Introdução: Nos últimos anos, a incidência do TEA cresceu significativamente, criando uma pressão relevante pela ampliação da oferta de atendimento. A possibilidade de realizar atendimentos em grupo ganha uma relevância cada vez maior por proporcionar o atendimento de mais pacientes. Objetivo: Acompanhar os resultados qualitativos e quantitativos da intervenção fonoaudiológica em grupo para crianças e adolescentes com TEA. Metodologia: Nove crianças e adolescentes, de oito a 15 anos, foram divididos em três grupos de três participantes, e acompanhados pelos mesmos dois terapeutas durante todo o processo. Foram realizadas avaliações do Perfil Funcional da Comunicação e da Escala de Adaptação Sócio-comunicativa, no início da intervenção e em períodos de seis, 12 e 18 meses. Cada sessão de intervenção fonoaudiológica em grupo foi planejada visando objetivos específicos para cada participante e para o grupo como um todo. Resultados: Como resultados qualitativos, os terapeutas relataram melhora nos aspectos avaliados pelo Perfil Funcional da Comunicação, além de diminuição de ecolalias, melhor estrutura de discurso, melhor compreensão de expressões linguísticas, melhor compreensão da teoria da mente, maior facilidade em realizar troca de turnos, e criação de vínculo entre os participantes. Como resultados quantitativos, observamos aumento da ocupação proporcional do espaço comunicativo, aumento do uso do meio comunicativo verbal, diminuição do uso dos meios comunicativos gestual e vocal, aumento do número de atos comunicativos por minuto e aumento da proporção de atos comunicativos interativos. Conclusão: A terapia fonoaudiológica em grupo para crianças e adolescentes com TEA é uma proposta efetiva, que, se implementada de forma correta pode trazer resultados positivos para a os serviços que atendem pacientes com TEA

Introduction: In recent years, the incidente of ASD has grown significantly, creating relevant pressure to expand the service offer. The possibility of carrying out group therapy is becoming more and more important as it provides care for more patients. Objective: To follow-up with the qualitative and quantitative results of group speech-language therapy intervention for children and adolescents with ASD. Methodology: Nine children and adolescents, aged between eight and 15 years were divided into three groups of three participants, and followed by the same two therapists throughout the whole process. Evaluations of Functional Communication Profile and Social-communicative Adaptation Scale were carried out at the beginning of the intervention and at periods of six, 12 and 18 months. Each group speech and language session was planned specific objectives in mind for each participant and for the group as a whole. Results: As qualitative results, therapists reported improvement in the aspects evaluated by the Functional Communication Profile, in addition to a decrease in echolalia, better speech structure, better understanding of linguistic expressions, better under-standing of theory of mind, changing turns more easily, and bonding between participants. As quantitative results, was observed an increase in proportional occupation of communicative space, increase in the use of verbal communicative means, decrease in the use of gestural and vocal means, increase in the number of communicative acts per minute and increase in the proportion of interactive communicative acts. Conclusion: Group speech-language therapy for children and adolescents with ASD is an effective proposal that, if implemented in the correct way can bring positive results to services that treat patients with ASD