O papel das modalidades sensoriais na percepção subjetiva do tempo tem sido amplamente estudado, porém a modalidade tátil é uma das que conta com menos pesquisa a respeito. Adicionalmente, a pesquisa desenvolvida com estímulos vibratórios tem estado limitada dois tipos de tarefa de estimação e ao controle de poucas variáveis características das vibrações, o que dificulta a construção de conclusões sobre os resultados obtidos. Por esse motivo o presente trabalho teve como objetivo principal estudar a modulação da amplitude das vibrações, uma variável inédita na área, e como objetivo secundário avaliar o efeito da frequência de aprendizagem da duração padrão numa tarefa de generalização temporal e a frequência de vibração na fase de teste. Dois grupos experimentais, um com amplitude fixa e outro de amplitude modulada em função da frequência, foram avaliados no desempenho de uma tarefa de generalização temporal. A metade dos participantes de cada grupo aprendeu a duração padrão com uma vibração de 3Hz e a outra metade com uma vibração de 9Hz. Todos os participantes realizaram a tarefa de generalização temporal com estímulos de comparação entre 3 e 7 segundos e com frequências de 1,5Hz, 4,5Hz e 13,5Hz. Houve diferenças significativas nas curvas de generalização temporal entre as condições de amplitude fixa e modulada, sendo que só o grupo de amplitude fixa presentou alterações na estimação do tempo em função das frequências de teste e da frequência de aprendizagem. Os resultados permitem concluir que o aumento do tempo estimado em função da frequência de estimulação, encontrado neste e em outros trabalhos da área, em realidade se deve ao aumento da intensidade da vibração e não ao aumento da frequência per sé.

The role of sensory modalities over subjective time perception has been widely studied, however, the tactile modality is one with the less amount of research. Additionally, the research carried out with vibratory stimuli has been limited to two types of time estimation task, and to the control of few variables that characterize vibrations, which makes it difficult to draw conclusions about the results obtained. For this reason, the present work had as its main objective to study the modulation of the amplitude of vibrations, an unprecedented variable in the area, and as a secondary objective to evaluate the effect of the learning frequency of the standard duration on a temporal generalization task, as well as the effect of the frequency of vibration in the testing phase. Two experimental groups, one with fixed amplitude and the other with modulated amplitude as a function of frequency, were evaluated in the performance of a temporal generalization task. Half of the participants in each group learned the standard duration with a 3Hz vibration and the other half with a 9Hz vibration. All participants performed the temporal generalization task with comparison stimuli between 3 and 7 seconds and with frequencies of 1.5Hz, 4.5Hz and 13.5Hz. There were significant differences in the temporal generalization curves between the fixed and modulated amplitude conditions, being that only the fixed amplitude group presented alterations in the time estimation as a function of the test frequencies and the learning frequency. The results allow us to conclude that the increase in the estimated time as a function of the stimulation frequency, found in this and other works in the area, is due to the increase in vibration intensity and not to the increase in frequency per se.