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Tese de Doutorado
DOI
https://doi.org/10.11606/T.5.2010.tde-25112010-105439
Documento
Autor
Nome completo
Adriana Fernanda Tamassia Roncoloetta
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2010
Orientador
Banca examinadora
Lotufo, Paulo Andrade (Presidente)
Martins, Milton de Arruda
Olmos, Rodrigo Diaz
Penin, Sonia Teresinha de Sousa
Puccini, Rosana Fiorini
 
Título em português
Ecologia médica: uma reavaliação na realidade brasileira, 2010
Palavras-chave em português
Atenção primária
Educação médica
Hospitais universitários
Medicina de família
Serviços de saúde
Sinais e sintomas
Resumo em português
Introdução A educação médica sofreu transformações ao longo do século XX. Alguns educadores médicos já reconheceram o problema do modelo centrado na doença e focado em condições não usuais de pacientes hospitalizados e a carência do ensino sobre problemas comuns de saúde. O termo ecologia do cuidado médico é como se conhece a relação entre as pessoas e os cenários de saúde. Esse conceito foi introduzido em 1961 por K. White (e atualizado por Green em 2001), que mostrou graficamente a proporção de pessoas que utilizaram serviços de saúde no período de um mês. Esses resultados influenciaram organizações do sistema de saúde, pesquisa científica e educação médica ao longo dos anos. Objetivos Reavaliar a ecologia médica, agora na população brasileira, identificando, no período de um mês, o número de pessoas que apresentaram sintomas, qual atitude tomaram em relação a eles e comparar as queixas apresentadas com o conteúdo dos livros tradicionais de clínica médica. Métodos Entrevistas telefônicas realizadas por auxiliares de enfermagem a 1.065 participantes consecutivos de uma empresa de convênio médico no período de maio de 2008 a fevereiro de 2009 em São Paulo. Resultados Dos entrevistados, 70% eram mulheres e a idade média foi de 68 anos. No período de 30 dias, em 1.000 pessoas: 398 apresentaram algum sintoma; a maioria (292) procurou consulta ambulatorial; 99 buscaram resolver a queixa no pronto-socorro; 59 foram internadas e 1 foi internada em um hospital universitário. Os sintomas mais encontrados foram: dor em extremidades (10%), mal-estar (10%), lombalgia (8%), cefaleia (6%) e dor articular (6%). Foram 5 livros selecionados; Harrinson, Cecil, Current e Tratado de Clínica Médica AC Lopes e Clinica Médica Milton Arruda e colaboradores, um dos sintomas mais frequentes, como lombalgia, é abordado em 4 a 13 páginas, dor em membros em 0 a 4 páginas e fadiga/mal-estar são discutidos em 2 a 4 páginas dentre todo o conteúdo desses livros. Os sintomas inespecíficos não foram abordados nesses livros. Discussão O cenário que as pessoas procuram com maior frequência é o ambulatorial e também o prontoatendimento. A internação em um hospital universitário ocorreu para 1 em 1.000 participantes. Os sintomas encontrados foram abordados muito pouco nos livros consagrados de medicina. O ensino do estudante de medicina hoje, na maioria das universidades, não guarda correlação direta com o perfil epidemiológico da população, sendo necessário formar melhor os estudantes de medicina para manejarem as doenças dos pacientes nos locais de atendimento em que futuramente prestarão serviços
 
Título em inglês
The ecology of medical care 2010: in brazilian's scenarios
Palavras-chave em inglês
Family medicine
Health services
Hospital university
Medical education
Primary care
Signs and symptoms
Resumo em inglês
Background Medical education has gone through several transitions during the twentieth century, and medical educators recognize the problems inherent to hospital-centered learning: treating rare conditions and involving medical subspecialties very frequently resulting in lack of continuity care. Today, we talk about fragmentation of medical education for both students and patients. This goes far from meeting the real needs of the general population. The expression medical ecology is a conceptual framework to describe the relationship and utilization of medical care by a given population. Introduced by White in 1961 (updated by Green in 2001), the results of these studies have had great impact and influenced ideas regarding organization of health services, research and education. Objectives To analyze the ecology of medical care in a Brazilian population. First, we have aimed to quantify the number of people who demonstrated symptoms in a previous month and considered seeking health care in any one of the following settings: patient does not seek medical care; a physicians office; office of complementary/alternative medicine professional; emergency department; patients home; hospital and university hospital. We have also compared the prevalence of reported symptoms with number of pages of traditional textbooks that discussed these symptoms. Design and Participants The survey was based on telephone interviews in a health insurance company of São Paulo from may/2008 to feb/2009 Results Patients responding (1.065) included 70% women with a mean age of 68 years old; 398 people felt some symptoms in a month; 292 people were in a consultation; 99 have visited an emergency room; 59 were hospitalized and 1 per thousand was admitted in a university hospital. The most prevalent symptoms were: pain in extremities (10%), fatigue (10%), back pain (8%), headache (6%), and joint pain (6%). They are not discussed enough in medical graduation. 5 books were analyzed: Harrinson, Cecil, Current, Tratado de Clínica Médica AC Lopes and Clinica Médica Milton Arruda et al. One of the most prevalent symptoms such as back pain is covered in 4 to13 pages, joint pain in 0 to 4 pages, and fatigue corresponded to 2 to 4 pages, medically unexplained symptoms werent found. Discussion The services people have sought most frequently were ambulatory settings, followed by emergency rooms. Admission to a teaching hospital occurred for one participant in 1,000. The symptoms observed were little discussed in medicine textbooks. The teaching of medical students today in most universities has no direct correlation with the epidemiological profile of the population, being necessary to train medical students to manage the illness of patients in scenarios where they will serve in the future
 
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Data de Publicação
2010-11-26
 
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