O objetivo do presente estudo foi avaliar in vitro a eficácia de um verniz experimental de própolis/quitosana para prevenção da progressão das lesões desmineralizadas em esmalte de dentes decíduos. Dentes decíduos foram divididos aleatoriamente em 3 grupos (n=13): Ausência de Tratamento - Controle (C), Verniz Duraphat (VD) e Verniz Experimental (VE). Os espécimes foram submetidos a um desafio desmineralizante (pH=5/39h), e então submetidos aos tratamentos e retornados à saliva. Após 24h, os espécimes foram submetidos a 7 ciclos de Des/Re (8h, pH=5/16h, pH=7). Foram avaliadas a rugosidade superficial - Sa (baseline, pós-desmineralização e pós-tratamento), o perfil de desgaste, a topografia e a microdureza. Os dados foram submetidos a ANOVA 2 critérios de medidas repetidas, ANOVA e teste post-hoc de Tukey (p<0,05). Pode-se observar no desgaste que todos os grupos foram similares entre si tanto na pós-desmineralização (p=0,64), quanto no pós-tratamento (p=0,29). Em relação à rugosidade pós-tratamento, houve diferença entre os grupos (p<0,05), sendo que VD apresentou a superfície mais rugosa (3,00±1,51um); C (1,60±0,88um) e VE (1,43±0,66um) foram estatisticamente semelhantes entre si. Para a variação da dureza, VD (129,76%±41,23%) apresentou maior valor e superior a área desmineralizada e estatisticamente diferente (p<0,05) ao C (83,69%±17,84%) e VE (98,88%± 35,23%), mas nenhum tratamento foi capaz de restabelecer a dureza inicial. Na morfologia pode-se observar uma topografia irregular dos espécimes que se intensificou após o processo de desmineralização, sendo que apenas o controle apresentou microcavidades. Conclui-se que o verniz experimental não foi capaz de remineralizar o esmalte previamente desmineralizado, porém foi capaz de impedir a continuidade do processo de desmineralização e o verniz fluoretado remineralizou parcialmente o substrato.

The present study evaluated the in vitro efficacy of an experimental propolis/chitosan varnish in preventing enamel demineralization. The primary teeth were divided into 3 groups (n=13). No treatment - Control (C), Duraphat Vanrnish (VD) and Experimental Varnish (VE). The specimens were submitted to the demineralizing challenge (pH=5.32), and in the sequence submitted to treatments/saliva. After 24h, the specimens were submitted to 7 cycles of Des/Re (8h, pH=5/16h, pH=7). Surface roughness - Sa (baseline, post-desmineralization and post-treatment), wear profile and microhardness. Data were submitted to two-way ANOVA with repeated measures, one-way ANOVA and Tukey's post-hoc test (p<0.05). For the wear profile, the condition postdemineralization (p=0.64) was similar to the post-treatment (p=0.29) for all groups. Regarding post-treatment roughness, there was a difference among the groups (p<0.05); VD presented the roughest surface (3.00±1.51um), and C (1.60±0.88um) and VE (1.43±0.66um) were statistically similar to each other. For the variation of microhardness, VD (129.76%±41.23%) presented the highest value and was superior to the demineralized area and statistically different (p<0.05) from C (83.69%±17.84%) and VE (98.88%± 35.23%), but the treatment was not able to restore the initial microhardness. In the morphology, an irregular topography of the specimens was observed, which was intensified by the demineralization process, and only the control showed microcavities. It is concluded that the experimental varnish was not able to remineralize the previously demineralized enamel, but it was able to prevent the continuity of the demineralization process and the fluoride varnish partially remineralized the substrate.