The proportion of children who has introduced bean, liver and egg was larger in the children of the Intervention Group.