O presente estudo teve como objetivo avaliar as alterações clínicas e periodontais de mini-implantes (MI) inseridos com a finalidade de ancoragem durante o tratamento ortodôntico. As hipóteses nulas testadas foram: 1- que não há correlação entre proximidade do MI à raiz e peri-implantite ou mobilidade; 2- que a periimplantite não interferiu na mobilidade; 3- que a dor não está relacionada à mobilidade ou a peri-implantite. Foram selecionados quarenta (40) pacientes e um MI foi avaliado em cada paciente. Foram examinados MI instalados no arco superior e inferior por um período de aproximadamente 6 meses com relação a proximidade da raiz ao MI, peri-implantite, mobilidade, dano biológico e dor utilizando radiografias periapicais e avaliação clínica/periodontal. As avaliações foram realizadas por meio de escores e foram realizadas correlações entre as variáveis. Não foram encontradas diferenças estatísticas significantes entre o arco superior e inferior nas variáveis avaliadas (Teste das Somas de Wilcoxon - p>0.05), exceto em relação a mobilidade que esteve mais presente no arco inferior (p=0.0336). Houve correlação entre peri-implantite e mobilidade (p=0.0003) e entre dor e mobilidade (p=0.0443). Entretanto, não houve correlação entre o grau de peri-implantite e a intensidade da mobilidade (p=0.7054). Ainda, os MI que foram instalados mais próximos à raiz apresentaram peri-implantite (p=0.0142). As hipóteses nulas foram rejeitadas pois foi encontrada correlação positiva entre as análises. A instalação do MI próximo à raiz levou a maior ocorrência de peri-implantite. Pacientes que relataram dor, apresentaram maior mobilidade dos MI e a peri-implantite levou a maior mobilidade dos dispositivos.

The present study aimed to evaluate the clinical changes of orthodontic mini-implants (MI) inserted for the purpose of anchoring during orthodontic treatment. The null hypotheses tested were: 1- that there is no correlation between proximity of the MI to the root and peri-implant disease or mobility; 2- that peri-implant disease does not interfere with mobility; 3- that the pain is not related to mobility or peri-implant disease. Forty (40) patients were selected and the MI were evaluated for each patient. MI in the upper and lower arch were evaluated for a period of approximately 6 months with relationship to the distance MI - root, peri-implant disease, mobility, biological damage and pain through the analysis of periapical radiography and clinical/periodontal evaluation. The evaluations were performed out by means of scores and a correlation was made between the variables. Results demonstrate no statistically significant differences were found between the upper and lower arch in the variables evaluated (Wilcoxon Sum Test - p> 0.05), except for the mobility that was more present in the lower arch (p=0.0336). There was a correlation between peri-implant disease and mobility (p=0.0003) and between pain and mobility (p=0.0443). However, there was no correlation between a greater degree of peri-implant disease and greater mobility (p=0.7054). In addition, the MI placed too close to the root showed peri-implant disease (p=0.0142). The null hypotheses were rejected because there was a positive correlation between the analyzes. The placement of MI close to the root led to greater peri-implant disease. Patients who reported pain had greater mobility of the MI and peri-implant disease led to greater mobility of the devices.