Este estudo configura-se como uma investigação sob uma perspectiva fenomenológica, com o objetivo de identificar e compreender as experiências e os desafios psicológicos vivenciados por atletas de categoria de base do ciclismo. Para tal, 9 atletas fizeram parte da amostra e passaram por dois momentos de entrevistas. O primeiro serviu como exploração de suas histórias de vida na modalidade, permitindo detectar acontecimentos significativos da prática para o atleta. O segundo momento de entrevista foi dedicado a explorar algumas questões mais específicas, a fim de permitir que os atletas pudessem se aprofundar no relato de suas experiências desafiadoras vividas na modalidade. À realização das entrevistas seguiram-se os movimentos de sua análise intencional. Com as reduções psicológicas realizadas, nos encaminhamos ao cruzamento intencional, passando do empírico ao essencial. Os resultados apontaram para um horizonte de experiências próprias a ciclistas em equipes de categoria de base. Neles se passa da singularidade da experiência de cada sujeito à generalidade da experiência tematizada. Esses resultados foram se compondo por meio de agrupamentos, e através desses elementos comuns, foi possível ir nos aproximando do sentido próprio do fenômeno buscado. Para tal, foram pensadas seis categorias, com temas que se entrelaçam entre si. São elas: Comunidade sobre duas rodas; Pedalar, exceder, reconhecer e novamente, pedalar; Não pode parar, não pode parar; O outro: o que marca e o que precisa ser marcado; Corporeidade e Ciclismo: muito além de pedalar. A partir delas, buscamos compreender o horizonte psicológico e os desafios correlativos ao comprometimento com o ciclismo por parte dos atletas de categoria de base. Os resultados apontaram para a identificação e compreensão das experiências dos atletas de base, como se propõe o objetivo, aproximando-nos da possibilidade de fazer uso desse conhecimento para a atenção psicológica a atletas da modalidade.

This study is configured as an investigation from a phenomenological perspective, with the objective of identifying and understanding the experiences and psychological challenges experienced by athletes of basic cycling category. For this, 9 athletes were part of the sample and underwent two moments of interviews. The first moment served as an exploration of their life stories in the modality, allowing to detect significant moments of practice for the athlete. The second moment was dedicated to exploring some more specific questions, in order to allow the athletes to delve deeper into the report of their challenging experiences in the modality. The interviews were followed by the movements of their intentional analysis. With the psychological reductions carried out, we are heading towards the intentional crossing, moving from the empirical to the essential. The results pointed to a horizon of experiences specific to cyclists in youth teams. In them, one passes from the singularity of each subject's experience to the generality of the thematized experience. These results were composed through groupings, and through these common elements, we can get closer to the proper meaning of the phenomenon sought. To this end, six categories were thought, with themes that intertwine with each other. They are: Community on two wheels; Pedal, exceed, recognize and again, pedal; Can't stop, can't stop; The other: what marks and what needs to be marked; Corporeity and Cycling: much more than cycling. From them, we seek to understand the psychological horizon and the challenges related to the commitment to cycling on the part of youth athletes. The results pointed to the identification and understanding of the experiences of base athletes, as proposed by the objective, bringing us closer to the possibility of making use of this knowledge for psychological attention to athletes of the modality.