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Mémoire de Maîtrise
DOI
https://doi.org/10.11606/D.59.2023.tde-09052023-081808
Document
Auteur
Nom complet
Beatriz Cintra Storti
Adresse Mail
Unité de l'USP
Domain de Connaissance
Date de Soutenance
Editeur
Ribeirão Preto, 2023
Directeur
Jury
Sticca, Marina Greghi (Président)
Carlotto, Mary Sandra
Sandall, Hugo Leonardo Póvoa
Titre en portugais
Práticas de gestão de pessoas nas universidades públicas brasileiras e a saúde mental de gestores e equipes
Mots-clés en portugais
Práticas de gestão de pessoas
Saúde mental
Universidades públicas
Resumé en portugais
O trabalho intenso, o ambiente competitivo e a escassez de recursos têm levado os trabalhadores das universidades públicas brasileiras ao adoecimento mental. A literatura aponta que a implementação de práticas de gestão de pessoas nesses contextos é importante, pois elas provocam mudanças positivas nas organizações e estão associadas a resultados favoráveis à saúde e ao bem-estar dos trabalhadores. Entretanto, a identificação dessas práticas e de seus benefícios são pouco conhecidos dentro das universidades. Este estudo teve por objetivo identificar como as práticas de gestão de pessoas afetam a saúde mental dos trabalhadores de universidades públicas brasileiras, bem como descrever quais são essas práticas, por meio de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. O estudo 1 foi realizado por meio de uma revisão sistemática da literatura que visou analisar as produções científicas que relataram a realização de intervenções voltadas para a prevenção em saúde mental de gestores e de suas equipes de trabalho, focando principalmente em suas características e eficácia. Vinte artigos foram selecionados e verificou-se a predominância de estudos cujo foco se deu na prevenção em saúde mental das equipes através das ações dos gestores. As equipes cujos gestores participaram das intervenções tiveram melhores indicadores de bem-estar mental, ao serem comparadas com aquelas cujos gestores não participaram das intervenções. Já nas intervenções voltadas para a saúde mental dos gestores, os resultados mostraram que houve diminuição nos níveis de estresse, síndrome de burnout, sintomas depressivos e sofrimento psicológico, além de aumento em sua confiança para falarem com a equipe sobre doenças mentais e no reconhecimento de seu papel para desenvolver ações para a promoção de saúde da equipe. O estudo 2 realizou uma pesquisa empírica qualitativa, descritiva e exploratória, a fim de identificar quais são as práticas de gestão de pessoas que contribuem com a saúde mental de trabalhadores de universidades públicas brasileiras, como essas práticas são percebidas e como elas variam segundo a visão de gestores e de equipes. Foram entrevistados individualmente 20 gestores e 11 membros de equipe por meio de videochamadas. As entrevistas foram transcritas e analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo e de análises lexicais. Como resultado da análise de conteúdo emergiram as categorias: organização do trabalho, contratos idiossincráticos, suporte social afetivo, suporte informacional, comunicação e manutenção de boas relações interpessoais. Nas análises lexicais as três classes reveladas foram: 1) suporte às tarefas; 2) trocas sociais e; 3) suporte social. Verificou-se que a percepção da função das práticas de gestão de pessoas varia entre os atores, sendo que os gestores percebem que as práticas de suporte às tarefas contribuem mais para a saúde mental da equipe, enquanto esta atribui importância às práticas de suporte social. O estudo oferece contribuições práticas à atuação de gestores de universidades públicas brasileiras e contribuições teóricas a partir da identificação e descrição dessas práticas que poderão subsidiar pesquisas futuras sobre a temática. O último capítulo apresenta uma síntese integrativa dos dois estudos, bem como suas limitações, contribuições e agenda de pesquisa.
Titre en anglais
People management practices in Brazilian public universities and the mental health of managers and teams
Mots-clés en anglais
Mental health
People management practices
Public universities
Resumé en anglais
The intense work, the competitive environment and the scarcity of resources have led workers at Brazilian public universities to become mentally ill. The literature points out that the implementation of people management practices in these contexts is important, as they cause positive changes in organizations and are associated with favorable results for the health and well-being of workers. However, the identification of these practices and their benefits are little known within universities. This study aimed to identify how people management practices affect the mental health of workers in Brazilian public universities, as well as to describe what are these practices, through a qualitative, descriptive and exploratory research. Study 1 was carried out through a systematic review of the literature that aimed to analyze the scientific productions that reported the implementation of interventions aimed at preventing mental health of managers and their work teams, focusing mainly on their characteristics and effectiveness. Twenty articles were selected and there was a predominance of studies whose focus was on mental health prevention in teams through the actions of managers. Teams whose managers participated in the interventions had better mental well-being indicators, when compared to those whose managers did not participate in the interventions. In the interventions aimed at the managers' mental health, the results showed that there was a decrease in the levels of stress, burnout syndrome, depressive symptoms and psychological suffering, in addition to an increase in their confidence to talk to the team about mental illnesses and the recognition of their role in developing actions to promote the health of the team. Study 2 carried out a qualitative, descriptive and exploratory empirical research, in order to identify which people management practices contribute to the mental health of workers in Brazilian public universities, how these practices are perceived and how they vary according to the point of view of managers and teams. Twenty managers and 11 team members were individually interviewed via video calls. The interviews were transcribed and analyzed using the technique of content analysis and lexical analysis. As a result of the content analysis, the following categories emerged: work organization, idiosyncratic contracts, affective social support, informational support, communication and maintenance of good interpersonal relationships. In the lexical analyses, the three classes revealed were: 1) task support; 2) social exchanges and; 3) social support. It was found that the perception of the role of people management practices varies among actors, with managers perceiving task support practices as more important for promoting the team's mental health, while the teams attribute importance to social support practices. The study offers practical contributions to the performance of managers of Brazilian public universities and theoretical contributions from the identification and description of these practices that may subsidize future research on the subject. The last chapter presents an integrative synthesis of the two studies, as well as their limitations, contributions and research agenda.
 
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Date de Libération
2025-04-05
Date de Publication
2023-05-26
 
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