Introdução: Felicidade é sinônimo de bem-estar subjetivo e de satisfação com a vida. É um dos indicadores de qualidade de vida e pode ser definida como uma experiência de emoções positivas combinada a um senso mais profundo de sentido e propósito. A felicidade precede resultados exitosos na vida, incluindo trabalho gratificante, relacionamentos satisfatórios, saúde mental, saúde física e longevidade. O ambiente educacional impacta a percepção da qualidade de vida, assim, deve-se oferecer experiências que levem ao crescimento pessoal e profissional, e, ao mesmo tempo, apoiem a saúde social, física e mental. No âmbito educacional, a satisfação do professor tem influência no desempenho escolar. O professor, ao desempenhar seu papel de role model, pode impactar positivamente o bem-estar de seus alunos e o ambiente educacional como um todo. Objetivo: Analisar os fatores de influência na felicidade e na satisfação com o ambiente educacional de professores universitários. Método: Trata-se de um estudo exploratório e transversal, com abordagem quantitativa, realizada no período de junho a outubro de 2019 com os professores do Centro Universitário de Valença. Foram usados os seguintes instrumentos: Questionário sociodemográfico, Questionário de Satisfação docente com o ambiente educacional, Autoavaliação de Qualidade de vida geral e no trabalho, Item de Felicidade global, Escala de Felicidade Subjetiva, Questionário de Felicidade de Oxford e a Escala de Resiliência - RS14. Resultados: Do universo de 229 docentes, obtivemos uma taxa de resposta de 65,1% (n=149), 47,7% dos professores eram da geração X, 51,7% do sexo masculino, 67,1% casados, 51,7% moradores de Valença, 55,7% praticantes religiosos, 45,6% médicos, 69,8% titulação acadêmica stricto sensu e 49% mais de 10 anos de atuação na docência. O Questionário de Felicidade de Oxford mostrou correlação positiva com resiliência, qualidade de vida geral e no trabalho, e com a satisfação docente no ambiente educacional. Os professores da geração Baby Boomer apresentaram melhor percepção de felicidade, de qualidade de vida geral e no trabalho, além de maior satisfação com o ambiente educacional, com uma caraterística dose-efeito (p<0,05). Os professores com mais tempo de atuação na docência apresentaram melhor percepção de felicidade, resiliência e satisfação no ambiente educacional (p<0,05). A titulação acadêmica mostrou associação positiva com resiliência e orgulho no trabalho, com uma característica dose-efeito (p<0,05). O grupo de professores com melhor percepção de felicidade apresentou diferença significativa em relação aos escores de resiliência e seus domínios, de qualidade de vida geral e no trabalho, e satisfação no ambiente educacional (p<0,001). Conclusão: Maior satisfação no ambiente educacional está associada à melhor percepção de felicidade, resiliência e qualidade de vida. Os professores mais longevos e com maior tempo de docência apresentam melhor percepção de felicidade e estão mais satisfeitos com o ambiente educacional

Introduction: Happiness is synonymous of subjective well-being and satisfaction with life. It is one of the indicators of quality of life and can be defined as an experience of positive emotions combined with a deeper sense of meaning and purpose. Happiness precedes successful outcomes in life, including rewarding work, fulfilling relationships, mental health, physical health, and longevity. The educational environment impacts the perception of quality of life, so experiences that lead to personal and professional growth and, at the same time, support social, physical and mental health should be offered. In the educational field, teacher satisfaction has an influence on school performance. The teacher, by playing his/her role as a role model, can positively impact the well-being of his/her students and the educational environment as a whole. Objective: To analyze the factors that influence happiness and satisfaction with the educational environment of university professors. Method: This is an exploratory and cross-sectional study, with a quantitative approach, carried out from June to October 2019 with professors from the Centro Universitário de Valença. The following instruments were used: Sociodemographic Questionnaire, Teacher Satisfaction Questionnaire with the educational environment, Self-Assessment of General and Work Quality of Life, Global Happiness Item, Subjective Happiness Scale, Oxford Happiness Questionnaire and the Resilience Scale - RS14. Results: Of the universe of 229 professors, we obtained a response rate of 65% (n=149), 47.7% of the professors were from generation X, 51.7% male, 67.1% married, 51.7 % residents of Valença, 55.7% religious practitioners, 45.6% physicians, 69.8% had a stricto sensu academic degree and 49% had more than 10 years of experience in teaching. The Oxford Happiness Questionnaire showed a positive correlation with resilience, general quality of life and at work, and with teacher satisfaction in the educational environment. Teachers from the Baby Boomer generation had a better perception of happiness, general quality of life and work, as well as greater satisfaction with the educational environment, with a dose-effect characteristic (p<0.05). Teachers with more experience in teaching had a better perception of happiness, resilience and satisfaction in the educational environment (p<0.05). Academic degrees showed a positive association with resilience and pride at work, with a dose-effect characteristic (p<0.05). The group of teachers with a better perception of happiness showed a significant difference in relation to resilience scores and their domains, general and work quality of life, and satisfaction in the educational environment (p<0.001). Conclusion: Greater satisfaction in the educational environment is associated with a better perception of happiness, resilience and quality of life. Teachers with more years of experience and with longer teaching experience have a better perception of happiness and are more satisfied with the educational environment