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Master's Dissertation
DOI
https://doi.org/10.11606/D.59.2017.tde-06092016-173630
Document
Author
Full name
Fernando Cesar Paiva D'Agosta
E-mail
Institute/School/College
Knowledge Area
Date of Defense
Published
Ribeirão Preto, 2011
Supervisor
Committee
Castro, Ricardo Macedo Corrêa e (President)
Bockmann, Flávio Alicino
Menezes, Naercio Aquino
 
Title in Portuguese
Taxonomia e relações filogenéticas do gênero Astyanacinus Eigenmann, 1907 (Characiformes: Characidae)
Keywords in Portuguese
Filogenia
Morfologia
Neotropical
Ostariophysi
Revisão taxonômica
Abstract in Portuguese
O gênero Astyanacinus foi descrito por Eigenmann (1907) para realocar Tetragonopterus moorii Boulenger (1892). No presente estudo Astyanacinus é revisado e redescrito. Com base na revisão taxonômica envolvendo 21 medidas e 13 contagens, Astyanacinus é redefinido e é composto por 7 espécies, incluindo três novas. Astyanacinus moorii e Astyanacinus multidens são reconhecidas como espécies válidas; Astyanax orthodus e Astyanax superbus são realocados em Astyanacinus; Astyanacinus goyanensis e Astyanacinus platensis são reconhecidos, respectivamente, como pertencentes aos gêneros Astyanax e Oligosarcus; três novas espécies são descritas: Astyanacinus sp n. Bolívia, Astyanacinus sp n. Peru e Astyanacinus sp n. Purus. A distribuição do gênero é extremamente expandida alcançando a Bacia do Alto Paraguai (A. moorii), Alto Madeira (A. multidens, A. sp n. Bolívia e A. sp n. Peru), Purus (A. sp n. Purus), Orinoco (Astyanax superbus) e os rios Cis-andinos Patia e Atrato (Astyanax orthodus). A análise filogenética com 47 táxons e 136 caracteres morfológicos infere o gênero como uma unidade monofilética com base no compartilhamento de seis sinapomorfias: alongamento da mandíbula, 3 dentes no dentário, margem posterior da maxila bem posterior a vertical que passa pela asa do etmóide lateral, primeiro radial proximal da nadadeira anal direcionado dorsalmente, pós-cleitros 1 e 2 próximos (espaço entre eles menor que a altura do pós-cleitro 1) e presença de chevrons. Somente A. moorii, Astyanax orthodus, Astyanax superbus, Astyanacinus sp n. Bolívia e Astyanacinus sp n. Peru foram dissecadas e incluídas na análise uma vez que nenhum material de Astyanacinus sp n. Purus e A. multidens pode ser disponibilizado para diafanização. A. multidens foi parcialmente incluída na análise filogenética com base no exame de radiografias e gerou baixa resolução no estudo das afinidades evolutivas do gênero Astyanacinus com os outros caracídeos. O gênero é obtido como grupo-irmão de Astyanax ou pode estar relacionado a um clado formado por Oligosarcus, Hollandichthys e Rachoviscus, assim a posição do gênero continua indefinida, esperando mais estudos e material adicional de A. sp n. Purus e A. multidens. De acordo com os resultados da filogenia A. sp n. Bolívia é grupo-irmão de todas as outras espécies de Astyanacinus examinadas com base, por exemplo, na posse de ganchos nas nadadeiras pélvica e anal de machos adultos maduros. Com relação à biogeografia do grupo, alguns padrões geológicos são sugeridos como responsáveis pelos eventos cladogenéticos do gênero. A distribuição de A. moorii no Alto Paraguai pode ser resultado do intercâmbio faunístico ocorrido entre as cabeceiras do Alto Paraguai e Alto Madeira através de uma suposta rota de dispersão que data de aproximadamente 10 m.a.. A existência de uma espécie Cis-Andina fornece uma idade mínima para o gênero que teria evoluído, pelo menos, antes de 12 m.a. (data da formação da Cordilheira Noroeste Andina). O padrão de distribuição de Astyanax orthodus na América Central é explicado pela emergência do Ístmo do Panamá no Plioceno (3 m.a.) que formou uma conexão terrestre entre as Américas Central e do Sul e promoveu uma rota de dispersão para a espécie. A presença de Astyanax orthodus na Bacia do Orinoco pode ser explicada como um resultado de uma conexão pretérita entre o Paleo-Amazonas-Orinoco que se separou com a formação do Arco Vaupes entre 8-5 m.a.. Adicionalmente, o presente estudo fornece o primeiro registro de ganchos nas nadadeiras de machos adultos para o gênero Astyanacinus.
 
Title in English
Taxonomy and phylogenetic relationships of the genus Astyanacinus Eigenmann, 1907 (Characiformes: Characidae)
Keywords in English
Morphology
Neotropical
Ostariophysi
Phylogeny
Taxonomic revision
Abstract in English
The genus Astyanacinus was described by Eigenmann (1907) in order to reallocate Tetragonopterus moorii Boulenger (1892). In the present study Astyanacinus is reviewed and redescribed. Based on the taxonomic revision involving 21 morphometric measurements and 13 meristic counts, Astyanacinus is redefined and is composed by seven species, including three new forms. Astyanacinus moorii and Astyanacinus multidens are recognized as valid species; Astyanax orthodus and Astyanax superbus are re-allocated on Astyanacinus; Astyanacinus goyanensis and Astyanacinus platensis are recognized, respectively, as belonging to Astyanax and Oligosarcus; three new species are described: Astyanacinus sp n. Bolívia, Astyanacinus sp n. Peru and Astyanacinus sp n. Purus. The distribution are of the genus is extremely enlarged reaching the Upper Paraguay basin (A. moorii), Upper-Madeira Basin (A. multidens, A. sp n. Bolivia and A. sp n. Peru), Purus basin (A. sp n. Purus), Orinoco basin (Astyanax superbus) and Cis-andin Patia and Atrato basins (Astyanax orthodus). The phylogenetic analysis including 47 taxa and 136 morphological characters hypothesizes the genus as a monophyletic unit based on the sharing of six sinapomorphies: enlargement of mandible, three teeth on maxilla, posterior tip of maxilla outreaching the vertical which passes from the wing of the lateral ethmoid, first proximal radial from the anal fin dorsally directed, postcleithrum 1 and 2 near each other (space between them smaller than the greatest deep from the postcleithrum 1), presence of chevron-like marks. Only A. moorii, Astyanax orthodus, Astyanax superbus, Astyanacinus sp n. Bolívia and Astyanacinus sp n. Peru were dissected and included in the present study, since no available material from Astyanacinus sp n. Purus and A. multidens is founded. A. multidens was partially included in the phylogenetic analyses based on the exam of radiographs and causes low resolution concerning the phylogenetic relationships of Astyanacinus with other characids. The genus is hypothesized as sister-group of Astyanax or could be related with a clade composed by Oligosarcus, Hollandichthys and Rachoviscus, thus the position of the genus is still undefined, pending more studies and additional available material from A. sp n. Purus and A. multidens. According to the phylogenetic results A. sp n. Bolívia is the sister-group from the remaining Astyanacinus species examined based on the sharing of, for example, presence of bony hooks on pelvic and anal fins of adult males. Regarding the biogeography of the group, some geological patterns were hypothesized as responsible for the cladogenetic events of the genus. The distribution of A. moorii on the Upper Paraguay basin can be a result of faunistic exchanges occurred between the headwaters of the Upper Madeira and Upper Paraguay through the influence of a putative dispersal route dating about 10 m.a.. The presence of a Cis-Andin species provides a minimum age for the genus which has evolved, at least, before 12 m.a. (the date of formation of the northwest Cordillera). The distribution pattern of Astyanax orthodus on Central America is explained by the emergence of Isthmus of Panama in the Pliocene (3 m.a.) which formed the terrestrial connection between Central and South America and provides a dispersal route for the species. The presence of Astyanax orthodus in the Orinoco basin can be explained as a result of the ancient connection between Paleo-Amazonas-Orinoco which was separated with the formation of the Vaupes Arch between 8-5 m.a. Additionally, the present study provides the first record of bony hooks on pelvic and anal fins of adult males of the genus Astyanacinus.
 
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Publishing Date
2017-04-03
 
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